Alpes suíços estão 'em crescimento', aponta estudo

12/12/2020 às 10:002 min de leitura

Os alpes suíços estão passando por uma fase de crescimento, ao menos é o que aponta um novo estudo publicado no Earth-Science Reviews. A pesquisa sugere que existem partes na região montanhosa europeia com taxas de ascensão maiores do que os índices de erosão, fazendo com que a altura de certas áreas aumente.

O artigo vai em contraposto a outros dois estudos publicados recentemente que negavam o fato da montanha estar crescendo ou até mesmo encolhendo. Porém, a conclusão alcançada pela equipe de pesquisadores internacionais através da análise de diferentes isótopos da região parece ser mais conclusivo.

Analisando os alpes

(Fonte: Romain Delunel)
(Fonte: Romain Delunel/Reprodução)

Para métodos de pesquisa laboratorial, a equipe de cientistas coletou areia de centenas de rios ao longo dos alpes europeus. Através dessa coleta, eles puderam comparar isótopos diversos para alcançar um resultado. Em especial, o isótopo de berílio-10 (10Be) foi o elemento que mais forneceu informações sobre os índices de erosão na região.

De acordo com os cientistas, o 10Be é formado quando raios cósmicos, ou fragmentos de átomos, correm pela atmosfera da Terra e alcançam sua superfície. No momento em que esses raios atingem uma região como os alpes suíços, eles iniciam uma reação nuclear com o oxigênio e criam um elemento.

Esse isótopo só se acumula nas partes mais altas do planeta, o que significa que os pesquisadores podem utilizá-lo para determinar a idade de uma superfície. Portanto, locais com alta concentração de 10Be são mais antigos e o mesmo vale para o processo reverso.

Crescimento desigual

(Fonte: Wikimedia Commons)
(Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)

Segundo os dados obtidos, os alpes suíços não crescem uniformemente. Por exemplo, na região de Valais, no sul da Suíça, a montanha encolhe com taxa de erosão de 7,5 metros a cada milênio. Já na área próxima ao Rio Thur, a erosão é de apenas 1,4 centímetros para cada mil anos.

Por outro lado, o centro dos alpes estão em crescimento graças ao efeito de elevação que ultrapassa as marcas de erosão. Após a análise dos isótopos, os estudiosos afirmaram que a região tem crescido cerca de 80 centímetros por milênio.

O desbalanceamento natural é resultado da topografia e dos declives contidos na região montanhosa. Nas partes mais íngremes dos alpes, a luz solar é menos efetiva e a erosão não ocorre com mesma intensidade.

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