Ciência
10/06/2021 às 03:00•2 min de leitura
Um grupo de pescadores teve a sorte grande ao se deparar com o vômito de uma baleia na costa do Iêmen. A substância, que foi coletada da carcaça do animal morto no Golfo de Aden por 35 pescadores locais, pesava 127 kg e teve seu valor avaliado em mais de US$ 1,5 milhão.
O tesouro foi encontrado após o grupo receber pistas de que uma baleia cachalote havia morrido e continuava flutuando pelas águas da região. Para a sorte dos pescadores, que atravessavam uma situação de vulnerabilidade social, a quantia arrecadada com o achado serviu como um grande impulso para retirá-los da pobreza.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Apesar de inusitado, o vômito de baleia pode ser extremamente valioso pela possibilidade de conter grandes quantidades de âmbar cinza — uma substância cerosa encontrada no intestino das cachalotes. "Enquanto a gente se aproximava da carcaça, o cheiro ainda estava muito forte e nós tínhamos o sentimento de havíamos encontrado algo", relatou um dos pescadores à BBC.
Então, a equipe decidiu fisgar o corpo e carregá-lo até a costa, onde abririam a baleia para ver o que estava dentro de sua barriga. "Para nossa sorte, era mesmo âmbar cinza. O cheiro não estava muito agradável, mas a recompensa financeira compensou tudo", brincou outro participante do evento.
Tão logo a descoberta foi feita, os pesquisadores conseguiram encontrar um comprador desejando pagar US$ 1,5 milhão pelo produto nos Emirados Árabes Unidos. Em média, cada grama de âmbar cinza é vendida no mercado por US$ 20 dólares.
(Fonte: Internet/Reprodução)
A indústria de perfumes, por exemplo, usa âmbar cinzento para fazer as fragrâncias durarem mais na pele. No entanto, como essa substância é tão rara, a maioria dos fabricantes de perfume geralmente dependem de réplicas sintéticas para confeccionarem seus produtos.
Em alguns lugares, o âmbar cinzo pode também ser chamado de "ouro flutuante" por ser um material raro e valioso que vem de uma peculiaridade da natureza. As cachalotes formam esse produto dentro de seus intestinos para tentar se protegerem do bico duro de algumas lulas digeridas ou outros objetos perigosos. Posteriormente, o âmbar é expelido em forma de vômito ou fezes.
Depois de receber o pagamento pelo achado, os pescadores dividiram os lucros igualmente e usaram o dinheiro para comprar carros, casas e barcos, enquanto alguns até mesmo fizeram novos planos para se casar. Por fim, o grupo também decidiu doar parte do dinheiro para famílias pobres de sua aldeia.