Ciência
04/02/2021 às 08:00•2 min de leitura
O rinoceronte-branco é uma das espécies em risco de extinção no planeta. Pensando nisso, cientistas focaram seus esforços na criação de embriões capazes de salvar esses animais da extinção. Felizmente, dois exemplares bem-sucedidos foram criados em laboratório e podem ajudar a espécie a se reproduzir.
Antes destes dois embriões, já existiam outros três exemplares. Com isso, são agora 5 embriões viáveis para a reprodução da espécie. Os dados foram divulgados pela BioRescue, uma organização responsável por salvar animais em risco de extinção.
Atualmente, apenas dois rinocerontes-brancos ainda existem no mundo e os dois são fêmeas. Devido à impossibilidade de procriar, os cientistas recolheram óvulos de uma dessas fêmeas e os fertilizaram com o esperma congelado de um rinoceronte já morto.
As duas fêmeas ainda vivas, Najin e sua filha, Fatu, vivem no Conservatório Ol Pejeta, no Quênia. Devido aos seus problemas de saúde, as duas são incapazes de sobreviver à gestação. Por isso, os cientistas planejam implantar esses embriões na espécie mais próxima do rinoceronte-branco.
Os óvulos foram coletados de Fatu em dezembro de 2020, enquanto ela estava sedada. A filha foi escolhida porque a mãe já tem idade avançada, além de terem encontrado um tumor em seu abdômen.
Então, os óvulos de Fatu foram transportados até um laboratório da Itália. Em seguida, eles foram fertilizados com o esperma de Suni, que morreu também no Conservatório Ol Pejeta em 2014.
Os dois óvulos fertilizados se tornaram embriões viáveis. Os exemplares foram conservados em nitrogênio líquido junto com os outros três embriões criados em 2019. Sendo assim, a ideia é implantá-los em espécies próximas ao rinoceronte-branco para que, com sorte, eles gerem novos rinocerontes em cerca de 16 meses.
Ao nascer, os filhotes serão levados até Fatu e Najin para que possam crescer com as duas. Esse procedimento é importante para que eles aprendam a viver e se comportar como o rinoceronte-branco, dando continuidade à espécie.