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27/01/2023 às 02:00•2 min de leitura
Pela primeira vez, uma colaboração entre pesquisadores da China e do Paquistão, investigaram o impacto da meditação, a longo prazo, na saúde intestinal de monges tibetanos. Os dados da pesquisa foram publicados na revista General Psychiatry.
A meditação tem se tornado uma ferramenta para promoção da saúde física e mental. Técnicas como o Mindfulness e meditação guiada, têm conquistado o coração de pessoas ansiosas e com depressão.
A eficácia e a indicação desses métodos ainda estão em investigação, mas alguns indícios apontam para bons resultados para o controle e diminuição nos sintomas desses transtornos.
Além disso, há indicações de melhora no bem-estar físico, melhora na qualidade do sono, entre outros benefícios.
A meditação pode ajudar a minimizar sintomas de ansiedade.
Mas e a saúde intestinal? Será que esse sistema tão específico poderia sofrer algum tipo de influência da meditação a longo prazo? Pesquisadores de Shangai e Islamabad podem ter chegado perto da resposta.
Para realizar a pesquisa, os cientistas coletaram amostras do microbioma intestinal de 37 monges budistas, em três diferentes templos do Tibete.
Foram escolhidas pessoas que meditavam ao menos duas horas por dia, e que realizavam a prática há até 30 anos.
A meditação parece ter influenciado positivamente a produção de microbioma saudável nos praticantes de meditação a longo prazo.
Como grupo de controle foram escolhidas pessoas que residiam nos arredores dos templos, e que não usassem antibióticos ou suplementos alimentares.
Durante as análises, os cientistas identificaram diversos tipos de bactérias nas amostras dos participantes. Em especial, houve maior diversidade nas fezes dos praticantes de meditação.
Duas espécies que merecem destaque, são as bactérias Prevotella e Bacteroides. Esses organismos são considerados fortes indicadores de imunidade e saúde intestinal.
A investigação abre novos horizontes de pesquisa.
Apesar dos resultados animadores, diversas perguntas ainda estão em suspenso. Entre elas: quais as diferenças na alimentação de ambos os grupos? Existem condições prévias de saúde?
Essas e outras questão serão investigadas futuramente, portanto, não há como afirmar que as diferenças encontradas são oriundas da prática da meditação a longo prazo.
De qualquer modo, é um novo campo que se abre para pesquisa dos benefícios da meditação na saúde física, mental e intestinal dos praticantes da técnica.