Imagem de Sistema à base de germes do solo gera água pura no megacurioso

Sistema de pesquisadores ingleses está em testes no Nordeste


<p>Combustível gerado a partir de micro-organismos que vivem no solo: esse projeto inovador, nascido na britânica Universidade de Bath, está sendo testado agora por geógrafos e químicos das universidades federais do Ceará (UFC) e do Rio Grande do Norte (UFRN) na pequena vila de pescadores de Icapuí, no semiárido nordestino – um lugar onde a principal fonte de água potável é a chuva.</p>



<p>O sistema captura a energia das reações químicas proveniente da atividade metabólica de micro-organismos que vivem no solo, e que pode ser usada na filtragem da água. Em 2019, testes mostraram que o método consegue purificar três litros de água por dia.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03083901829006.jpg" alt="Alunos da EEF Professora Mizinha, de Icapuí, ajudaram na montagem do sistema.">Alunos da EEF Professora Mizinha, de Icapuí, ajudaram na montagem do sistema.</p>



<p>O sistema tem dois eletrodos à base de carbono posicionados distantes quatro centímetros um do outro e ligados a um circuito externo. Um eletrodo é enterrado no solo, enquanto o outro é exposto ao ar, na superfície. A energia gerada alimenta um reator eletroquímico que purifica a água.</p>



<h2>Água potável com gosto ruim</h2>



<p>“Este sistema tem verdadeiro potencial como uma fonte sustentável de baixo consumo de energia”, disse a líder do projeto, a biotecnóloga  Mirella Di Lorenzo, lembrando que todo o equipamento necessário não custa mais que três libras (menos de R$ 25)</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03083708563005.jpg" alt="Os pesquisadores Jakub Dziegielowski, Jannis Wenk e Mirella Di Lorenzo com as células de combustível microbianas do solo (SMFC)">Os pesquisadores Jakub Dziegielowski, Jannis Wenk e Mirella Di Lorenzo com as células de combustível microbianas do solo (SMFC)</p>



<p>Atualmente, o problema é replicar a tecnologia fora dos laboratórios. “Fazê-lo ao ar livre e com um sistema que requer manutenção mínima é muito mais complicado, e isso já provou ser uma barreira para as células a combustível microbianas serem consideradas eficazes”, disse a pesquisadora.</p>



<p>Segundo ela, “buscamos uma forma sustentável de tratar a água de maneira eficaz e torná-la potável em regiões como o semiárido. A água da chuva é a principal fonte de água potável na área; ao ser clorada, ela se torna potável mas estéril, com um forte odor e gosto ruim.”</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/206258-sistema-base-germes-solo-gera-agua-pura.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/mobilidade-urbana-smart-cities/206258-sistema-base-germes-solo-gera-agua-pura.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Sistema à base de germes do solo gera água pura</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Sistema à base de germes do solo gera água pura

Imagem de Mortalidade da covid-19 pode estar ligada aos nossos genes no megacurioso

Variantes genéticas determinariam se a doença será leve ou evoluirá para a forma mais grave

<p>Um dos aspectos mais desconcertantes do SARS-CoV-2 &eacute; seu hist&oacute;rico cl&iacute;nico: h&aacute; casos de idosos que sobreviveram e o jovens saud&aacute;veis que sucumbiram &agrave; covid-19 em quest&atilde;o de dias. A raz&atilde;o pode estar em variantes de genes.</p>
<p>Em estudos com o interferon (um mensageiro molecular que estimula as defesas imunol&oacute;gicas), cientistas est&atilde;o descobrindo que muta&ccedil;&otilde;es gen&eacute;ticas raras podem impossibilitar a produ&ccedil;&atilde;o da subst&acirc;ncia, fazendo com que a resposta imunol&oacute;gica &agrave; covid-19 seja ineficaz.</p>
<p>(A revista <em>Nature</em> publicou, nesta segunda, o artigo &ldquo;A defici&ecirc;ncia de interferon pode levar &agrave; covid grave&rdquo;, assinada por dois imunologistas da Universidade de Yale).</p>
<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03181026808256.jpg" alt="Produ&ccedil;&atilde;o de interferon pode determinar a gravidade da covid-19." />Produ&ccedil;&atilde;o de interferon pode determinar a gravidade da covid-19.</p>
<p>&ldquo;Pessoas que produzem mais interferon, quando infectadas, responderiam melhor &agrave; doen&ccedil;a&rdquo;, disse o infectologista da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres Martin Hibberd ao jornal <em>The Guardian</em>.</p>
<p>Outros genes tamb&eacute;m est&atilde;o sendo rastreados: doen&ccedil;as autoimunes desencadeadas por variantes do gene TYK2, como a artrite reumatoide, s&atilde;o tratadas com um medicamento chamado baricitinibe, que tem um denominador gen&eacute;tico comum com a covid-19. A descoberta levou &agrave; inclus&atilde;o da droga nos testes cl&iacute;nicos contra o <a href="http://www.tecmundo.com.br/coronavirus" rel="noreferrer noopener" target="_blank">coronav&iacute;rus</a>.&nbsp;(No m&ecirc;s passado, o laborat&oacute;rio americano Eli Lilly anunciou que o uso do baricitinibe se mostrou ben&eacute;fico na recupera&ccedil;&atilde;o de pacientes com covid-19).</p>
<h2>Genes podem guiar tratamentos</h2>
<p>&ldquo;Ao compreender o impacto das variantes do gene no corpo, podemos encontrar drogas para bloquear sua a&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse o geneticista Jeffrey Barrett, do Programa de Vigil&acirc;ncia Gen&ocirc;mica Covid-19 do Instituto Wellcome Sanger.&nbsp;</p>
<p>Os cientistas t&ecirc;m identificado o papel de outros genes na infec&ccedil;&atilde;o pelo novo coronav&iacute;rus. Na Universidade de Edimburgo, pesquisadores liderados pelo cl&iacute;nico e geneticista Kenneth Baillie descobriram genes acionados pelo interferon que codificam prote&iacute;nas envolvidas na quebra do RNA viral, processo pelo qual o SARS-CoV-2 se reproduz.&nbsp;</p>
<p>O autor pede cautela em rela&ccedil;&atilde;o &agrave; pesquisa enviada &agrave; revista <em>Science</em>: segundo o <em>The Guardian</em>, Baillie espera ver a acelera&ccedil;&atilde;o do desenvolvimento de tratamentos por conta dos resultados de sua pesquisa. &ldquo;A epidemia est&aacute; progredindo a um ritmo t&atilde;o alarmante que a economia de meses de trabalho pode resultar em muitas vidas salvas&rdquo;.</p>
<h2>Fatores de risco</h2>
<p>Cientistas do Imperial College London, liderados pelo m&eacute;dico e pesquisador Dipender Gill, procuraram por variantes gen&eacute;ticas que aumentassem o risco dos indiv&iacute;duos de adquirir a doen&ccedil;a. &ldquo;Observamos cinco fatores associadas ao aumento do risco de contrair a forma grave de covid-19: obesidade, press&atilde;o alta, colesterol ruim, tabagismo e diabetes&rdquo;, diz ele.</p>
<p>Na an&aacute;lise de dados de milhares de pacientes, foi determinado se a revers&atilde;o dos cinco fatores de risco tamb&eacute;m reduziria o risco de a covid-19 se manifestar na forma mais grave.</p>
<p>&ldquo;H&aacute; rela&ccedil;&atilde;o causal entre obesidade e tabagismo e o risco de ter uma severa rea&ccedil;&atilde;o ao covid-19. Perder peso e parar de fumar impactaria diretamente as chances de um indiv&iacute;duo sobreviver &agrave; covid-19.&rdquo;</p>
<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206218-mortalidade-covid-19-ligada-nossos-genes.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206218-mortalidade-covid-19-ligada-nossos-genes.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Mortalidade da covid-19 pode estar ligada aos nossos genes</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>

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Mortalidade da covid-19 pode estar ligada aos nossos genes

Imagem de Os principais eventos do calendário astronômico de novembro no megacurioso

Chuvas de meteoros, eclipse lunar e o lançamento da missão Crew-1 estão entre os destaques do mês


<p>Assim como em <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/204665-principais-eventos-astronomicos-mes-outubro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">outubro</a>, o mês de novembro terá muitas atrações para os amantes da <a href="http://www.tecmundo.com.br/astronomia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">astronomia</a>, já começando nesta quarta-feira (4), com uma chuva de meteoros que pode gerar belos registros fotográficos.</p>



<p>E tem mais vindo por aí, incluindo outra chuva de meteoros, eclipse lunar e lançamentos espaciais, como a aguardada missão Crew-1, realizada pela <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> em parceria com a <a href="https://www.tecmundo.com.br/spacex" rel="noreferrer noopener" target="_blank">SpaceX</a>.</p>



<h2>Destaques do mês</h2>



<p>Confira os principais destaques do calendário astronômico de novembro:</p>



<h3>4 e 5 de novembro</h3>



<p>A chuva de meteoros Táuridas, resultado da poeira do asteroide 2004 TG10 e do cometa 2P Encke, terá seu pico nesses dois dias. Ela poderá ser visualizada na direção da constelação de Touro.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03182244573274.jpg" alt="Chuva de meteoros."></p>



<h3>10 de novembro</h3>



<p>Mercúrio estará em seu ponto mais alto no horizonte, uma ótima chance para observá-lo, ao final da noite. Basta olhar na direção leste, momentos antes do Sol nascer.</p>



<h3>12 de novembro</h3>



<p>Conjunção entre a Lua e Vênus, antes do amanhecer, na direção leste.</p>



<h3>14 de novembro</h3>



<p>Nova data agendada para o <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205878-nasa-anuncia-lancamento-missao-crew-1-14-novembro.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">lançamento da missão Crew-1</a>, que partirá de Cabo Canaveral, nos EUA, às 20h49 (horário de Brasília), impulsionada pelo foguete Falcon 9.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03182922412276.jpg" alt="A Crew-1 tem decolagem prevista para o dia 14."></p>



<h3>17 e 18 de novembro</h3>



<p>Pico da chuva de meteoros Leonídeos, fruto da poeira do cometa Tempel-Tuttle. Para observá-la, olhe em direção à constelação de Leão.</p>



<h3>19 de novembro</h3>



<p>Conjunção entre a Lua e Júpiter, mais cedo, e entre a Lua e Saturno, posteriormente.</p>



<p><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03183155992284.jpg" alt="Conjunções da Lua."></p>



<h3>25 de novembro</h3>



<p>Conjunção entre Lua e Marte, logo após o pôr do Sol.</p>



<h3>30 de novembro</h3>



<p>O mês termina com o eclipse lunar penumbral, fenômeno que será visível em áreas das Américas e da Ásia, além do oceano Pacífico.</p>



<h2>Apps que ajudam na observação</h2>



<p>Para localizar os eventos astronômicos de novembro observáveis a olho nu, use apps como <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/android/download/star-chart.htm" target="_blank">Star Chart</a>, <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/android/download/google-sky-map.htm" target="_blank">Google Sky Map</a>, <a rel="noreferrer noopener" href="https://www.baixaki.com.br/download/stellarium.htm" target="_blank">Stellarium</a> e <a rel="noreferrer noopener" href="https://play.google.com/store/apps/details?id=net.androgames.compass&hl=pt_BR" target="_blank">Apenas uma Bússola</a>. Eles ajudam a encontrar os objetos no céu.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206213-principais-eventos-calendario-astronomico-novembro.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206213-principais-eventos-calendario-astronomico-novembro.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Os principais eventos do calendário astronômico de novembro</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Os principais eventos do calendário astronômico de novembro

Imagem de Meteorito revela que havia água em Marte antes do que se pensava no megacurioso

Novos dados podem dar pistas de como a substância surgiu por lá – e por aqui


<p>Um par de meteoritos encontrado no Deserto do Saara trouxe revelações interessantes sobre o Planeta Vermelho. Vindos de lá bilhões de anos atrás, mostram detalhes a respeito de um grande impacto ocorrido no local em que “nasceram”, pois, de acordo com um time internacional de cientistas, carregam em suas composições minerais oxidados – o que ajuda no preenchimento de lacunas de conhecimento a respeito do papel da água na formação de Marte.</p>



<p>Ainda que diversas teorias proponham que o líquido que possa ter existido em corpos celestes semelhantes chegou com “intrusos” posteriores à suas formações, certos pesquisadores acreditam que se trata, apenas, de um elemento natural desses lugares tão misteriosos. A pesquisa em questão dá suporte, justamente, a essa hipótese.</p>



<p>Tanto o NWA 7034 quanto o NWA 7533, exemplares descobertos, foram oficialmente aprovados pela Meteoritical Society, uma organização internacional de <a href="http://www.tecmundo.com.br/ciencia/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">ciência</a> planetária – e a análise mostrou que, além de serem extraterrestres, são misturas de fragmentos de rochas. “Estudo minerais em meteoritos marcianos para entender como Marte se formou e sua crosta e manto evoluíram. Esta é a primeira vez que investiguei este meteorito em particular, apelidado de Beleza Negra por sua cor escura”, conta Takashi Mikouchi, da Universidade de Tóquio.</p>



<p>“Nossas amostras de NWA 7533 foram submetidas a quatro tipos diferentes de análise espectroscópica, maneiras de detectar impressões digitais químicas. Os resultados levaram nossa equipe a tirar algumas conclusões interessantes”, complementa.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03174740243242.jpg" alt="Meteorito"><figcaption>Meteorito marciano traz revelações interessantes à humanidade.</figcaption></figure>



<h2>Fatos novos (para nós, claro!)</h2>



<p>Os primeiros fragmentos marcianos se formaram há 4,4 bilhões de anos, o que os torna os mais antigos do tipo já conhecidos. Chegam a custar US$ 10 mil por grama – e a instituição citada adquiriu 50 gramas. Como resultado, se descobriu que a água esteve presente em nosso vizinho por mais tempo que o cogitado inicialmente, pois estimativas anteriores apostavam que a substância tenha durado “apenas” 3,7 bilhões de anos. Ou seja, um bioproduto natural tão antigo auxiliaria em pesquisas relacionadas à origem dele por lá – e, claro, da vida por aqui, na Terra.</p>



<p>“Clastos ígneos, ou rochas fragmentadas, no meteorito são formados a partir do magma e são comumente causados por impactos e oxidação. Essa oxidação poderia ter ocorrido se houvesse água na crosta marciana 4,4 bilhões de anos atrás, durante um impacto que derreteu parte da camada”, explica Mikouchi.</p>



<p>“Nossa análise também sugere que tal impacto teria liberado muito hidrogênio, o que teria contribuído com o aquecimento planetário em uma época em que Marte já tinha uma espessa atmosfera isolante de dióxido de carbono”, finaliza.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206216-meteorito-revela-havia-agua-marte-que-pensava.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206216-meteorito-revela-havia-agua-marte-que-pensava.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Meteorito revela que havia água em Marte antes do que se pensava</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Meteorito revela que havia água em Marte antes do que se pensava

Imagem de Via Láctea pode ter 300 milhões de planetas como a Terra no megacurioso

Metade das estrelas amarelas da galáxia teria ao seu redor planetas rochosos com ambiente propício à vida como a conhecemos


<p>Estrelas amarelas como o nosso Sol são apenas 7% entre as mais de 400 bilhões que compõem a Via Láctea. Mas, nesse pequeno grupo das chamadas anãs G, mais da metade pode ter, orbitando ao seu redor, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/154655-estudo-mostra-tao-dificil-achar-planetas-iguais-terra.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">planetas habitáveis como a Terra</a> – isso representaria cerca de 300 milhões com potencial de abrigar vida.</p>



<p>“Esta é a primeira vez que todas as peças foram colocadas juntas para fornecer uma medição confiável do número de planetas potencialmente habitáveis na galáxia. Este é um termo-chave da Equação de Drake, usada para estimar o número de civilizações inteligentes. Neste longo caminho, estamos um passo mais perto de descobrir se estamos sozinhos no cosmos”, disse o astrofísico Jeff Coughlin, pesquisador de exoplanetas do Instituto SETI e coautor do estudo publicado agora no <em>The Astronomical Journa</em>l.</p>



<figure class="mt-2"><a href="https://socientifica.com.br/equacao-mais-instigante-do-universo/"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03144546108171.jpg" alt="." /></a></figure>



<p><em>(A Equação de Drake estima as chances de encontrarmos vida inteligente no cosmos (N) multiplicando as seguintes variáveis:  taxa de formação de estrelas adequadas para ter planetas habitáveis (R*), fração dessas estrelas com sistemas planetários (fp), número de planetas, por sistema solar, capazes de suportar vida (n e), planetas nos quais a vida realmente surgiu (fl), planetas nos quais a vida inteligente surgiu (fi), fração de civilizações que desenvolveram tecnologia capaz de transmitir sinais detectáveis (fc) e há quanto tempo esses sinais estão sendo enviados (G)).</em></p>



<h2>Kepler e seus exoplanetas</h2>



<p>Os dados usados no estudo são os coletados pelo telescópio espacial Kepler. Ao analisar os planetas descobertos, a equipe do Instituto SETI calcula que pode haver, inclusive, planetas habitáveis próximos ao nosso sistema solar, a cerca de 30 anos-luz.</p>



<p>Os parâmetros usados foram basicamente o tamanho do planeta (se for o mesmo da Terra, aumentam as chances de ele ser rochoso) e tipo de estrela (semelhante ao nosso Sol, com a mesma idade e a mesma temperatura), sem esquecer a possibilidade de suportar água líquida.</p>



<figure class="mt-2 size-large"><img src="https://mega.ibxk.com.br/sites/2/2020/11/5fa2d0b9dc2bb.gif" alt="" /></figure>



<p>O que diferencia este de estudos anteriores é o fato de essas estimativas sempre se basearem na distância entre o planeta e a estrela que ele orbita (a chamada zona habitável). Agora, os pesquisadores levaram em conta o quanto de luz do sol chega ao planeta em questão – o que afetaria as chances de haver água líquida em sua superfície.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206190-via-lactea-ter-300-milhoes-planetas-terra.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206190-via-lactea-ter-300-milhoes-planetas-terra.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Via Láctea pode ter 300 milhões de planetas como a Terra</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Via Láctea pode ter 300 milhões de planetas como a Terra

Imagem de Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio no megacurioso

A enorme antena de rádio localizada na Austrália utilizada para comunicação com espaçonaves distantes recebeu um upgrade da NASA


<p>Após um silêncio de oito meses, a <a href="https://www.tecmundo.com.br/nasa" rel="noreferrer noopener" target="_blank">NASA</a> voltou a se comunicar com a sonda <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/205542-voyager-2-aponta-espaco-denso-que-o-esperado.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">Voyager 2</a>, o artefato humano mais distante da Terra. A longa interrupção ocorreu devido ao trabalho de manutenção na única antena do planeta capaz de enviar sinais para a sonda.</p>



<p>Peça fundamental no painel de controle interplanetário Deep Space Network da NASA, a antena Deep Space Station 43 (DSS-43), localizada nos arredores de Canberra na Austrália, tem 70 metros de largura, 48 anos de existência e é atualmente a maior antena do hemisfério sul.</p>



<p>Em março passado, a NASA iniciou uma atualização do cabeamento elétrico, da fonte de alimentação e dos sistemas de resfriamento da instalação. Foi também instalado um novo cone de frequência de banda X, que é uma faixa privativa para comunicação por satélite.</p>



<h2>O upgrade da antena</h2>



<blockquote class="twitter-tweet"><p lang="en" dir="ltr">BIG DAY for the BIG DISH <a href="https://twitter.com/hashtag/DSS43?src=hash&ref_src=twsrc%5Etfw">#DSS43</a><br><br>Installation of the new X-band cone in the centre of the antenna dish – Deep Space Station 43???? <a href="https://t.co/nFg8zf58tJ">pic.twitter.com/nFg8zf58tJ</a></p>— CanberraDSN (@CanberraDSN) <a href="https://twitter.com/CanberraDSN/status/1258216399534608384?ref_src=twsrc%5Etfw">May 7, 2020</a></blockquote> 



<p>No cone recém-instalado, encontra-se um poderoso sistema de transmissão de última geração e receptores altamente sensíveis, que serão utilizados para enviar comandos para espaçonaves robóticas e receber dados de telemetria de missões de exploração do <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/158347-melhores-lugares-exploracao-espacial-sistema-solar.htm" rel="noreferrer noopener" target="_blank">sistema solar</a>.</p>



<p>Um guindaste gigante foi utilizado em maio para colocar o cone de três toneladas no centro do enorme prato, após erguê-lo a uma altura de 20 andares do solo. Na segunda-feira (2), a NASA revelou que, em 29 de outubro, o novo sistema já foi utilizado para enviar com sucesso um comando para a Voyager 2, que respondeu.</p>



<p>Lançada em 20 de agosto de 1977, a Voyager 2 está a mais de 18.750.000.000 km da Terra e se afastando a um velocidade de aproximadamente 60 mil km/h.</p>



<p><a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/206176-voyager-2-volta-conectar-terra-8-meses-silencio.htm" target="_blank" rel="noreferrer noopener">Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio</a> via <a href="https://www.tecmundo.com.br/" data-type="URL" data-id="https://www.tecmundo.com.br/" target="_blank" rel="noreferrer noopener">TecMundo</a></p>


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Voyager 2 volta a se conectar com a Terra após 8 meses de silêncio

Imagem de Brasileiros descobrem fósseis de vermes em perna de dinossauro no megacurioso

A descoberta de vermes em ossos de dinossauro é a primeira tentativa em paleontologia de unir parasitologia, patologia e histologia


<p>Num estudo publicado recentemente na revista <em>Cretaceous Research</em>, uma equipe de pesquisadores brasileiros divulgou uma descoberta inédita: fósseis de um grupo de parasitas sanguíneos preservados dentro dos ossos de um dinossauro.</p>



<p>Os pesquisadores, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Unicamp, detectaram a presença dos parasitas nos ossos de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103620-este-provavelmente-foi-o-maior-dinossauro-que-ja-caminhou-sobre-a-terra.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">titanossauro</a>, o dinossauro de pescoço comprido, que sofria de osteomielite aguda, uma infecção óssea que até hoje atinge animais e humanos.</p>



<p>A importância da descoberta foi ter sido localizada, pela primeira vez, dentro de um hospedeiro. Anteriormente, a presença de parasitas pré-históricos somente havia sido detectada dentro de insetos preservados em âmbar ou em fezes fossilizadas.</p>



<h2>Como ocorreu a descoberta?</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02163825656004.jpg" alt="Fonte: Aureliano et al./Reprodução" /><figcaption>Fonte: Aureliano et al./Divulgação</figcaption></figure>



<p>Segundo a autora sênior da pesquisa, a cientista Aline Ghilardi, da UFRN, enquanto ela fazia seu pós-doutorado, percebeu que, dentro de <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115835-cientista-tropeca-em-osso-e-descobre-fossil-de-dinossauro.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">um dos ossos</a> da perna do dinossauro que estudava, havia uma certa quantidade de caroços esponjosos.</p>



<p>Com seus colegas, Ghilardi começou a examinar o osso para determinar a origem da enfermidade. Descartaram, a princípio, câncer e tuberculose, pois estas doenças reduzem o fluxo sanguíneo nos ossos. Mas a superfiície irregular do fóssil sugeria que ele já havia sido crivado de canais vasculares cheios de sangue e pus.</p>



<p>Outro autor, Tito Aureliano, mestrando na Unicamp, estudou os ossos com um microscópio e realizou uma tomografia, na USP. O resultado confirmou a existência de cavidades internas provavelmente associadas ao fluxo sanguíneo. Optaram por fazer um procedimento inédito até então: uma biópsia.</p>



<h2>A infecção causava muita dor ao titanossauro</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/02/02164004751005.jpg" alt="Fonte: Tito Aureliano/Divulgação" /><figcaption>Fonte: Tito Aureliano/Divulgação</figcaption></figure>



<p>O procedimento foi feito através de cortes finos do fóssil que, revestido com resina, foi examinado num poderoso microscópio. A doença diagnosticada, osteomielite aguda, pode ter sido a origem das deformações nos ossos, e provavelmente causava muita dor ao titanossauro.</p>



<p>Mas, a surpresa estava por vir: a paleontóloga Fresia Ricardi-Branco, da Unicamp, detectou a presença de um microfóssil nos canais vasculares do osso de titanossauro. Quando Aureliano fez um exame posterior, detectou mais de dez microrganismos fossilizados.</p>



<p>Coube então à paleoparasitóloga Carolina Nascimento, da UFSCar, analisar detalhadamente a amostra, e achar mais de 70 microrganismos similares, preservados dentro do osso, que seriam de um tipo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/virus-bacterias-e-protozoarios/75835-relato-o-que-acontece-quando-se-contrai-uma-infeccao-por-parasita.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">parasita sanguíneo</a>.</p>


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Brasileiros descobrem fósseis de vermes em perna de dinossauro

Imagem de Buraco negro supermassivo da Via Láctea é surpreendentemente lento no megacurioso

Segundo cientistas, o 'monstro' localizado no centro do Sistema Solar gira com menos do que 10% da velocidade da luz


<p>Segundo artigo originalmente publicado no <em>The Astrophysical Journal Letters</em>, o buraco negro supermassivo estacionado no centro da <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/115600-pesquisa-detecta-galaxia-muito-muito-distante-semelhante-a-via-lactea.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Via Láctea</a> é mais “introvertido” do que o restante de sua família e move-se em uma velocidade menor do que 10% da velocidade da luz. O descompasso matemático sugere que o objeto espacial gira muito mais devagar do que os outros buracos negros de proporções similares.</p>



<p>Inicialmente, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116627-o-que-e-um-buraco-negro-e-as-principais-descobertas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">buraco negro</a> supermassivo conhecido como Sagitário A* era uma fonte de rádio astronômica que emitia um brilho incomum no centro do Sistema Solar. Descoberto em 1931, o fenômeno ganhou uma reviravolta apenas em 2002, quando cientistas foram capazes de descobrir sua massa, uma das três características primordiais do objeto (massa, carga e rotação), sendo equivalente a 4 milhões de massas solares.</p>



<p>Os novos estudos tiveram como base a presença das estrelas S que se acumulam ao redor do buraco negro e são capazes de acelerar a velocidades assustadoras enquanto giram em órbitas estreitas, parcialmente presas ao eixo de Sagitário A*. Porém, diferentemente do cálculo da massa, que é aparentemente simples de ser realizado, compreender a rotação dos objetos supermassivos não é tão fácil quanto.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03092713927018.jpg" alt="(Fonte: NASA/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: NASA/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>A detecção do giro lento foi possível logo após estudos sobre os planos de distribuição das estrelas S, que surpreendentemente não tinham sua organização impactada pela força gravitacional do buraco negro. Segundo os cientistas responsáveis pelo artigo, maiores velocidades resultam no desalinhamento no lançamento de matéria espacial e na consequente “bagunça” na distribuição das estrelas S, algo que não foi observado no em Sagitário A*.</p>



<h2>Ação e reação no buraco negro</h2>



<p>A expectativa dos pesquisadores era detectar qualquer tipo de influência que o buraco negro pudesse ter nos objetos menores localizados ao seu redor. Pesando mais de 4 milhões de massas solares, tal carga parece ser ineficiente para impactar na órbita das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116450-buraco-negro-suga-estrela-qual-um-espaguete.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">estrelas</a> periféricas, levando-os à conclusão de que a lentidão da rotação seria a responsável por permitir que o sistema estivesse sempre se organizando.</p>



<p>“Concluímos que o buraco negro supermassivo no centro de nossa galáxia está girando lentamente”, concluiu Giacomo Fragione, um dos autores do projeto. “Isso pode ter implicações importantes para a detectabilidade da atividade no centro de nossa galáxia.”</p>


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Buraco negro supermassivo da Via Láctea é surpreendentemente lento

Imagem de Cientistas descobrem aranhas que 'ouvem' pelas pernas no megacurioso

As aranhas-cara-de-ogro seriam capazes de identificar sons distantes até 2 metros e com frequências entre 100 e 10 mil hertz


<p>Cientistas da Universidade Cornell, em Nova York, Estados Unidos, relataram, através de um estudo publicado em 29 de outubro na Current Biology, que existem aranhas capazes de ativar o sentido da audição através de suas patas. Segundo os estudiosos, a aranha-cara-de-ogro possui fendas nas pernas que a permitem “ouvir” diversos movimentos de insetos e outras criaturas que se aproximam.</p>



<p>Como as aranhas não possuem tímpanos, seu sistema auditivo se dá por outras estruturas do corpo que permitem a identificação de sons. Alguns grupos de aracnídeos conseguem escutar barulhos distantes até 5 metros através de <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/116566-marinha-americana-ira-pesquisar-fenomenos-aereos-nao-identificados.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">receptores de vibração</a> distribuídos pelo corpo e capazes de entender a movimentação das correntes de ar e da superfície, e com a aranha-cara-de-ogro (<em>Deinopis spinosa</em>) não é diferente.</p>



<p>Para capturar suas presas no ar, os insetos conseguem perceber a aproximação das vítimas através de fendas paralelas instaladas no exoesqueleto das patas, com cada uma medindo entre 10 a 20 nanômetros de comprimento. Por menores que sejam e, aparentemente, incapazes de entender fenômenos de maior grandeza, os órgãos são dotados de células nervosas que detectam alterações na pressão do ar especialmente causadas por ondas sonoras, que enviam um alerta para o cérebro.</p>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/11/03/03084105175009.png" alt="(Fonte: Jay Stafstrom/Reprodução)" /><figcaption>(Fonte: Jay Stafstrom/Reprodução)</figcaption></figure>



<p>Curiosamente, a detecção das <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116435-nova-especie-de-aranha-com-o-rosto-azul-e-documentada-na-australia.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">aranhas</a> causa uma resposta rápida em sua dinâmica, levando-a a realizar uma espécie de flip, ou giro, indicando que está prestes a arriscar um movimento brusco de ataque ou defesa. “[Os flips] são balisticamente rápidos, são muito rápidos… e eles são surpreendentemente precisos”, disse Jay Stafstrom, pesquisador de biologia sensorial na Universidade de Cornell, em entrevista ao <em>Live Science</em>. “De uma aranha tão minúscula, com um cérebro minúsculo, é muito impressionante.”</p>



<h2>Audição quase tão aguçada quanto a humana</h2>



<p>Enquanto os seres humanos são capazes de escutar sons de frequência entre 20 e 20 mil Hz, as aranhas-cara-de-ogro detectam barulhos entre 100 e 10 mil Hz localizados em até 2 metros de distância. Para animais sem tímpanos e com dimensões máximas de 2,5 centímetros de comprimento, o feito é, comparativamente falando, de impressionar mesmo os mais céticos.</p>



<p>Além das adaptações nas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116473-ancestrais-do-peixe-boi-habitaram-deserto-no-egito-diz-estudo.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">patas</a>, as caras-de-ogro também possuem os pelos característicos de outras espécies como as salteadoras, e pesquisadores acreditam que os insetos usem os dois sistemas em conjunto para identificar aproximações.</p>


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Cientistas descobrem aranhas que 'ouvem' pelas pernas

Imagem de Maior tiranossauro do mundo teve infecção dentária quando morreu no megacurioso

Exame de imagens digitais em 3D revelaram o primeiro caso registrado de uma infecção causando deformação dentária em um T. rex


<p>Uma pesquisa ainda não revisada por pares, apresentada durante a conferência anual da <em>Society of Vertebrate Paleontology</em>, revelou que o poderoso <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/116502-fossil-raro-de-tiranossauro-bebe-e-identificado-por-cientistas.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">Tiranossaurus rex</a> batizado de Sue, do Museu Field de Chicago, morreu com uma terrível dor causada por três dentes minúsculos de aparência esquisita.</p>



<p>Segundo a autora do estudo, professora Kirstin Brink, da Universidade de Manitoba no Canadá, “dois desses dentes são realmente fundidos”, além de um deles apresentar serrilhas extras na sua parte lateral, e não na parte frontal ou posterior, que seriam os locais normais de localização.</p>



<p>Sue, que recebeu esse nome em homenagem à sua descobridora, Sue Hendrickson, é considerado o maior, mais completo e mais bem conservado esqueleto de <em>T. rex</em> em exposição. Como os demais tiranossauros, Sue possuía dentes serrilhados em forma de faca e do tamanho de bananas. Eles trocavam constantemente os dentes, com novas dentições anuais ou bienais.</p>



<h2>Tiranossauros com problemas dentários</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30192310205461.jpg" alt="Fonte: Christopher McGarrity/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Christopher McGarrity/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Embora problemas dentários fossem frequentes em terópodes, esse grupo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/dinossauros-e-fosseis/98956-13-curiosidades-incriveis-sobre-dinossauros.htm" target="_blank" rel="noopener noreferrer">dinossauros</a> carnívoros, a maioria deles era de causa genética. Em Sue, no entanto, os dentes são estranhamente deformados, com uma textura esquisita, “como se fossem um glacê sendo espremido por um saco de confeitar”, disse Brink.</p>



<p>Num estudo anterior, publicado em 2009 na revista <em>PLOS One</em>, pesquisadores já haviam diagnosticado estranhos orifícios na mandíbula de Sue como tricomonose, uma infecção oral causada por um parasita. Na nova pesquisa, Brink sugere que essa condição pode ter causado a deformidade nos dentes do <em>T. rex</em>.</p>



<h2>A infecção de Sue</h2>



<figure class="mt-2"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2020/10/30/30192625953462.jpg" alt="Fonte: Kirstin Brink/Reprodução" /><figcaption>Fonte: Kirstin Brink/Reprodução</figcaption></figure>



<p>Após examinar imagens digitais em 3D obtidas através de tomografia computadorizada, Brink concluiu que esse seria o primeiro caso registrado de uma infecção causar deformação dentária em um terópode. Como os outros dentes de Sue são todos normais, a pesquisadora concluiu que a deformidade não tem causa genética.</p>



<p>Ela observou que nos descendentes modernos dos terópodes, os pássaros, a tricomonose é recorrente, crescendo em forma de grandes tumores cerosos que obstruem suas gargantas. A infecção também pode se espalhar pelo crânio e  pela pele.</p>



<p>Como os pássaros não têm dentes, como seus ancestrais, é difícil concluir de que forma a infecção afetaria a estrutura dentária. Porém, Brink propõe que “os crescimentos ceroso ficaram tão grandes ou a infecção ficou tão grave, que os desenvolvimento normal do dente foi interrompido em um ponto da mandíbula”.</p>


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