Ciência
29/09/2021 às 06:30•4 min de leitura
De modo geral, o noticiário é dominado por políticos, empresários, artistas... Todos humanos, é óbvio. Mas, de vez em quando, um animal conquista algum feito incrível ou realiza algo curioso o suficiente para se tornar notícia.
A seguir, separamos oito casos de animais que ganharam as manchetes de todo o mundo e as histórias curiosas que os levaram a esse destaque. Já que estamos nesse assunto, você pode ler outras matérias sobre animais no Mega Curioso.
Imagem: Wikimedia Commons
Começamos esta lista com essa notícia que dominou as manchetes por muito tempo no fim dos anos 1990: a clonagem da ovelha Dolly. Esta foi o primeiro animal que nasceu de uma célula adulta; então, além de auxiliar no avanço da Ciência, o clone virou um fenômeno da cultura pop.
Ela chegou a procriar e viveu até os 6 anos, quando desenvolveu uma doença pulmonar (sem relação com a sua clonagem) e recebeu uma eutanásia. Outro detalhe curioso sobre a ovelha é seu nome, que veio da cantora Dolly Parton. Isso porque o animal foi clonado de uma célula mamária, e a artista é conhecida por seus grandes seios.
Outro animal que auxiliou a Ciência no século XX e se tornou conhecido por isso foi a cadela russa Laika, o primeiro ser vivo a entrar na órbita do espaço. A ideia era testar os efeitos de um voo espacial em um animal antes de arriscar um ser humano.
Infelizmente, a viagem foi perigosa demais para a cadela Laika — que morreu no mesmo dia de seu lançamento ao espaço, em 3 de novembro de 1957. Na realidade, a morte já era esperada, já que a tecnologia para recuperar o satélite e resgatar Laika ainda não existia. A questão é que o plano era envenenar a cadela para que ela morresse sem sofrimento, mas não houve tempo hábil para isso e ela morreu de asfixia ou superaquecimento. Uma história muito triste.
Imagem: Gatices
Tão triste quanto a história de Laika é a de Félicette: ela foi a 1ª felina a embarcar em uma viagem espacial, como parte do programa francês, em 1963. Félicette sobreviveu ao voo e foi recuperada 13 minutos depois do lançamento, mas foi morta 2 meses depois — para que os cientistas pudessem estudar o seu cérebro. Mesmo com sua importância para a Ciência, a gata francesa é bem menos lembrada do que a cadelinha russa.
O vídeo acima é de 2007, quando o filhote de urso Knut era um fenômeno da cultura pop. Ele foi o primeiro urso-polar a sobreviver no Zoológico de Berlim, depois de 30 anos. Porém, ele foi rejeitado pela mãe, criado pela equipe do zoo e conquistou o mundo com sua fofura.
Knut rendeu músicas, brinquedos, livros infantis e atraiu uma multidão para o Zoológico de Berlim, que teve o ano mais lucrativo de sua história — estima-se que o ursinho tenha rendido 5 milhões de euros! Aos 4 anos, em 2011, ele morreu afogado em seu viveiro, quando caiu na piscina após ter uma convulsão. Tempos depois, descobriu-se que ele sofria de encefalite.
A gatinha Tardar Sauce virou um fenômeno da internet em 2012, por sua expressão que parecia ser rabugenta — o que lhe rendeu o apelido grumpy, em inglês. Ela tinha esse rostinho por causa da má oclusão dental e do nanismo felino.
A tutora da gata conta que ela era uma gatinha normal, nada rabugenta, mas foi assim que ela ficou famosa: rendeu milhões de memes, fez filmes e virou garota-propaganda. Ela teve uma vida feliz com sua dona até falecer em 2019, aos 7 anos.
Esse caso já esteve na nossa lista dos 5 ruídos estranhos que a Ciência não consegue explicar. Isso porque a vocalização das baleias costuma ser de 15 Hz a 20 Hz, enquanto esse animal emite sons a 52 Hz. Desse modo, ele também não consegue ser compreendido pelos colegas da mesma espécie — e ficou conhecido como "a baleia mais solitária do mundo".
Imagem: Wikimedia Commons
Outro animal que ganhou fama por sua "solidão", porém de uma forma bem diferente, é a tartaruga George. Descoberto em 1971, ele era o último exemplar de sua espécie, Chelonoidis abingdonii. Nas décadas seguintes, foram feitas tentativas para cruzar George com outras tartarugas, mas nenhuma funcionou. Quando ele morreu, aos 100 anos, a espécie foi junto.
Imagem: National Geographic/Reprodução
Koko se tornou uma sensação mundial quando apareceu na capa da National Geographic em 1978, usando uma câmera para tirar a própria foto — muito antes das selfies.
Acontece que a gorila foi treinada desde filhote para aprender a linguagem humana pela pesquisadora Francine Patterson. Ela ficou ótima nisso, entendendo mais de 2 mil palavras em inglês falado e aprendendo a utilizar mais de mil sinais.
Os trabalhos científicos com Koko contribuíram muito para a Ciência e há quem diga que ela conseguia se comunicar como uma criança humana — ela chegou até a ter um gatinho de estimação. Koko viveu bem em uma reserva até seus 46 anos, bastante para sua espécie.
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