Ciência
16/07/2021 às 09:30•2 min de leitura
Vacinas são bastante populares nos dias de hoje (especialmente se considerarmos o quadro da atual pandemia do coronavírus), sendo que vários de nós já temos contato com elas desde os primeiros dias de vida. Muitas das campanhas comuns atualmente se popularizaram depois dos anos 80, mas a história da vacinação é bem mais antiga do que a maioria certamente imagina.
Na história, há alguns relatos de monges budistas utilizando venenos de cobra para garantir proteção contra mordidas do mesmo animal já no século XVII. Apesar de essa prática ser vista apenas na China, o Ocidente já caminhava por uma estrada muito parecida já no mesmo período.
O relato de uma vacina no Ocidente data do ano de 1796 graças aos esforços de Edward Jenner, naturalista e médico britânico tido como o responsável pela descoberta da primeira vacina antivariólica. De acordo com o que se é passado através dos anos, ele comprovou que era possível injetar a secreção de alguém com a doença em uma pessoa saudável, para que dessa forma a segunda desenvolvesse apenas sintomas mais leves caso fosse acometida pela mesma patologia.
Edward Jenner, tido como o pai da vacina no Ocidente (Fonte: Ars-Curandi/Reprodução)
Sua ideia ficou comprovada após aplicar uma vacina contra cowpox (varíola que era comum em vacas no século XVIII) em um garoto de 13 anos. Isso, aliás, só foi possível após Jenner comprovar que as pessoas que ordenhavam vacas ficavam imunes à varíola humana.
Durante os anos seguintes dos séculos XVIII e XIX, foi feita uma implementação sistemática da imunização contra varíola até a sua erradicação em 1979 — e, claro, todos esses esforços também abriram caminho para o surgimento de muitas outras vacinas como BCG, gripe e por aí vai.
Caso esteja curioso para saber a origem do nome vacina, ele está associado exatamente a essa primeira doença que foi combatida e que era originária das vacas. Dessa forma, o termo “de vaca” em latim (e que conhecemos tão bem em português como vacina) foi utilizado para todo e qualquer inóculo capaz de produzir anticorpos em uma pessoa.