Imagem de Estudo liga 5 marcadores sanguíneos ao suicídio no megacurioso

Apesar da complexidade dos casos, pesquisadores acreditam que o risco aumentado de ideação suicida pode ser encontrado em compostos sanguíneos

<head></head><body>Em uma nova descoberta que pode ter impactos significativos para a medicina no futuro, cientistas identificaram compostos sanguíneos ligados à ideação suicida. O estudo feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia, em San Diego, encontrou biomarcadores ligados à disfunção mitocondrial, que interrompe a forma como as células "conversam" entre si e podem ser um fator na ideação suicida.Embora o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118278-por-que-as-pessoas-se-suicidam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">suicídio</a> seja um problema de saúde complexo e que inclui fatores amplos, como trauma e estresse, ser capaz de identificar aqueles que correm maior risco pode ser uma ferramenta de diagnóstico crucial para o futuro, acreditam os envolvidos na investigação.&nbsp;<h2>Tendências suicidas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19022048434007.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)No início de 2023, pesquisadores descobriram ligações moleculares com a ideação suicida, mostrando que algumas pessoas que sofrem de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122908-depressao-conheca-os-6-tipos-mais-comuns-da-doenca.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">depressã</a>o podem estar em maior risco. Estudos desse gênero estão em andamento desde 2019. “As doenças mentais como a depressão têm impactos e motivações que vão muito além do cérebro”, disse Robert Naviaux, professor da Universidade da Califórnia, em comunicado oficial.Segundo Naviaux, há 10 anos, era difícil estudar como a química de todo o corpo influencia o nosso comportamento e estado de espírito. Contudo, tecnologias modernas estão ajudando a interpretar as conversas das células na sua língua nativa: a bioquímica. Neste novo estudo, os investigadores analisaram o sangue de 99 adultos com depressão e ideação suicida, bem como 99 participantes "saudáveis" sem histórico de doença mental.Embora centenas de compostos químicos diferentes tenham sido encontrados no sangue dos dois grupos, cinco específicos foram identificados como fatores-chave para a depressão resistente ao tratamento e a ideação suicida. A quebra na comunicação intercelular, por sua vez, estava se originando nas mitocôndrias, que facilitam a produção de energia ATP — essencial para abastecer o corpo. Os cinco produtos bioquímicos, que foram constantes entre homens e mulheres, parecem alterar esse processo entre as pessoas com depressão.<h2>Desenvolvendo novos tratamentos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/19/19022105029009.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Tendo em mente os novos dados obtidos, os investigadores agora esperam que estas descobertas possam levar a um tratamento de saúde mental mais personalizado e a um alvo para medicamentos que possam ajudar aqueles que não responderam aos cuidados clínicos modernos. “Se tivermos 100 pessoas que não têm depressão ou que têm depressão e ideação suicida, seríamos capazes de identificar corretamente 85 a 90 pessoas com maior risco com base em cinco metabólitos em homens e outros cinco metabólitos em mulheres”, disse Naviaux.Nesse sentido, os cientistas acreditam que isso também pode ser importante em termos de diagnóstico, mas também abre uma conversa mais ampla na área sobre o que realmente está causando essas alterações metabólicas. Entre os metabólitos identificados, alguns existem atualmente em suplementos como folato e a carnitina.&nbsp;Segundo Naviaux, porém, nenhum desses metabólitos é uma solução mágica que reverterá completamente a depressão de alguém. No entanto, com base nos resultados, os médicos poderiam empurrar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-e-beleza/75267-5-dicas-espertas-para-acelerar-seu-metabolismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">metabolismo humano</a> na direção correta para ajudar os pacientes a responder melhor aos tratamentos e, no contexto do suicídio, isso pode ser o suficiente para evitar que mais pessoas ultrapassem esse limiar.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.958Z

Estudo liga 5 marcadores sanguíneos ao suicídio

Imagem de Cratera de Marte pode já ter abrigado lago que continha vida no megacurioso

O Perseverance rover encontrou evidências de fosfato na cratera Jezero

<head></head><body>O <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126816-lua-de-marte-vai-cair-sobre-o-planeta-sera-que-a-nossa-tambem-vai.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Perseverance rover</a>, que vem explorando uma cratera de Marte desde que pousou em 2021, descobriu evidências de um antigo lago. Segundo a NASA, uma amostra chamada "Otis Peak" contém grande quantidade de fosfato, "frequentemente associado à vida&nbsp;como a conhecemos", disse a agência em um comunicado oficial.Outra amostra coletada da cratera Jezero, nomeada de "Lefroy Bay", contém abundância de sílica em grãos finos — utilizada para a preservação de fósseis na Terra. Ambos os exemplares são ricos em carbonato, algo que contribui para que os cientistas possam entender melhor as condições ambientais do lago que teria existido.<h2>Cratera Jezero pode ter sido preenchida por lago habitado</h2>A cratera Jezero foi escolhida para a missão após imagens orbitais da região mostrarem um delta, evidência de que a área já foi preenchida por um lago. "Um lago é um ambiente potencialmente habitável, e as rochas do delta são um ótimo ambiente para sepultar sinais de <a href="https://www.google.com/url?client=internal-element-cse&amp;cx=004238318321071068280:rcwgwv4dsro&amp;q=https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123964-bacterias-condenaram-a-possibilidade-de-vida-em-marte.htm&amp;sa=U&amp;ved=2ahUKEwie167h-piDAxXjiJUCHWxnCHYQFnoECAIQAg&amp;usg=AOvVaw2p0ra5XCA0Eb-irTHH20sW" rel="noopener noreferrer" target="_blank">vida antiga</a> como fósseis no registro geológico", explica Ken Farley, cientista da Caltech e do projeto Perseverance.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/18/18091059496016.jpg" alt="Delta da cratera Jezero em Marte">Delta da cratera Jezero em MarteAté agora, o Perseverance coletou um total de 23 amostras em Jezero. A cratera foi formada devido ao impacto de um asteroide há cerca de 4 bilhões de anos. A pesquisa é realizada em parceria entre o JPL (Laboratório de Propulsão a Jato) da NASA e a Caltech (Instituto de Tecnologia da Califórnia).O fundo da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/117838-perseverance-7-curiosidades-sobre-a-nova-rover-de-marte.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Jezero</a> é formado por rocha ígnea, formada a partir de alguma atividade vulcânica ou magma subterrâneo. Acima dessa camada, é possível identificar argilitos&nbsp;ricos em sal, outra evidência de um lago evaporado.&nbsp;"Temos condições ideais para encontrar sinais de vida antiga onde encontramos carbonatos e fosfatos, que apontam para um ambiente aquático e habitável, além de sílica, que é ótima para preservação", declara Morgan Cable, pesquisadora do JPL.<h2>Próximas explorações</h2>A etapa seguinte da missão do Perseverance será explorar a borda da cratera. Segundo os cientistas da NASA, carbonato&nbsp;em abundância foi encontrado próximo da margem — onde antes haveria um rio que inundou o lago.&nbsp;Um dos principais motivos para a presença do rover em <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123859-nasa-capta-o-som-de-um-tempestade-em-marte-pela-primeira-vez.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Marte</a> é a busca por vida microbiana antiga. A ideia também é analisar a geologia e o clima do passado marciano, além de abrir portas para a exploração humana do planeta.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.931Z

Cratera de Marte pode já ter abrigado lago que continha vida

Imagem de Por que nunca existiu avião movido a energia nuclear? no megacurioso

Os submarinos e mísseis usaram energia nuclear em larga escala a partir dos anos 1950 e esse é o motivo pelo qual as aeronaves ficaram de fora

<head></head><body>Em uma sala da Universidade de Berlim, nos idos anos de 1938, os cientistas Otto Hahn, Fritz Strassman e Lise Meitner fizeram a descoberta que mudaria a história: como gerar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122675-por-que-usinas-nucleares-sao-uma-ameaca-constante-para-o-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">energia nuclear</a>. Os químicos bombardearam átomos de urânio grandes e instáveis com nêutrons minúsculos e descobriram que o processo poderia produzir bário, um elemento muito mais leve do que o urânio. Sendo assim, eles concluíram que era possível dividir os núcleos de urânio em componentes quimicamente distintos e menos massivos.O descobrimento da energia nuclear não só otimizou seu uso para armas e causou mudanças drásticas no pensamento sociopolítico mundial, quanto significou o início do progresso para a modernidade e a evolução da indústria global de exportação. Além disso, o armamento bélico foi aprimorado quando a Marinha dos EUA lançou o USS Nautilus, em meados de 1954, o primeiro submarino a propulsão nuclear. Depois dele, vieram os navios e, de repente, a energia se tornou o centro das atenções.Mas por que nunca existiram aviões movidos a energia nuclear?<h2>Uma ideia revolucionária</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13163000561327.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Não foi por falta de tentativa. A União Soviética e os EUA lideraram a corrida para desbloquear o poder do átomo e inaugurar um capítulo de realizações na história humana moderna – o que, de fato, aconteceu.Antes do míssil balístico intercontinental (ICBM) ou dos submarinos a propulsão nuclear, as aeronaves eram responsáveis por carregar armas nucleares o tempo todo nos primeiros dias da Guerra Fria, na esperança de entregar suas cargas úteis nos pontos focais de cada país. Porém, manter esses bombardeiros constantemente no ar exigia muita infraestrutura de apoio e planejamento, sobretudo, no que diz respeito ao reabastecimento, que limitava o alcance e resistência das aeronaves.Esse problema, no entanto, poderia ser resolvido se os bombardeiros fossem a propulsão nuclear, porque, em teoria, teriam a capacidade de voar por longos períodos sem a necessidade de fazer paradas. Apenas comida, água e resistência a bordo seriam as únicas limitações. A princípio, substituir a alimentação convencional das aeronaves parecia uma tarefa fácil, porém, tanto não foi quanto foi amplamente rejeitada.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13163104393329.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Em uma aeronave normal, o ar entra em um motor a jato, onde é comprimido, injetado com combustível e inflamado. Dessa forma, é criado uma explosão controlada forçada para trás, gerando empuxo e empurrando o aparelho para frente.No caso de um avião movido a energia nuclear, o ar seria absorvido e comprimido, empurrado para fora da parte traseira do motor, criando empuxo e empurrando a aeronave para frente. A diferença é que, no que o ar fosse absorvido, ele atuaria como um refrigerador do reator, fluindo ao redor do próprio ou de um elemento de aquecimento dele. Esse ar superquente e comprimido esguicharia da parte traseira do motor, criando empuxo e empurrando o avião para frente. O ar não fluiria através do núcleo do reator em si, pois isso contaminaria o escapamento com radiação que seria ejetada para o ar.<h2>Os problemas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13163152416331.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)">(Fonte: GettyImages/Reprodução)Nada era prático sobre um avião movido a energia nuclear. A começar pelo peso, para evitar que os pilotos e a tripulação fossem contaminados pela Síndrome Aguda de Radiação, foi necessário várias toneladas de chumbo no meio da fuselagem dos aviões testes para reduzir a exposição à radiação. Somado ao peso dos reatores, isso tornava os aparelhos mais lentos e, consequentemente, alvos mais fáceis para os inimigos.Além disso, havia um perigo enorme em caso dos bombardeiros serem atingidos, podendo liberar material radioativo, ou até mesmo vazá-lo ainda no ar, prejudicando a todos. Com isso, havia a aceitação popular de ter nos ares uma ameaça como essa, que mais representava uma arma para a própria nação do que um benefício. Apesar de todo o projeto ter corrido em sigilo, havia o receio de que o público pudesse questioná-lo.Se aeronaves movidas a propulsão nuclear saíssem da área militar e chegassem no mercado da aviação civil, havia a possibilidade de os passageiros não embarcarem em aviões comerciais equipados com reatores nucleares ativos, dada a preocupação com a segurança.Isso e a criação dos ICBMs lançaram a ideia ao esquecimento conforme os anos foram se passando.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.907Z

Por que nunca existiu avião movido a energia nuclear?

Imagem de Cientistas explicam o que provocou a perda de brilho de Betelgeuse em 2020 no megacurioso

Cientistas publicaram um trabalho que oferece mais detalhes sobre a redução do brilho emitido por Betelgeuse, observada entre 2019 e 2020

<head></head><body>Betelgeuse é uma das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123789-as-6-estrelas-mais-brilhantes-do-nosso-ceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrelas</a> que mais chama a atenção no céu noturno. Pertencente à constelação de Órion, trata-se de uma supergigante vermelha que apresenta um raio de aproximadamente 617 milhões de quilômetros.Betelgeuse volta e meia é assunto no mundo astronômico. Isso não apenas porque ela foi <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/274178-betelgeuse-fenomeno-astronomico-raro-ocultar-estrela-dezembro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">eclipsada por um asteroide</a> no último dia 11 e chegou a "desaparecer" por 15 segundos, mas principalmente em virtude de variações no seu brilho. Apesar de se tratar de uma característica própria dela, ainda que ocorra por uma razão incerta, quando seu brilho diminuiu de uma forma que nunca havia sido observada antes, a comunidade científica ficou alerta.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16183538459002.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>De olho no brilho de Betelgeuse</h2>Ao longo de 2019, e mais especificamente em 2020, esse fenômeno, apelidado de "grande escurecimento", gerou dúvida se Betelgeuse estaria perdendo seu brilho em virtude do processo de envelhecimento estelar. No entanto, essa mudança não foi uniforme, já que o hemisfério sul da estrela ficou mais apagado que o norte.Futuramente, se fosse o caso dela estar realmente morrendo, isso poderia resultar numa grande explosão, mas depois que seu brilho voltou a dar as caras, algumas teorias para explicar o ocorrido apareceram. Uma delas apontava que tudo não passou de efeito de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/156276-hubble-descobre-betelgeuse-escureceu.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nuvens de poeira</a> que estavam ofuscando a estrela.Fato é que se trata de um astro acompanhado por muitos cientistas, e como resultado de mais de 15 anos de observações, foi publicado um artigo no jornal Astronomy &amp; Astrophysics.&nbsp;O trabalho tem como base dados obtidos por meio do telescópio robótico STELLA.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16183620199003.jpg" alt="(Fonte: Getty Images/Reprodução)">(Fonte: Getty Images/Reprodução)<h2>Considerações do artigo</h2>O telescópio robótico STELLA é capaz de explorar a camada visível de Betelgeuse, bem como de detalhes sobre as pulsações e ondas de choque emitidas pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127210-estrela-mais-brilhante-do-universo-carrega-varios-misterios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">estrela</a> no decorrer do tempo.Ao todo, cinco camadas da fotosfera foram analisadas nessa estrela gigante vermelha. A partir de projeções, os autores do artigo apontaram que as variações na mais interna, chamada de C1, seriam consistentes com as percebidas no campo visual da estrela. As mudanças que foram alvo da observação, por sua vez, teriam ocorrido devido a ondas de choque.Ao tratar desse fenômeno, a onda de choque teria gerado um grande fluxo de material expelido, afetando todas as camadas da estrela. Mas uma segunda onda, por sua vez, ocorreu quando a primeira estaria em sua velocidade máxima, e sido ainda mais expressiva, ao menos nas camadas externas. Com isso, houve um novo episódio de saída de material do interior de Betelgeuse.Ou seja, duas ondas de choque teriam ocorrido em Betelgeuse, uma antes e outra depois do "desaparecimento", e não simultaneamente, estando a primeira relacionada ao escurecimento, cujo pico foi observado em fevereiro de 2020. A estrela só voltou a apresentar brilho com uma maior intensidade em 2022.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.895Z

Cientistas explicam o que provocou a perda de brilho de Betelgeuse em 2020

Imagem de Grande Muralha da China é protegida por 'biocrosta' em várias partes no megacurioso

Camada de líquen, musgo e cianobactérias formada sobre as paredes da Grande Muralha protege a estrutura histórica da erosão, diz novo estudo

<head></head><body>A Grande Muralha da China é um marco cultural icônico que existe há milênios. Contudo, a estrutura de 21 mil km de extensão também corre o risco de desaparecer devido à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127925-esfinge-de-gize-pode-nao-ter-sido-feita-so-por-humanos-diz-estudo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">erosão natural</a>. Agora, um novo estudo descobriu que algumas partes dessa estrutura estão mais bem protegidas das intempéries do que outras.Quem realiza essa proteção adicional são musgos, líquen e cianobactérias, que criaram uma camada de "biocrostas" em algumas seções da muralha, segundo uma pesquisa publicada na revista Science Advances. Além de fortalecer a parede, as biocrostas também a protegem do vento e da água. Logo, essa "cobertura viva" também isola o monumento das flutuações de temperatura.<h2>Criação da Grande Muralha</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15023624536005.jpg" alt="(Fonte: GettyImages)">(Fonte: GettyImages)Construída e conectada ao longo de milhares de anos, começando por volta de 220 a.C., a <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127333-trabalhadores-comprometem-estrutura-da-muralha-da-china-para-criar-um-atalho.htm#:~:text=Ela%20consiste%20em%20uma%20s%C3%A9rie,d.C.%2C%20durante%20a%20dinastia%20Ming." rel="noopener noreferrer" target="_blank">Grande Muralha da China</a> foi feita para criar um "sistema de defesa unido" para a fronteira morte do país. Algumas seções foram construídas com taipa de pilão, um processo que envolve a compactação de materiais naturais, como cascalho e solo, para criar estruturas robustas.Esses materiais também forneceram um habitat ideal para o crescimento de certos organismos. Com o tempo, isso também fez surgir uma camada protetora de biocrosta sobre a terra batida. Cientistas chineses queriam compreender melhor como esses organismos atuavam nas paredes no monumento. Por isso, recolheram amostras de uma secção de cerca de 480 km de comprimento. Quando analisaram as amostras, descobriram que 67% da área estudava estava coberta por biocrostas.Eles também realizaram uma série de experimentos para comparar as amostras nuas e as cobertas pelos organismos. As seções tapadas por biocrostas se mostraram menos porosas e resistiram melhor em testes que medem sua resistência e estabilidade.<h2>Descobertas intrigantes</h2><span class="img-fc" data-fonte="&nbsp;Bo Xiao/Divulgação&nbsp;" data-fonte-url="https://th-thumbnailer.cdn-si-edu.com/1rwzrnANIemOUn3NjJXVEGiAL9c=/1000x750/filters:no_upscale():focal(2048x1541:2049x1542)/https://tf-cmsv2-smithsonianmag-media.s3.amazonaws.com/filer_public/10/85/10859f4f-3e95-462f-a0a0-392f2612eed9/close-up_view_of_biocrusts_on_the_great_wall_4.jpg"><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15023651505006.jpg" alt="(Fonte: Bo Xiao/Divulgação)">(Fonte: Bo Xiao/Divulgação)Os pesquisadores foram pegos de surpresa ao descobrirem que algumas amostras de biocrostas eram três vezes mais resistentes do que as amostras de taipa nua. Esses dados fazem completamente sentido, uma vez que os cientistas já sabiam sobre o funcionamento das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127191-como-o-glitter-esta-destruindo-a-vida-marinha.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cianobactérias</a> e de outros organismos na natureza.Eles secretam substâncias que atuam como ligantes naturais das partículas de taipa, que funcionam como se fosse cimento na construção. Isso ajuda a formar uma rede de proteção mecânica e estabilidade contra a erosão externa na Grande Muralha da China.&nbsp;Em comunicado oficial, a coautora do estudo e cientista de solo da China Agricultural Universidade em Pequim, Jennifer Nalewicki, afirmou que a nova investigação poderá ajudar a formar estratégias de conservação para o monumento em questão e outras estruturas patrimoniais criadas a partir da taipa. Alguns estudiosos também especulam que as biocrostas podem causar a deterioração mais rápida das estruturas históricas, mas este estudo sugere o contrário.Em vez disso, as biocrostas combinam de maneira útil as funções protetoras de diversas medidas convencionais em uma estratégia baseada na natureza, econômica, ecologicamente correta e duradoura.&nbsp;</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.789Z

Grande Muralha da China é protegida por 'biocrosta' em várias partes

Imagem de Zoológico japonês investiga morte de esquilos por envenenamento no megacurioso

Equipe do Zoológico do Parque Inokashira acredita que 31 esquilos foram vítimas de envenenamento acidental

<head></head><body>A equipe do Zoológico do Parque Inokashira, localizado em Tóquio, iniciou uma investigação para descobrir a causa da morte de 31 de seus 40 <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106671-voce-sabia-que-existem-esquilos-voadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquilos</a>. A princípio, a primeira suspeita é de que os bichinhos tenham sido vítimas de envenenamento acidental.Segundo informações que estão na rede, os cuidadores do zoológico iniciaram um tratamento com medicamentos antiparasitários no dia 4 de dezembro. A medida tinha como intuito funcionar como precaução sanitária e pulverizar possíveis ameaças que estivessem perto dos ninhos dos esquilos, mas o resultado foi diferente do esperado.<ul><li>Veja também: <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/103036-esquilos-descubra-15-curiosidades-sobre-esses-animais-incriveis.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Esquilos: descubra 15 curiosidades sobre esses animais incríveis</a></li></ul><h2>Reação em cadeia</h2>Após a aplicação do medicamento, um esquilo comum japonês morreu em questão de horas. No espaço de uma semana, outros animais faleceram, somando 31 mortes até segunda-feira (11).<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/16/16002241347002.jpg" alt="Esquilos morreram após a aplicação de três remédios, procedimento que o time do zoológico já havia realizado anteriormente. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Esquilos morreram após a aplicação de três remédios, procedimento que o time do zoológico já havia realizado anteriormente. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"A possibilidade de envenenamento medicamentoso não pode ser negada. Estamos investigando a causa das mortes e observando as condições dos sobreviventes. Apresentamos nossas desculpas mais sinceras", diz um comunicado emitido pela equipe do zoológico.O texto ainda relata que foram usados três remédios nesse tratamento com os <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/75627-pesquisadores-filmam-pela-primeira-vez-o-rarissimo-esquilo-vampiro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">esquilos</a>, mas ressalta que o procedimento já havia sido feito anteriormente. Outro ponto é que todas as instruções fornecidas para o uso correto dos produtos foram seguidas pela equipe, que administrou as doses corretas em todo processo.A equipe do zoológico japonês ressalta ainda que as instalações em que os esquilos vivem foram limpas e reexaminadas antes de colocar os sobreviventes de volta nessas áreas, algo que já aconteceu. Os 9 bichinhos que restaram estão em observação, mas aparentemente não foram afetados pelos medicamentos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.843Z

Zoológico japonês investiga morte de esquilos por envenenamento

Imagem de Tempestades solares podem afetar sinais de trânsito ferroviários no megacurioso

Estudo conduzido por cientistas do Reino Unido alerta para os problemas que as tempestades solares podem causar no sistema eletrônico da ferrovia

<head></head><body>Quando se fala em problemas naturais ocorridos com trem, é comum pensarmos automaticamente em chuva. Porém, cientistas da Universidade de Lancaster, no Reino Unido, alertaram o mundo para outra variante: <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112248-tempestade-solar-cataclismica-pode-atingir-a-terra-em-100-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades solares</a>.Tempestades solares são eventos relativamente comuns, sendo que o último aconteceu na semana passada, depois que um buraco coronal no Sol passou a apontar para a Terra no dia 8 de dezembro. Há previsões de que esses eventos aumentem em 2024, o que deve causar ainda mais interferências nos sinais de trânsito ferroviário.<ul><li>Veja também:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128223-tempestade-solar-de-1977-revela-despreparo-humano-para-o-futuro.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Tempestade solar de 1977 revela despreparo humano para o futuro</a></li></ul><h2>Interferências variadas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15093226572046.jpg" alt="Sinais de trem são importantes para indicar quando há outra composição em um raio próximo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Sinais de trem são importantes para indicar quando há outra composição em um raio próximo. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Segundo o estudo divulgado pelos cientistas e publicado na edição deste mês da revista Space Weather, as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/120704-evento-carrington-a-tempestade-solar-que-hoje-pode-nos-destruir.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">tempestades solares</a> podem fazer com que sinais de trânsito mudem de vermelho para verde de uma hora para outra. Esses sinais são importantes para indicar se há outra composição na ferrovia naquele momento, e em caso de falha podem provocar acidentes.Essas interferências acontecem pelo fato de que a malha ferroviária é guiada por um sistema de semáforo com apenas duas luzes, verde e vermelha. Eles ficam em cruzamentos, e alteram suas cores conforme detectam a corrente elétrica vinda dos trens. Quando uma tempestade solar acontece, esses sistemas sofrem uma pane temporária."Interferências nos sinais presentes nos trilhos podem acontecer quando distúrbios geomagnéticos induzem correntes elétricas nos trilhos, o que interfere nos circuitos elétricos utilizados para detectar a presença de trens", explica o time no estudo."Crucialmente, nossa pesquisa sugere que o espaço climático consegue alterar os sinais em qualquer direção, fazendo o sinal vermelho ficar verde e vice-versa", continua o relato dos pesquisadores.<h2>Atrasos no sistema viário</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/15/15093508612051.jpg" alt="Interferências em sinais podem causar atrasos e até mesmo acidentes entre trens. (Fonte: GettyImages/Reprodução)">Interferências em sinais podem causar atrasos e até mesmo acidentes entre trens. (Fonte: GettyImages/Reprodução)Com essas interferências, os possíveis acidentes não são os únicos problemas que podem acontecer no transporte com trens. A depender da intensidade da corrente, ela pode indicar a presença de um trem que não está lá e ocasionar atrasos nas viagens.Em casos mais fortes, essas tempestades podem afetar até mesmo redes de fornecimento de energia e sistemas de comunicação.“Também é importante ressaltar que, em caso de mau tempo espacial, a sinalização ferroviária não será o único sistema afetado”, acrescenta a equipe. “Redes de fornecimento de energia, comunicações, Sistemas Globais de Navegação por Satélite (GNSS) são todos suscetíveis, muitos dos quais também afetarão o funcionamento seguro e suave da rede ferroviária, independentemente dos inúmeros impactos em outras áreas”.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.799Z

Tempestades solares podem afetar sinais de trânsito ferroviários

Imagem de Como seria a vida dos cães se os humanos desaparecessem? no megacurioso

É provável que boa parte das raças que conhecemos deixaria de existir

Muita gente tem um apre&ccedil;o fort&iacute;ssimo por seus c&atilde;es, a ponto de trat&aacute;-los quase como filhos de verdade. Isso pode levar voc&ecirc; a pensar: o que aconteceria com eles caso n&oacute;s, seres humanos, desaparec&ecirc;ssemos da face da Terra?
A resposta a essa pergunta &eacute; bem interessante, e vai passar por uma an&aacute;lise do processo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122720-5-animais-domesticos-que-foram-criados-na-america-do-sul.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">domestica&ccedil;&atilde;o</a> dos cachorros.
<h2>A domestica&ccedil;&atilde;o dos c&atilde;es</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/10/10204019403020.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
Os c&atilde;es s&atilde;o a esp&eacute;cie que melhor foi domesticada no planeta Terra. Al&eacute;m disso, eles passaram por processos evolutivos, muitas vezes comandados pelas pessoas, que acabaram gerando ra&ccedil;as &uacute;nicas e bem diferentes entre si.
<ul>
<li>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;<a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128058-qual-especie-vai-dominar-a-terra-quando-a-humanidade-acabar.htm" target="_blank" rel="sponsored">Qual esp&eacute;cie vai dominar a Terra quando a humanidade acabar?</a></li>
</ul>
Inicialmente, os cachorros foram domesticados por raz&otilde;es funcionais: eles passaram a ser condicionados para atividades que beneficiavam os humanos, como cuidar do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ilusao-de-optica/86866-voce-nao-vai-acreditar-mas-esta-foto-mostra-um-rebanho-com-500-ovelhas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">rebanho</a>, ca&ccedil;ar e proteger o dono.
Al&eacute;m disso, especialistas tamb&eacute;m destacam o companheirismo com seus donos como outra caracter&iacute;stica da domestica&ccedil;&atilde;o. Os criadores de c&atilde;es tiveram um papel fundamental ao direcionarem o cruzamento das esp&eacute;cies tamb&eacute;m para cumprir este fim.
<h2>Como seria a vida dos c&atilde;es sem os humanos?</h2>
<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/10/10203951321018.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)" />(Fonte: Getty Images)
O primeiro aspecto a destacar aqui &eacute; que n&oacute;s, seres humanos, direcionamos a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/121815-evolucao-humana-problemas-modernos-com-origem-no-passado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">evolu&ccedil;&atilde;o</a> das ra&ccedil;as dos c&atilde;es priorizando aspectos que n&atilde;o necessariamente s&atilde;o bons para eles. C&atilde;es de cara achatada, como <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122943-a-historia-dos-pugs-os-caes-que-acompanharam-monges-e-imperadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pugs</a> e buldogues, sofrem bastante para respirar por conta de suas vias a&eacute;reas encurtadas. J&aacute; outras ra&ccedil;as, como os chihuahuas, precisam de cesarianas para dar &agrave; luz, pois a cabe&ccedil;a do filhote n&atilde;o passa pela abertura p&eacute;lvica da m&atilde;e.
Por isso, imaginar um mundo em que os c&atilde;es viveriam sem os humanos &eacute; imaginar que eles aos poucos estariam livres dessa interven&ccedil;&atilde;o nas ra&ccedil;as. Por isso, caso n&oacute;s desaparec&ecirc;ssemos de repente, as ra&ccedil;as que dependem muito dos humanos para sobreviver n&atilde;o se dariam bem.
Isso quer dizer que provavelmente 20% de todos os c&atilde;es (o que corresponde basicamente &agrave; quantidade de c&atilde;es dom&eacute;sticos, que vivem na casa das pessoas) iriam perecer. Isso faria sobrar os outros 80% dos c&atilde;es que vivem livres, sem cuidadores.
Acontece que mesmo esses c&atilde;es coexistem com os humanos, pois dependem os recursos produzidos por eles, como a comida que recebem ou pegam das lixeiras. Assim, cachorros que n&atilde;o tivessem instintos cruciais para a sobreviv&ecirc;ncia, como habilidade de ca&ccedil;a e resist&ecirc;ncia a doen&ccedil;as, provavelmente morreriam aos poucos.
Os c&atilde;es muito grandes ou muito pequenos estariam tamb&eacute;m em desvantagem, j&aacute; que o tamanho impacta no seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/nutricao-e-saude/81794-todas-as-calorias-sao-tratadas-da-mesma-forma-pelo-nosso-organismo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">consumo cal&oacute;rico</a>, na regula&ccedil;&atilde;o de sua temperatura corporal e na sua suscetibilidade a predadores.
&Eacute; prov&aacute;vel, ali&aacute;s, que a sele&ccedil;&atilde;o evolutiva fizesse surgir um tipo novo de c&atilde;o, mais moldado pelo seu instinto de sobreviv&ecirc;ncia do que pelas necessidades e desejos humanos. Isso se d&aacute; tamb&eacute;m porque possivelmente as ra&ccedil;as se cruzariam muito mais, o que geraria c&atilde;es mais mistos e de apar&ecirc;ncia mais uniforme. Surgiria ent&atilde;o um c&atilde;o de tamanho m&eacute;dio, pelagem curta e orelhas e cauda eretas.&nbsp;
A longo prazo, eles acabariam retornando &agrave; vida selvagem, habitando em grupo circunscritos em territ&oacute;rios definidos, com pr&aacute;ticas anuais de reprodu&ccedil;&atilde;o e envolvimento na ca&ccedil;a social.

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.382Z

Como seria a vida dos cães se os humanos desaparecessem?

Imagem de 4 organismos que evoluíram mais de uma vez no megacurioso

A evolução é tão fantástica que pode ocorrer várias vezes para uma mesma coisa

<head></head><body>A evolução é um aspecto fundamental que garantiu a existência (e a permanência) da vida no planeta Terra. Boa parte das criaturas só continuam por aqui porque tiveram que se adaptar em algum momento para sobreviver.&nbsp;Ocorre que alguns destes organismos desenvolveram habilidades evolutivas mais de uma vez ao longo de sua história. Confira a seguir a história fascinante de quatro deles.<h2>1. Caranguejos</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09211544781012.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Os caranguejos parecem ser os queridinhos da natureza, já que eles evoluíram várias vezes. Tanto que certos bichos podem ter evoluído para a forma deles, sendo, de alguma forma, caranguejos "falsos".O processo tem até nome: ele se chama de carcinização, e configura em um tipo de convergência evolutiva em que um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116348-isopode-gigante-o-assustador-crustaceo-de-meio-metro.htm#:~:text=Com%20um%20bizarro%20corpo%20composto,tubar%C3%B5es%2C%20baleias%20e%20polvos%20gigantes." rel="noopener noreferrer" target="_blank">crustáceo</a> não semelhante a este animal evolui para uma forma semelhante a um caranguejo.Por conta disso, existem os caranguejos-verdadeiros e os falsos caranguejos, que evoluíram de ancestrais mais próximos da lagosta. E por que isso aconteceu? A resposta mais aceita entre os cientistas é que o "design" do caranguejo (com uma carapaça dura, pernas velozes e um par de pinças) era mais favorável à sobrevivência, e por isso outros crustáceos acabaram ficando parecidos com ele.<h2>2. Cafeína</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09211720154015.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)A <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/124608-bebidas-com-cafeina-podem-alterar-efeitos-de-alguns-remedios.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cafeína</a> é a substância psicoativa mais consumida no mundo. Ela aparece em vários alimentos que consumimos, especialmente no café e no chá, que são fontes naturais. Mas eles não são os únicos a produzi-la.O mais curioso é que a cafeína evoluiu em várias plantas diferentes que não têm conexão biológica entre si. Além do café e do chá, há também o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/123576-por-que-o-chocolate-pode-deixar-de-existir-em-40-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cacau</a>, a erva-mate e mais de outras 60 plantas que também geram esta substância.Os pesquisadores verificaram que essas plantas desenvolvem a cafeína de forma semelhante. Contudo, no caso do café e do cacau, as enzimas que evoluíram para a produção de cafeína não são relacionadas entre si. Eles também observaram que o chá e o café têm genes totalmente diferentes, apesar de conseguirem produzir a mesma substância.<h2>&nbsp;3. Bichos de seis patas</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09211800472019.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Na natureza, os animais de seis patas (como as formigas) podem ter evoluído em dois momentos históricos diferentes. Isso desmente uma hipótese científica pregressa de que os animais com muitas pernas (como as <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/126848-centopeia-gigante-conheca-a-predadora-de-morcegos-da-amazonia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">centopeias</a>) seriam insetos ancestrais, e que os que têm seis patas seriam uma nova evolução desses bichos.Inclusive, hoje se imagina que alguns insetos e crustáceos possam ter ancestrais comuns que eram hexápodes, ou seja, com seis patas. Um estudo feito no DNA mitocondrial de certos organismos, como colêmbolos, mostra que eles se ramificaram dos crustáceos muito antes de outros insetos.<h2>4. Dentes</h2><img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/09/09211841026021.jpg" alt="(Fonte: Getty Images)">(Fonte: Getty Images)Se formos pensar na evolução que ocorreu dentro do organismo humano, os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120076-dentes-podres-ja-foram-padrao-de-riqueza.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">dentes</a> são ótimos exemplos. Afinal, eles foram mudando ao longo dos anos de nossa existência sobre a Terra. Basta lembrar que muita gente já nasce sem os dentes do siso!Evidências científicas sugerem que os dentes podem ter evoluído em momentos diferentes da história, tanto para os peixes quanto para os mamíferos. Os primeiros mamíferos que teriam desenvolvido dentes podem ter sido pequenos animais, como o musaranho. Mas criaturas provindas do hemisfério norte e sul, totalmente distantes umas das outras, provavelmente desenvolveram molares ao mesmo tempo.Com os <a href="http://v" rel="noopener noreferrer" target="_blank">peixes</a>, também já se sabe que eles provavelmente não desenvolveram dentes por conta de um único ancestral vertebrado. Aliás, esses animais provavelmente já tinham dentes muito antes dos mamíferos, há cerca de 408 milhões de anos.</body>

thumb-image-2024-02-29T14:07:21.002Z

4 organismos que evoluíram mais de uma vez

Imagem de Ruínas de antiga 'padaria-prisão' são encontradas em Pompeia no megacurioso

No local, as pessoas eram forçadas ao trabalho escravo, dividindo o espaço com burros

<head></head><body>As escavações feitas em Pompeia, na Itália, continuam a revelar <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/111661-10-incriveis-descobertas-arqueologicas-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">curiosidades a respeito da antiga cidade do Império Romano</a> destruída após a erupção do vulcão Vesúvio em 1979. A mais recente delas é uma “padaria-prisão”, onde escravos eram obrigados a trabalhar em condições precárias.O estabelecimento funcionava em um cômodo apertado, sem vista para a área externa, contando apenas com pequenas janelas no alto, cercadas por grades, que permitiam a entrada de luz. Detalhes sobre este espaço foram descritos em um artigo publicado dia 8 de dezembro no Diário Eletrônico das Escavações de Pompeia.Conforme os arqueólogos que participaram do trabalho, a padaria usada como prisão para escravos na <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/122527-conheca-as-esquisitices-da-vida-cotidiana-dos-romanos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">antiga cidade romana</a> ficava em uma casa na área conhecida como Regio IX, que começou a ser escavada no início de 2023. O imóvel passava por reformas na época da catastrófica erupção vulcânica.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13161212843306.jpeg" alt="(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)">(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)A casa era composta por uma área reservada à habitação, onde foram encontrados “afrescos refinados”, e outra destinada à panificação. Nesta última, os pesquisadores encontraram três esqueletos, confirmando a presença de pessoas escravizadas quando a cidade foi tomada pelo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118189-vesuvio-levou-17-minutos-para-matar-a-populacao-de-pompeia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">material lançado do Vesúvio</a>.<h2>Humanos e animais dividiam o espaço</h2>De acordo com o estudo, a padaria-prisão de Pompeia também era ocupada por burros, que dividiam o espaço com homens e mulheres em situação de escravidão. Os animais movimentavam a pedra do moinho, auxiliando os escravizados em longas jornadas.Além de forçar os animais a trabalhar, as pessoas escravizadas acumulavam as funções de movimentar a pedra, adicionar grãos, acompanhar a moagem e recolher a farinha. Parte desta estrutura ainda existe e ajudou os especialistas a identificar algumas etapas do processo.<img src="https://img.ibxk.com.br/2023/12/13/13161408833310.jpg" alt="(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)">(Fonte: Sítio Arqueológico de Pompeia/Divulgação)Na porção sul da área de panificação se localiza a pedra do moinho, conectada a um estábulo com bebedouro. Os arqueólogos encontraram, ainda, diversas cavidades que possivelmente foram criadas para coordenar os movimentos de escravizados e burros.Outro detalhe revelado pela equipe é que animais e humanos precisavam trabalhar em sincronia, devido ao tamanho minúsculo do local ao redor do equipamento de moagem, impedindo a passagem de ambos lado a lado. Acredita-se que a prisão tenha funcionado por anos, com base nos sinais de desgaste.<h2>Obra descreve a prisão</h2>Em comunicado, o coautor da pesquisa, Gabriel Zuchtriegel, lembrou que condições de trabalho degradantes como a desta prisão transformada em moinho de grãos em Pompeia foram descritas no livro O Asno de Ouro, lançado pelo escritor Apuleio no século II. A obra narra a exploração de pessoas e animais nos moinhos da antiguidade.“É o lado mais chocante da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125158-quando-comecou-a-escravidao-de-pessoas-negras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">escravidão</a> antiga, aquele desprovido de relações de confiança e de promessas de alforria, onde fomos reduzidos à violência bruta, impressão que é inteiramente confirmada pela fixação das poucas janelas com barras de ferro”, destacou o diretor do Sítio Arqueológico de Pompeia.</body>

Ciência

Novidades