O maior recife de coral de águas profundas do mundo é mapeado pela primeira vez

28/01/2024 às 12:002 min de leitura

O mapeamento dos oceanos é importante sob diversos aspectos, principalmente por possibilitar a identificação de novas espécies animais. E o mesmo vale para um recife de corais identificado nos anos 1960 nos Estados Unidos, mas que apenas recentemente teve seus detalhes divulgados em um artigo publicado na revista científica Geomatics.

O maior recife de coral de águas profundas do mundo

(Fonte: NOAA/Reprodução)(Fonte: NOAA/Reprodução)

Trata-se de um recife de coral de águas frias, localizado em áreas de maior profundidade e, portanto, de acesso mais restrito. Localizado na porção leste do país, numa área que se estende das cidades de Miami até Charleston, ele totaliza 500 quilômetros de comprimento e 110 de largura.

Segundo o estudo que abordou a identificação, anteriormente pesquisadores julgavam que se tratava de uma zona morta, já que havia uma menor concentração de oxigênio no oceano, representando um fator de risco para animais marinhos. No entanto, o mapeamento ofereceu uma nova perspectiva.

Conduzido pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), em conjunto com equipes de diferentes instituições, o trabalho revelou a presença de um habitat bastante extenso. Já havia evidências que apontavam nessa direção desde 2019, mas apenas a partir da conclusão do mapeamento foi que o anúncio ocorreu.

Detalhes revelados

Detalhes dos corais foram explorados a partir de diferentes dispositivos. (Fonte: Sowers/NOAA/Reprodução)Detalhes dos corais foram explorados a partir de diferentes dispositivos. (Fonte: Sowers/NOAA/Reprodução)

Na falta de luz solar, esses recifes de coral profundos se alimentam de plâncton e de outros animais pequenos. Nas áreas mais profundas, que variam de 200 a 1000 metros, as águas apresentam temperaturas médias de 4 °C.

Os recifes de coral possuem um grande papel para o meio ambiente, já que fornecem alimentos e abrigo para peixes, polvos, estrelas do mar e camarões. Por outro lado, eles também estão se dizimando como consequência das mudanças climáticas, da atividade pesqueira e da poluição das águas.

Fazendo uso de diferentes meios para coletar dados, mais de 83 mil características foram obtidas, dando vida a um mapeamento 3D bastante completo da região. Trata-se do maior recife de coral de águas profundas já descoberto.

(Fonte: Getty Images)(Fonte: Getty Images)

Derek Somers, da Ocean Exploration Trust e principal autor do estudo, falou sobre a pesquisa conduzida: "este esforço estratégico para mapear e caracterizar sistematicamente o impressionante ecossistema de corais bem na porta da costa leste dos EUA é um exemplo perfeito do que podemos realizar quando reunimos recursos."


Em comunicado oficial, ele ainda oferece uma perspectiva otimista ao lembrar que a grande parte das águas permanece inexplorada: "aproximadamente 75% do oceano global ainda não está mapeado em nenhum tipo de detalhe, mas muitas organizações estão trabalhando para mudar isso."


E a exemplo do que ocorreu com o mapeamento deste gigantesco recife de coral, é grande a expectativa que outras descobertas de impacto voltem a ocorrer. Ao mesmo tempo que revelam a complexidade que os oceanos escondem, elas reforçam a necessidade de proteger o meio ambiente.

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