
Ciência
05/12/2012 às 10:34•2 min de leitura
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
Você sabe depois de quanto tempo começamos a ficar irritados depois de chamarmos um elevador? O botão para fechar as portas realmente funciona? Qual a diferença entre os elevadores do Oriente e do Ocidente? Talvez você nunca tenha pensando nessas questões antes, mas esses são alguns dos problemas que a matemática Theresa Christy, da companhia de elevadores OTIS, precisa solucionar todos os dias.
Christy conversou recentemente com o pessoal do The Wall Street Journal sobre as peculiaridades de se trabalhar com elevadores, revelando que ela precisa considerar muito mais do que o simples sobe e desce dos aparelhos para atender e agradar aos passageiros.
(Fonte da imagem: Reprodução/Wikipédia)
Segundo Christy, depois de chamarmos um elevador, começamos a ficar impacientes e agitados depois de apenas 20 segundos. Além disso, os passageiros japoneses gostam de saber com antecedência diante de qual porta devem esperar pelo próximo aparelho através de sinais sonoros e luminosos, para poderem se organizar na fila.
Os passageiros orientais também são geralmente mais leves e menores do que os ocidentais, e estão mais acostumados a ter que dividir o espaço com multidões de pessoas. Assim, eles não se importam de subir e descer em elevadores mais cheios, ao contrário dos ocidentais que, além de serem normalmente mais pesados, preferem contar com mais espaço. E sabe aquele botão que apertamos freneticamente para fechar as portas? Não, eles não funcionam.
De acordo com Christy, ela também precisa lidar com questões relacionadas ao fluxo de passageiros e à rapidez do transporte, pensando em situações como a de um hotel na cidade santa de Meca, por exemplo, cujos elevadores devem trabalhar da forma mais eficiente possível para permitir que um grande número de pessoas deixe o prédio cinco vezes ao dia para rezar.
(Fonte da imagem: Reprodução/The Wall Street Journal )
Outra questão está relacionada aos grandes edifícios que contam com vários elevadores que servem a inúmeros andares. Conforme explicou Christy, em um prédio com seis elevadores, bastam 10 pessoas tentando se locomover entre os andares para que se apresentem 60 milhões de combinações diferentes para o transporte.
Assim, imagine que uma pessoa no sexto andar deseja descer, e há um aparelho com dois passageiros no sétimo andar. Será que esse carro específico é a melhor opção para todos? Pode ser para a pessoa que chamou o elevador, mas não para as outras duas que já se encontram dentro dele.
(Fonte da imagem: Reprodução/The Wall Street Journal)
Para poder decidir sobre a melhor opção para cada projeto — lembrando que a OTIS conta com elevadores em locais como as Torres Petronas, o Burj Khalifa e a Torre Eiffel —, Christy conta com um software que realiza simulações de situações reais, como se fosse um verdadeiro video game.
Assim, assistindo a como o computador aborda as questões relacionadas à logística dos elevadores, Christy avalia todos os aspectos envolvidos no transporte e busca melhorar todo o sistema como se estivesse montando um grande quebra-cabeça.