A incrível jornada dos diamantes desde as profundezas da Terra

08/09/2023 às 12:002 min de leitura

Imagine um cenário de erupção vulcânica, mas em vez de lava, diamantes são ejetados pela crosta terrestre. Parece coisa de filme, não é mesmo? Mas a realidade é ainda mais fascinante!

Recentemente, um estudo revelou como os diamantes, as pedras mais valiosas do mundo, chegam à superfície terrestre. Essas pedras preciosas são muito cobiçadas, e surgem nas profundezas da Terra, sendo forjadas sob pressões e temperaturas extremas. Sabíamos que ocasionalmente essas joias raríssimas eram empurradas para a superfície em rochas fundidas chamadas kimberlitos. Até aí, tudo bem… Só que o que desencadeia essa erupção vulcânica especial sempre foi uma incógnita.

Aqui entram em cena duas teorias fascinantes. A primeira sugere que magmas de kimberlito tiram proveito das "feridas" causadas quando a crosta terrestre se estica ou quando placas tectônicas se separam. A segunda teoria é ainda mais impressionante e envolve plumas mantélicas, isto é, fluxos de rocha derretida provenientes do núcleo da Terra. Traduzindo: um rio de magma incandescente que pode chegar a 2.900 km de profundidade!

No entanto, o segredo do processo de ejeção diamantífera permanecia obscuro. Como exatamente o magma encontra seu caminho através da crosta terrestre? E qual a composição da rocha vulcânica resultante, o kimberlito? 

Antes de virar joia, o diamante faz uma longa viagem pelas camadas da Terra. (Foto: Unsplash)Antes de virar joia, o diamante faz uma longa viagem pelas camadas da Terra. (Foto: Unsplash)

Rio de lava

Por meio de análises, uma equipe de geólogos descobriu que a maioria das erupções de kimberlito ocorreu há 20-30 milhões de anos após as rupturas tectônicas. Como uma cronologia cósmica de eventos geológicos, os diamantes parecem esperar sua vez. Então, o estudo adicionou uma peça crucial ao quebra-cabeça: as erupções de kimberlito tendem a migrar das bordas dos continentes para o interior, mantendo um ritmo uniforme em diferentes partes do mundo. É como se os diamantes estivessem seguindo um mapa bem traçado, ou seja, sendo guiados.

Os pesquisadores foram ainda mais além, utilizando modelos computacionais complexos para recriar as entranhas da Terra. A conclusão parece realmente indicar uma espécie de "efeito dominó" geológico. Conforme os continentes se afastam, a crosta terrestre se afina, criando fendas e rachaduras. À medida que o magma quente sobe, regiões de rocha fria e espessa afundam, gerando uma cascata de eventos que culmina em erupções de kimberlito.

Essas erupções são verdadeiros espetáculos geológicos e carregam os diamantes à superfície terrestre. E aí está o toque mágico: o dióxido de carbono e a água conferem uma flutuabilidade inigualável ao magma, impulsionando-o rapidamente para cima, carregando os cobiçados diamantes consigo.

Os processos que desencadeiam essas erupções parecem seguir padrões sistêmicos, o que abre portas para a localização de diamantes e até de outros elementos raros de maneira mais precisa. Portanto, na próxima vez que admirar um diamante em uma joia, lembre-se de sua incrível jornada geológica. A Terra é um verdadeiro tesouro de mistérios, e agora, graças à ciência, estamos começando a desvendar seus segredos mais profundos.

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