ONG de Leo DiCaprio e empresa de tecnologia podem salvar vaquitas da extinção

10/04/2024 às 18:002 min de leituraAtualizado em 11/04/2024 às 22:07

Você já ouviu falar da vaquita? Não, não é uma vaca pequena. Na verdade, estamos falando de um pequeno boto, parente das baleias e golfinhos, que vive em um canto esquecido do Golfo da Califórnia e está lutando por sua sobrevivência. Hoje, existem apenas cerca de 10 indivíduos vivos na natureza

É nesse cenário que uma nova e poderosa aliança está se formando no mundo da conservação — e pode ser a jogada que faltava para salvar algumas das criaturas mais raras e ameaçadas do planeta.

Juntando forças 

Vaquita pode ser extinta a qualquer momento. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)
Vaquita pode ser extinta a qualquer momento. (Fonte: Wikimedia Commons/ Reprodução)

Em 2023, a Comissão Baleeira Internacional (IWC, na sigla em inglês) emitiu seu primeiro "alerta de extinção" em 70 anos de história, destacando a situação crítica pela qual a vaquita passa no momento. 

A chance iminente de aniquilação da espécie chamou a atenção da Re:wild, uma organização liderada por cientistas conservacionistas e pelo ativista ambiental Leonardo DiCaprio. Contudo, seus esforços não eram suficientes e o grupo precisava de auxílio, principalmente técnico. 

É nesse contexto que a organização juntou forças com a Colossal Biosciences, uma empresa que tem planos ambiciosos de trazer de volta à vida espécies extintas, como o mamute-lanoso e, quem sabe, outros animais já mortos. 

A empresa conta com especialistas em genômica e com tecnologias de reprodução assistida, edição de genes e biologia computacional, tudo voltado para reintroduzir no meio ambiente algumas espécies extintas ou que estão muito perto de sumirem de vez do mapa. 

A aposta principal da Colossal é na tecnologia CRISPR, que é basicamente a ferramenta de edição de genes dos sonhos dos cientistas. Com isso, eles podem fazer ajustes precisos no genoma das espécies para torná-las mais resistentes e adaptáveis aos desafios modernos.

Mas não é só a vaquita que vai se beneficiar dessa parceria. Outras espécies também estão na lista de prioridades, como os elefantes-asiáticos, os rinocerontes-brancos-do-norte e até mesmo o dodô, aquele pássaro extinto que todo mundo só conhece dos desenhos animados.

Necessidade de preservação

Recriação do dodô pode ser uma realidade. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)
Recriação do dodô pode ser uma realidade. (Fonte: Getty Images / Reprodução)

Especialistas explicam que quando os números de uma espécie caem muito, elas ficam extremamente vulneráveis à extinção. Para evitar essa tragédia, é necessário o uso de medidas urgentes e eficientes para driblar o problema.

Além do mais, isso não é um fato isolado. Os cientistas revelam que estamos em uma crise global de biodiversidade e que, por isso, precisamos de abordagens inovadoras para salvar espécies criticamente ameaçadas.

E é justamente por isso que a Colossal é tão importante. Suas técnicas genômicas podem desempenhar um papel crucial na reprodução conservacionista. 

Isso significa não apenas ajudar na reprodução das espécies existentes, mas também preservar as informações genéticas das espécies ameaçadas, garantindo a possibilidade de reintrodução desses animais no futuro, se a extinção se concretizar. 

Portanto, essa colaboração não poderia vir em melhor hora. A vaquita, em particular, está em uma corrida contra o tempo. Outros animais estão indo pelo mesmo caminho e em breve precisaremos de muito mais ajuda se quisermos preservá-los. A união de vontade, dedicação e tecnologia é primordial para o sucesso da vida na Terra.

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