Imagem de Coração que foi derrubado no chão por médico é transplantado com sucesso no megacurioso

Transplante conseguiu ser realizado mesmo após o acidente de helicóptero com a equipe médica

Parece que temos um final feliz para a trágica história do transplante que quase não aconteceu após o médico derrubar o coração no chão ao tropeçar.



Em 6 de novembro, uma equipe médica que transportava um <a rel="noopener noreferrer" href="https://www.megacurioso.com.br/medicina-e-psicologia/39864-coracao-na-caixa-video-mostra-evolucao-da-tecnica-de-doacao-e-transplante.htm" target="_blank">coração para ser transplantado</a> sofreu um acidente de helicóptero quando o piloto teve dificuldades para aterrissar. A aeronave balançou algumas vezes até virar totalmente de lado e cair no heliporto onde deveria ter pousado.



<figure class="wp-block-embed-twitter wp-block-embed is-type-rich is-provider-twitter"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<blockquote class="twitter-tweet" data-width="550" data-dnt="true">Video captures Friday&#39;s heart transplant helicopter crash on Keck Hospital helipad. <a href="https://t.co/czscBfFm4W">https://t.co/czscBfFm4W</a> <a href="https://t.co/spWXecRAcS">pic.twitter.com/spWXecRAcS</a>— Breaking Aviation News & Videos (@breakingavnews) <a href="https://twitter.com/breakingavnews/status/1326441037540319233?ref_src=twsrc%5Etfw">November 11, 2020</a></blockquote><script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
</div></figure>



Por sorte, ninguém se feriu gravemente <a href="https://www.megacurioso.com.br/aeronaves/75849-4-acidentes-aereos-assustadores-mas-que-tiveram-sobreviventes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">no acidente</a>, nem mesmo o coração que era transportado. O curioso é que, pouco após a queda do helicóptero, os bombeiros começaram seus serviços no local do acidente e conseguiram retirar o órgão dos destroços. Um médico pegou o coração para levá-lo em segurança até o transplante, mas poucos segundos depois, tropeçou, caiu, e derrubou o coração no chão. Mais uma vez, por sorte, o coração ficou intacto e finalmente pôde ser levado para o paciente que o aguardava.



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="Helicopter Transporting Donor Heart Crashes On Helipad At SoCal Hospital" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/fvVjrEGaGoI?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



A equipe médica do Keck Medical Center fez todos os exames necessários e confirmou que o coração estava em perfeitas condições para o transplante, que foi realizado poucas horas após o acidente. Agora, ele bate firme e forte do peito de seu novo dono. O hospital informou que a operação correu bem e que o receptor do coração está se recuperando bem.



Mark Cunningham, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/36025-por-que-os-medicos-usam-roupas-verdes-ou-azuis-nas-salas-de-cirurgia-.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cirurgião</a> cardíaco que realizou a operação, comentou sobre o acidente e o transplante realizado. “Apesar de estarmos tristes porque duas pessoas em nossa equipe de transporte sofreram ferimentos leves, nos sentimos muito afortunados que eles não foram fatais e pudemos fornecer ao nosso paciente um novo coração”.



<figure class="mt-2"><a class="fonte_imagem" href="https://allthatsinteresting.com/heart-transplant-helicopter-crash"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/17/17113927221626.jpg" alt="(Youtube/Reprodução)" /></a><figcaption>(Youtube/Reprodução)</figcaption></figure>



Segundo as informações da Administração de Recursos e Serviços de Saúde dos Estados Unidos, após ser retirado do doador, um órgão pode sobreviver por cerca de 4 a 6 horas antes de ser transplantado.



Quanto à causa do acidente do helicóptero, a investigação continua sendo feita por órgãos federais responsáveis. Porém, provavelmente não saberemos os reais motivos que derrubaram a aeronave, já que existe uma lei federal nos EUA, conhecida como HIPA, que garante o sigilo em relação a tudo que seja referente à saúde do paciente. Para que a causa seja divulgada, é necessário o consentimento do receptor do coração.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.130Z

Coração que foi derrubado no chão por médico é transplantado com sucesso

Imagem de Gêmeos idênticos mais antigos do mundo existiram há 31 mil anos no megacurioso

Os esqueletos foram encontrados na Áustria e datam do Paleolítico Superior

Um túmulo encontrado em 2005 no sítio arqueológico de Krems-Wachtberg, na Áustria, pode ser o sepultamento mais antigo de gêmeos já registrado. Isso é o que indica um estudo publicado neste mês no periódico <a href="https://www.nature.com/articles/s42003-020-01372-8">Communications Biology</a>. 



Por meio de testes de DNA, os pesquisadores concluíram que os esqueletos pertenciam a irmãos gêmeos idênticos; um deles morreu pouco após o nascimento e o outro, cerca de 50 dias depois. Além disso, a menos de 2 metros do local havia um terceiro bebê, de aproximadamente 3 meses, com relação genética de terceiro grau — provavelmente um primo.



Os restos mortais dos três bebês estavam cobertos de ocre, um pigmento vermelho usado frequentemente em sepultamentos antigos em todo o mundo. Ainda, entre outras coisas, havia no túmulo duplo contas feitas de marfim de <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/42331-10-gigantes-animais-pre-historicos-e-assustadores.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">mamute</a> e uma omoplata enorme — também de mamute —, que protegeu os pequenos corpos por milhares de anos.



<h2>Descobertas e confirmações</h2>



De acordo com a bióloga Maria Teschler-Nicola, líder do estudo, descobrir um sepultamento múltiplo do Paleolítico já é especial por si só. Sendo assim, o fato de existir DNA em quantidade suficiente e de alta qualidade para ser extraído e analisado superou todas as expectativas. “Isso pode ser comparado a um bilhete de loteria”, explica a especialista em <a href="https://www.nhm-wien.ac.at/presse/pressemitteilungen2020/zwillinge_wachtberg" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um comunicado</a>.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/15/15113936304003.jpg" alt="(Fonte: OREA-ÖAW/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: OREA-ÖAW/Reprodução)</figcaption></figure>



Para determinar a idade, os pesquisadores analisaram o segundo incisivo superior de cada bebê, atentando especialmente à “linha do recém-nascido”, uma linha escura no esmalte do dente que separa o esmalte formado no período pré-natal daquele formado após o nascimento. Além disso, analisando elementos químicos, como isótopos de carbono, nitrogênio e bário, a equipe constatou que ambos os gêmeos foram amamentados. 



Aparentemente, o grupo enterrou o primeiro gêmeo e, em seguida, reabriu a sepultura para enterrar o segundo. Os pesquisadores explicam que essa descoberta confirma a prática histórico-cultural de reabertura de túmulo para fins de novo sepultamento, que nunca havia sido documentada antes em um cemitério do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114873-escultura-de-passaro-pode-rescrever-a-historia-do-leste-asiatico.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Paleolítico</a>.



Embora não se saiba exatamente o que causou a morte desses gêmeos e a de seu provável primo, tudo leva a crer que foram eventos dolorosos para o grupo. Os enterros extraordinários “parecem implicar que a morte dos bebês foi uma grande perda para a comunidade e sua sobrevivência”, afirma Maria Teschler-Nicola.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.112Z

Gêmeos idênticos mais antigos do mundo existiram há 31 mil anos

Imagem de Zhan Wenlian: a primeira mulher da China em criopreservação no megacurioso

Congelada a -196 °C, a mulher deseja ser útil para a Ciência, e a família espera que um dia ela viva de novo

Em meados de 1953, o cientista James Lovelock foi o primeiro que teorizou sobre a possibilidade de submeter um corpo morto ao congelamento criogênico. A partir da criopreservação de roedores, ele relatou que os animais podiam ser congelados com 60% da água do cérebro cristalizada em gelo sem gerar efeitos adversos, embora outros órgãos tenham se mostrado suscetíveis a danos. O estudo fez com que outros cientistas congelassem ratos e depois o revivessem, sem dano significativo aparente.



A criopreservação foi aplicada em humanos a partir de 1954 por meio de 3 gestações que foram resultados de inseminações de espermatozoides previamente congelados. No entanto, um corpo humano inteiro só foi congelado em 1967. James Bedford, professor de psicologia de 72 anos, foi submetido ao procedimento poucas horas após sua morte, causada por um câncer renal, na esperança de um futuro renascimento.



<h2>Congelando</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05074542565031.jpg" alt="(Fonte: CNN/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: CNN/Reprodução)</figcaption></figure>



Legalmente, o congelamento criogênico de uma pessoa só pode acontecer se ela tiver sido declarada morta. A partir desse laudo, o processo deve começar o mais rápido possível após a morte clínica para evitar danos cerebrais.



Sendo assim, primeiro o cadáver é resfriado em um banho de gelo que tem o intuito de reduzir gradualmente a sua temperatura, para não causar nenhum choque térmico e afetar o comportamento celular. Em alguns casos, pode acontecer de serem feitas reanimações cardiopulmonares (RCP) para evitar que as células cerebrais morram.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05074651456032.jpg" alt="(Fonte: TechRadar/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: TechRadar/Reprodução)</figcaption></figure>



Depois, os médicos iniciam o processo de drenagem de todo o sangue do corpo e aplicam um fluído anticongelante criado para impedir a formação de cristais de gelo. Então, o cadáver é envolto em gelo e transferido para uma das três instalações da Cryonics Institute, nos Estados Unidos, ou para a KrioRus, na Rússia. Uma vez lá, ele é transferido para uma espécie de saco de dormir e resfriado por gás nitrogênio a -110 °C durante várias horas.



Nas semanas seguintes, eles iniciam o processo de congelar muito lentamente o corpo até que ele atinja a temperatura de -196 °C. Em seguida, ele é cercado por nitrogênio líquido e transferido para uma espécie de baia, onde permanece por tempo indeterminado. 



Muitas instalações de criogenia trabalham com o método de neurocriopreservação, que consiste no congelamento apenas da cabeça do cadáver. O processo existe porque cientistas sustentam a tese de que no futuro um novo corpo pode ser clonado ou regenerado e a cabeça seja anexada a ele.



<h2>A amada de Junmin</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05074802801033.jpg" alt="(Fonte: Daily Mail/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Daily Mail/Reprodução)</figcaption></figure>



A chinesa Zhan Wenlian nunca acreditou que a morte era o fim de tudo, tampouco seu marido, Gui Junmin. O câncer que se manifestou no pulmão da mulher não minimizou essa sua convicção, muito pelo contrário, só fez ela insistir que seu corpo fosse doado à Ciência depois que ela morresse, para que cientistas pudessem extrair algo dele que beneficiasse os avanços científicos. Além disso, a família alimentava a esperança de que ela pudesse ser trazida à vida no futuro.



Foi com esse pensamento que a mulher de 49 anos veio à óbito em 8 de maio de 2017, às 4h, no Hospital Qilu da Universidade de Shandong, em Jinan, no leste da China. Tudo já estava certo para que seu corpo fosse submetido à criopreservação.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05074905364034.jpg" alt="(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)</figcaption></figure>



A equipe do médico Aaron Drak, da Alcor Life Extension Foundation dos Estados Unidos, colocaram o corpo de Wenlian em um suporte de vida, incluindo nutrição e suporte cardiopulmonar. Em menos de 10 minutos, ela estava pronta para ser transportada de ambulância para o Instituto de Pesquisa em Ciências da Vida de Shandong Yinfeng, parte da fundação Yinfeng Biological Group, uma empresa privada especializada em pesquisa para o desenvolvimento de tecnologias de armazenamento de células e órgãos humanos.



Assim que o processo de congelamento foi concluído, Zhan Wenlian se tornou a 1ª pessoa a ser congelada em crio na história da China. A família não teve que se preocupar com o custo de US$ 7.500 anuais para a manutenção do nitrogênio a cada 10 ou 15 dias, visto que o corpo foi uma doação ao instituto.



<h2>O dilema do futuro</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05075044772035.jpg" alt="(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: South China Morning Post/Reprodução)</figcaption></figure>



Para aqueles que podem pagar, a criogenia se tornou um meio de conformar famílias com a preservação de seus entes queridos e a possibilidade, ainda que remota, de reavivá-los no futuro.



“Gui falou que gostaria de tentar essa possibilidade, mesmo sabendo que não seria possível reanimar sua esposa em um futuro próximo. Acho que seu amor por ela foi o principal fator em sua decisão”, revelou Kong Fei, membro do Instituto de Pesquisa em Ciências da Vida. “Espera-se que o corpo de Zhan Wenlian seja armazenado por várias décadas para que possamos avaliar a condição dele após um determinado período de tempo”, declarou o especialista.



Para Lei Weifu, o médico que tratou Wenlian, a tecnologia de crio é a única capaz de aliviar a dor das famílias. “O paciente não parece estar morto. A vida dele parece apenas pausada”, disse ao jornal Hongxing News, de Sichuan. 



Gui Junmin, em entrevista ao Science and Technology Daily, revelou não só concordar com essa fala do médico como também confiar na tecnologia e na possibilidade dos cientistas reconstituírem a vida.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/05/05075210086036.jpg" alt="(Fonte: Futurism/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Futurism/Reprodução)</figcaption></figure>



Por outro lado, muitos cientistas e apoiadores ainda reclamam do fato de que o método de criopreservação não poder ser feito antes da morte, para impedir que ela aconteça ou até revertê-la. “As leis atuais significam que só podemos iniciar o processo após a morte clínica, seguindo os mesmos princípios da doação de órgãos. Isso causa uma estagnação científica”, disse um funcionário do Instituto Yifeng ao Hongxing News.



De qualquer forma, ainda não existe conhecimentos suficientes para “trazer alguém da morte”. Estudos do Instituto Cryonics apontam que cães e macacos foram revividos após terem seu sangue substituído pelo anticongelante e sido resfriado abaixo de 0 °C, embora não fosse a temperatura criogênica padrão. 



Os vermes nematoides foram preservados a -196 °C, depois revividos e apresentados como funcionais. Em 2005, um rim de um coelho foi congelado a -135 °C e transplantado com sucesso para um animal, que pôde viver uma vida normal. Para os cientistas, não restam dúvidas de que a morte não é um estado irreversível, apesar de suas lacunas e arestas.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.101Z

Zhan Wenlian: a primeira mulher da China em criopreservação

Imagem de Estranho espécime do Cambriano pode ser o 'Elo Perdido' dos artrópodes no megacurioso

Batizada de Kylinxia zhangia, a estranha criatura foi encontrada no sul da China e reabre discussões sobre a evolução dos artrópodes

Pesquisadores da Academia Chinesa de Ciências em Nanjing, China, acreditam ter descoberto o “Elo Perdido” da evolução dos artrópodes ao identificarem fósseis de uma criatura estranha, semelhante a um camarão, que possui características particulares de diversos outros animais. Datado de aproximadamente 500 milhões de anos, os extintos espécimes viveram durante o Cambriano, e podem sugerir um marco importante no estudo da evolução do filo.



Segundo os estudiosos, o ancestral dos artrópodes possuía diversas estruturas típicas de outros <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116719-fosseis-do-dinossauro-bico-de-pato-na-africa-surpreendem-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">fósseis</a> do grupo, porém que nunca haviam sido encontradas aglomeradas em um mesmo espécime. O animal era dotado de uma cabeça composta por cinco olhos em alto relevo, quinze membros pontiagudos enfileirados e articulados, além de enormes “braços” curvos que se direcionavam para cima.



Os fósseis foram encontrados no sítio arqueológico de Yu’anshan, localizado no sul da China, onde ficam armazenados diversos vestígios datados da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/114903-camarao-pre-historico-e-diferente-de-qualquer-um-conhecido-ate-hoje.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Era Cambriana</a>, que ocorreu há cerca de 518 milhões de anos. Devido ao território em que foi documentado, a exótica criatura foi batizada de Kylinxia zhangia, em homenagem a Yehui Zhang, um dos cientistas autores do projeto.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/16/16175058960410.jpg" alt="(Fonte: Academia Chinesa de Ciências em Nanjing/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Academia Chinesa de Ciências em Nanjing/Reprodução)</figcaption></figure>



Curiosamente, os vestígios do artrópode estavam incrivelmente bem conservados, sendo possível enxergar dois grandes olhos, canal alimentar, glândulas digestivas, tecido nervoso, cordão ventral e até mesmo o conteúdo no interior do intestino. “Os   fósseis de Kylinxia exibem estruturas anatômicas extraordinárias”, disse o coautor do estudo, Fangchen Zhao, professor do Instituto de Paleontologia e Geologia de Nanjing, China. “Por exemplo, tecido nervoso, olhos e sistema digestivo são partes moles do corpo que geralmente não podemos ver em fósseis convencionais.”



<h2>O “Elo Perdido” da evolução dos artrópodes</h2>



Entre as estruturas identificadas no Kylinxia zhangia, foram encontrados pontos anatômicos e sistemáticos de outros artrópodes como Opabinia, Anomalocaris, Radiodonta e Megacheira, levando os pesquisadores a concluir que algumas estruturas estavam ausentes nos primeiros espécimes conhecidos do filo. Dessa forma, a observação de mais de 80 grupos taxonômicos indicou que os estranhos ancestrais são capazes de completar inúmeras lacunas sobre a evolução das espécies.



“Kylinxia representa um fóssil transicional crucial previsto pela <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/112823-origem-das-especies-obra-de-charles-darwin-completa-160-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">teoria da evolução de Darwin</a>“, disse Han Zeng, autor do estudo. “Ele preenche a lacuna evolutiva entre o Anomalocaris e os verdadeiros artrópodes, formando um ‘Elo Perdido’ na sua origem e contribuindo com fortes evidências fósseis para a teoria evolucionária da vida.”

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.091Z

Estranho espécime do Cambriano pode ser o 'Elo Perdido' dos artrópodes

Imagem de Tamanho dos olhos determina onde pássaros caçam e se reproduzem no megacurioso

Estudo conduzido pela Universidade da Florida traz descoberta interessantíssima para a biologia sensorial e revela particularidades sobre os olhos da

Um estudo conduzido pelo estudante de graduação Ian Ausprey, da Universidade da Florida, trouxe novas informações sobre o comportamento dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais-sinistros/40333-passaros-venenosos-eles-existem-e-podem-ser-fatais-para-os-seres-humanos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">pássaros</a>. Após analisar diversas espécies de aves na floresta nublada peruana, o estudo descobriu que é possível prever o local escolhido para caça e reprodução de uma ave apenas avaliando o tamanho do seu olho.



De acordo com a pesquisa, animais de olhos maiores estão mais ligadas a presas pequenas ou ambientes com baixa iluminação. Além disso, pássaros com esse tipo de visão são cada vez mais ameaçados pela ação humana, que vem convertendo florestas em áreas agrícolas abertas.



<h2>Biologia sensorial</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/17/17020009554509.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



A área da biologia que estuda o lado sensorial dos animais ainda é uma área pouco explorada na ciência. Um dos exemplos disso é os <a href="https://www.megacurioso.com.br/corpo-humano/42339-31-fatos-insanos-sobre-os-olhos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">olhos</a> grandes sempre terem sido associadas com condições escuras de caça, mas nunca ter havido um grande estudo que trouxesse resultados sobre o impacto da luz no comportamento das espécies.



Recentemente, um estudo feito pelo Museu de História Natural de Londres identificou que o tamanho dos olhos também é essencial para determinar o habitat e ações dos sapos. Portanto, a equipe de pesquisa da Universidade da Flórida viu nesse campo científico um enorme potencial de exploração.



Ausprey e seu orientador, Scott Robinson, então recorreram para uma das florestas mais densas do <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/44518-proxima-parada-peru-um-pais-com-paisagens-lindas-e-incrivel-gastronomia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Peru</a>, onde mais de 240 espécies de pássaros fazem moradia. A área possui uma enorme quantidade de habitats, com espaços mais fechados e outros mais abertos.



Durante quatro anos, os pesquisadores mediram os olhos de 192 espécies presencialmente e estimou o tamanho do restante através de fotos. Eles então dividiram os animais em dois grupos baseados em seus padrões de caça e depois rastrearam as suas demais ações durante o dia.



<h2>Resultado final do experimento</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/17/17020036648510.jpg" alt="(Fonte: Wikimedia Commons)" /><figcaption>(Fonte: Wikimedia Commons)</figcaption></figure>



Como esperado pelos cientistas, o experimento comprovou que aves habitantes de florestas densas ou predadoras de pequenos insetos, como os Bem-te-vis, possuem olhos maiores. Já as espécies como o Sanhaço Oliváceo, acostumados a viver em ambientes mais claros, proporcionalmente tem os glóbulos oculares de menor dimensão.



De maneira geral, os pássaros não costumam se locomover para locais onde seus olhos não funcionam muito bem. Por isso, a equipe de pesquisa espera que novos estudos surjam sobre o impacto do desmatamento na qualidade de vida destas criaturas e crie um alerta ainda maior sobre o risco do desmatamento descontrolado.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.081Z

Tamanho dos olhos determina onde pássaros caçam e se reproduzem

Imagem de Cientistas recalculam chance de impacto do asteroide Apophis no megacurioso

Cientistas ainda o veem como um risco considerável para a Terra

Segundo um estudo compartilhado pela American Astronomical Society durante uma coletiva de imprensa, o asteroide Apophis está tendo sua trajetória recalculada após a descoberta de um fenômeno chamado aceleração de Yarkovsky, responsável por alterar as configurações de velocidade da rocha e seu direcionamento através da radiação térmica não uniforme.



Considerado um corpo espacial de procedência crítica, o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206391-luz-sol-alterando-trajetoria-do-asteroide-apophis.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Apophis</a> vem sendo monitorado cuidadosamente por cientistas, que tentam estipular o quão perigosa a rocha pode ser para o planeta Terra. Descoberto em 2004, o objeto passou por inúmeras observações e seu risco de impacto previsto para 2068 foi calculado: 1 chance em 150 mil.



As novas pesquisas, que surgiram como resultados de observações registradas entre 4 noites dos meses de janeiro a março de 2020, sugerem que a alteração na trajetória de Apophis foi causada pelos efeitos assimétricos da luz solar na rocha, que se acumulou na forma de <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/150071-painel-solar-reverso-gera-energia-mesmo-noite.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">energia térmica</a> em um dos polos e gerou uma espécie de impulso em uma determinada direção, mudando ligeiramente sua órbita. Na ciência, o fenômeno é conhecido como aceleração de Yarkovsky.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/16/16075302358000.png" alt="(Fonte: Creative Commons/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Creative Commons/Reprodução)</figcaption></figure>



“Basicamente, o calor que um asteroide irradia dá um pequeno empurrão”, disse o autor do estudo, David Tholen, astrônomo da Universidade do Havaí, em Manoa. “O hemisfério mais quente [do asteroide] estaria empurrando um pouco mais do que o hemisfério mais frio, e isso faz com que o asteroide se afaste do que uma órbita puramente gravitacional poderia prever”.



<h2>Ameaça real de impacto</h2>



Segundo os cientistas, ainda não há motivos para descartar o perigo que o asteroide pode trazer ao planeta, especialmente por conta dos novos cálculos, que concluíram um afastamento de cerca de 170 metros por ano em relação a sua órbita anteriormente prevista. “O <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206035-asteroide-apophis-ainda-atingir-terra-so-2068.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cenário de impacto de 2068</a> ainda está em jogo”, disse Tholen. “Precisamos rastrear este asteroide com muito cuidado.” 



Em abril de 2029, espera-se que o Apophis se aproxime da Terra em uma distância suficiente para que mais detalhes sejam observados, pois estará visível a olho nu. O momento, tido como crítico pela equipe de pesquisadores, deverá fornecer condições suficientes para estudar a trajetória futura da rocha e poder contornar possíveis situações emergenciais em 2068.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.063Z

Cientistas recalculam chance de impacto do asteroide Apophis

Imagem de Íbexes, as 'cabras' que desafiam a gravidade em busca de sal no megacurioso

Os cascos dos íbexes têm dois dedos que se movem de forma independente, o que lhes permite escalar paredões íngremes

O íbex (Capra ibex) é um tipo de herbívoro que vive em estado selvagem nas regiões montanhosas dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115123-neve-rosa-misteriosa-e-descoberta-nos-alpes.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Alpes</a> europeus. Os íbexes se parecem muito com as <a href="https://www.megacurioso.com.br/animais/41746-cabras-nas-alturas-animais-se-arriscam-em-penhascos-de-tirar-o-folego.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cabras-monteses</a>, e usam os seus cascos em forma de pinça para conseguir escalar, de forma ágil, os penhascos mais íngremes para fugir dos predadores. 



Há alguns anos, fotos e vídeos desses animais escalando os paredões verticais de uma barragem em Cingino, na Itália, viralizaram na internet e transformaram o local, localizado na região de Piemonte, numa atração turística.   



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/13/13180646568413.jpg" alt="Fonte: Don Vanlerbergh/Facebook/Reprdução" /><figcaption>Fonte: Don Vanlerbergh/Facebook/Reprdução</figcaption></figure>



Vendo as imagens e assistindo aos vídeos no YouTube, é possível entender a fascinação mostrada por milhões de pessoas no mundo inteiro. Parece que o íbex consegue agarrar qualquer pedacinho de rocha, por menor que seja, para escalar paredões de 50 metros de altura para atingir o seu rico objetivo: <a href="https://www.megacurioso.com.br/historia-e-geografia/74077-veja-como-o-sal-e-as-especiarias-ajudaram-a-temperar-a-historia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um pouco de sal</a>.



<figure class="wp-block-embed-youtube wp-block-embed is-type-video is-provider-youtube wp-embed-aspect-16-9 wp-has-aspect-ratio"><div class="wp-block-embed__wrapper">
<iframe title="The incredible ibex defies gravity and climbs a dam | Forces of Nature with Brian Cox - BBC" width="1366" height="768" src="https://www.youtube.com/embed/RG9TMn1FJzc?feature=oembed" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; clipboard-write; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>
</div></figure>



<h2>O que os íbexes buscam?</h2>



O sal é praticamente inexistente na dieta herbívora desses caprinos, mas eles precisam muito dele em sua fisiologia. A calcificação dos ossos, o sistema nervoso e os músculos dependem do mineral, e os íbexes são capazes até de desafiar a gravidade para obtê-lo.



Por exemplo, é muito comum encontrar íbexes no meio das estradas durante o início da primavera europeia, onde descem apenas para lamber os sais anticongelantes que permanecem nas pistas após o derretimento do gelo. Mas, muitas vezes, obter esse sal tão necessário demanda esforços ainda mais difíceis.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/13/13180948398417.jpg" alt="Fonte: Nature Love/Facebook/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Nature Love/Facebook/Reprodução</figcaption></figure>



Uma fonte abundante de um desses sais, a etringita, é encontrada bem no alto das paredes de represas como a de Cingino. Chamado de sal de Candlot, esse composto é um sulfato de cálcio e cálcio hidratado, que se forma a partir da hidratação do cimento Portland. É um nutriente muito valioso que os íbexes conseguem detectar à distância.



O mais curioso é que, embora se diga que os íbexes sejam exímios escaladores, nem todos os integrante do rebanho participam das subidas “impossíveis”. Os machos, que chegam a pesar 100 kg e têm grandes chifres, não conseguem se equilibrar, o que faz com que apenas as fêmeas e os filhotes participem daquelas famosas escaladas na represa de Cingino.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.035Z

Íbexes, as 'cabras' que desafiam a gravidade em busca de sal

Imagem de Eximus IV é o veículo com a maior eficiência energética do mundo no megacurioso

Em teoria, o Eximus IV poderia levar uma pessoa para o outro lado do mundo usando apenas 1 litro de gasolina

O Eximus IV, um veículo sobre trilhos construído por estudantes, provou ser o mais eficiente do mundo ao participar do concurso anual Delsbo Electric. A equipe responsável pelo desenvolvimento do veículo venceu a competição ao quebrar o recorde mundial de eficiência energética.



O concurso Delsbo Electric acontece anualmente na Suécia, com equipes de todo o mundo testando seus <a href="https://www.megacurioso.com.br/produto/111207-viagem-de-carro-eletrico-mais-longa-do-mundo-acaba-depois-de-3-anos.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">veículos elétricos</a> ultraeficientes, percorrendo um caminho sobre trilhos com 3,36 km de comprimento usando o mínimo de energia possível no trajeto.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/16/16000941801000.jpg" alt="(Delsbo Electric/Reprodução)" /><figcaption>(Delsbo Electric/Reprodução)</figcaption></figure>



O Eximus IV vem sendo bem-sucedido desde a sua primeira participação no evento, em 2016, e se tornou uma espécie de lenda na competição. Em 2020, conseguiu quebrar o recorde mundial como o veículo mais eficiente ao atingir a eficiência energética de 0,517 watts-hora por pessoa por quilômetro. Em teoria, com esse consumo energético, o Eximus IV seria capaz de transportar uma pessoa para o outro lado do mundo usando apenas 1 litro de gasolina.



O consumo energético de cada veículo concorrente é medido em <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/109526-energia-eletrica-voce-sabe-quanto-gasta-com-cada-aparelho.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">watts-hora</a> e dividido pelo número de passageiros. No primeiro ano em que o Eximus IV participou, ele conseguiu atingir o consumo de 0,840 watts-hora por pessoa por quilômetro. Em 2019, este valor já havia baixado bastante, para 0,603. Agora, em 2020, o recorde foi quebrado novamente.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/16/16001116349001.jpg" alt="(Delsbo Electric/Reprodução)" /><figcaption>(Delsbo Electric/Reprodução)</figcaption></figure>



A pista construída pela Delsbo Electric para a competição é equipada com uma tecnologia capaz de monitorar o desempenho de cada veículo, e a equipe responsável pelo desenvolvimento do veículo é formada por uma colaboração entre a Dalarna University e a Chalmers Technical University, na Suécia.



O detalhe curioso dessa história é que o veículo, apesar de ser extremamente eficiente no quesito consumo de energia, não é tão bom assim em sua velocidade. Uma pessoa andando em uma bicicleta pode facilmente acompanhar o Eximus IV em sua viagem, com podemos ver no vídeo acima.



Vale lembrar que o Eximus IV não é um carro que vamos poder encontrar nas ruas. No entanto, competições como esta são usadas para ajudar no desenvolvimento de pesquisas no campo de eficiência de combustíveis que, posteriormente, podem ser usadas nos <a href="https://www.megacurioso.com.br/carros/98935-os-11-carros-mais-economicos-e-os-11-mais-beberroes-qual-e-o-seu.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">veículos comerciais</a>.

thumb-image-2024-02-29T14:05:08.025Z

Eximus IV é o veículo com a maior eficiência energética do mundo

Imagem de Rover da NASA chega em Marte em menos de 100 dias no megacurioso

O rover planetário Perseverance foi lançado pela NASA no fim de julho e está a 94 dias do Planeta Vermelho

Parte da missão Mars 2020, o rover Perseverance foi lançado no dia 30 de julho com destino à cratera Jezero, em Marte. Hoje, 16 de novembro, faltam apenas 94 dias para o dispositivo aterrissar no Planeta Vermelho. Entenda qual é o objetivo da missão e como o equipamento vai aterrissar em solo desconhecido:



<h2>A missão Mars 2020</h2>



A missão Mars 2020 pretende encontrar e coletar bioassinaturas em Marte. Com isso, seria possível comprovar que o Planeta Vermelho já foi habitado, mesmo que por vidas microbianas, e isso facilitaria os estudos para o ser humano conseguir viver por lá. 



Para completar seu objetivo, o rover Perseverance foi enviado para uma cratera marciana, chamada Jezero, onde, segundo a NASA, existia um lago que pode conter microorganismos preservados até hoje, bilhões de anos depois do seu desaparecimento.



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/15/15230158210014.jpg" alt="Perseverance sobe um afloramento: sinais de vida antiga em Marte poderão ser preservados em camadas de rochas como as mostradas nesta ilustração." /><figcaption>Perseverance sobe um afloramento: sinais de vida antiga em Marte poderão ser preservados em camadas de rochas como as mostradas nesta ilustração.</figcaption></figure>



<h2>Buscando vida em Marte</h2>



A fim de encontrar evidências de vida, o rover Perseverance usará uma broca para coletar amostras de núcleo de rocha e solo marcianos. Em seguida, ele deve armazenar esses materiais em tubos de coleta, que servirão para análise mais detalhada na Terra. 



Além de enviar o rover, a NASA também vai tentar realizar o primeiro voo motorizado em outro planeta. O “helicóptero marciano”, dispositivo que será usado para essa experiência, chama-se Ingenuity e está viajando dentro do Perseverance. 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/15/15224752558011.jpg" alt="O Ingenuity Mars Helicopter da NASA na superfície do Planeta Vermelho. " /><figcaption>O Ingenuity Mars Helicopter da NASA na superfície do Planeta Vermelho.</figcaption></figure>



<h2>Como será o pouso do rover?</h2>



A viagem está a menos de 100 dias de acabar, porém o caminho ainda é desafiador. Para cumprir o prazo, os engenheiros da missão precisam ajustar a trajetória de voo da espaçonave e, assim, garantir que sua velocidade e direção sejam as melhores para a chegada em 18 de fevereiro de 2021. 



Uma vez em Marte, outro desafio entra em cena: o Perseverance precisará pousar com segurança. Para tanto, sua velocidade será reduzida e a aterrissagem sobre suas seis rodas será guiada por um guindaste no céu. 



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/15/15224000552009.jpg" alt="Manobra do guindaste no céu, durante a descida do rover Curiosity da NASA até a superfície marciana." /><figcaption>Manobra do guindaste no céu, durante a descida do rover Curiosity da NASA até a superfície marciana.</figcaption></figure>

thumb-image-2024-02-29T14:05:07.984Z

Rover da NASA chega em Marte em menos de 100 dias

Imagem de A bizarra história da explosão de uma baleia nos Estados Unidos no megacurioso

Em novembro de 1970, uma cidade no estado de Oregon decidiu dinamitar a carcaça de uma baleia encalhada e o resultado foi catastrófico

O dia 12 de novembro de 1970 ficou marcado na história dos habitantes da cidade de Florence, nos Estados Unidos. O pequeno município localizado na costa do estado de Oregon testemunhou uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116706-britanica-revela-a-experiencia-de-quase-ser-engolida-por-uma-baleia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">baleia</a> ser explodida em pedaços, que voaram 30 metros pelo ar e iniciou uma sequencia de acontecimentos catastróficos na região.



A história começou quando uma <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103304-voce-ja-imaginou-como-os-cachalotes-dormem.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">cachalote</a> de 13 metros de comprimento e pesando 8 toneladas encalhou na areia da praia local e morreu ali mesmo, gerando um enorme dificuldade para as autoridades locais efetuarem a remoção da sua carcaça.



<h2>Dinamitando uma baleia</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10032532157001.png" alt="(Fonte: The Exploding Whale)" /><figcaption>(Fonte: YouTube/KATU News/Reprodução)</figcaption></figure>



Enquanto a corpo morto do animal começava a apodrecer dentro da cidade, o Departamento de Transporte do Oregon tinha uma outra preocupação com o gigante malcheiroso. As autoridades temiam que, conforme a carcaça ia se transformando em atração turística, as pessoas pudessem escalar a baleia e até mesmo sofrerem alguma grande queda.



Então, como melhor plano para solucionar o problema, o engenheiro de estradas assistente do distrito George Thornton teve um grande insight: ele e sua equipe tratariam a baleia como um pedregulho e a explodiriam para abrir passagem. 



Apesar da história ser tão bizarra e parecer mentira, o evento completo foi televisionado pelas emissoras da região. O resultado? Uma chuva de pedaços de carne gigantescos esmagando carros e ameaçando a vida dos cidadãos por toda a cidade.



<h2>O resultado do experimento</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/10/10032458470000.png" alt="(Fonte: The Exploding Whale)" /><figcaption>(Fonte: YouTube/KATU News/Reprodução)</figcaption></figure>



As autoridades acreditavam que enterrar a baleia só cobriria o odor da carcaça por alguns dias até que ela fosse revelada mais uma vez. Outra sugestão era cortar o corpo em diversos pedaços e realizar a remoção do gás metano gerado pelo processo de decomposição com antecedência, mas o processo parecia muito demorado e ninguém parecia entusiasmado o suficiente para realizá-lo.



Afinal, explodir qualquer coisa com meia tonelada de <a href="https://www.megacurioso.com.br/fisica-e-quimica/102000-confira-5-das-substancias-quimicas-mais-explosivas-ja-criadas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dinamite</a> parecia muito mais divertido. Por sorte, nenhuma pessoa foi ferida pelo impacto dos pedaços de carne despencando pelo céu e apenas um veículo foi destruído durante a etapa. 



O incidente ficou tão marcado na história de Florence que em 2020, — 50 anos depois da bizarra explosão — os habitantes decidiram nomear um novo parque em homenagem ao caso. Agora, todos podem visitar o “Parque Memorial da Baleia Explosiva”.

Ciência

Novidades