A verdade é que os neerlandeses quase abandonaram o hábito de andar muito de bicicleta.

Segundo os dados do Escritório Central de Estatísticas (CBS), é possível afirmar com tranquilidade que a maioria dos 20 milhões de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/8-pontos-turisticos-que-voce-nunca-mais-tera-a-chance-de-visitar" rel="noopener noreferrer" target="_blank">turistas&nbsp;</a>que visitam anualmente Amsterdã, não tocam em uma bicicleta há anos. Quando chegam em um dos destinos mais populares da Europa, conhecido por seus canais encantadores, arquitetura histórica e vida noturna agitada, muitos ficam chocados com a quantidade de bicicletas que encontram pelas ruas, seja na capital ou em cidades menores do país.Afinal, estamos falando de aproximadamente 23,9 milhões de bicicletas nos Países Baixos, conforme um levantamento do Statista, sendo que a nação possui atualmente 17,7 milhões de habitantes, conforme o Censo mais recente. Ou seja, há uma média de 1,4 bicicletas por pessoa no país. O número cresceu muito nos últimos tempos, entre 2005 e 2022, a quantidade de bikes aumentou cerca de um terço.Existe mais de 35 mil quilômetros de ciclovias, e um conjunto de leis e normas muito bem estruturado no país. Não é à toa que um adulto médio pedala cerca de mil quilômetros por ano, e os adolescentes do país pedalam duas vezes mais. Os jovens profissionais usam a bike para cerca de 75% de suas viagens, enquanto um quarto dos idosos pedala todos os dias. Portanto, andar de bicicleta não é apenas um estilo de vida, é algo cultural.Mas por que&nbsp;as pessoas andam tanto de bicicleta nos Países Baixos?<h2>Sumindo com as bicicletas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/22/22135434398173.jpg" alt="Os Países Baixos ficou sob ocupação da Alemanha nazista de 1940 a 1945. (Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Os Países Baixos ficaram sob ocupação da Alemanha nazista de 1940 a 1945. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Um levantamento de 2022 da CBS indicou que os Países Baixos foram responsáveis por 169 milhões de toneladas de emissão dióxido de carbono totais. Vale ressaltar que, em 2019, uma pesquisa do Institute for Road Safety Research mostrou que havia 8,3 milhões de carros registrados em nome de pessoas físicas no país. Em contraste, a China, com seus 360 milhões de veículos circulando por suas ruas, emitiu cerca de 7,4 milhões de toneladas de monóxido de carbono só nesse setor. O país, por sua vez, liberou 11,4 bilhões de toneladas métricas de emissões de dióxido de carbono.Foi necessária uma autoanálise grande do país europeu para que ele voltasse a ser a utopia para os ciclistas que era durante as décadas de 1920 e 1930, quando havia cerca de 2,7 milhões de bicicletas circulando pelas ruas, em comparação com os 68 mil automóveis. Afinal, o meio de transporte era muito prático e, sobretudo, acessível para a maioria dos cidadãos, que precisavam percorrer distâncias não longas o suficiente para precisar de um carro.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/22/22135619833174.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Durante a ocupação nos Países Baixos, mais de 50% das bicicletas foram roubadas pelos nazistas.(Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>No entanto, durante os cinco anos que a Alemanha <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/128888-por-que-a-argentina-foi-destino-de-tantos-nazistas-apos-a-segunda-guerra-mundial.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nazista&nbsp;</a>ocupou os Países Baixos durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/codigo-navajo-a-comunicacao-indecifravel-criada-por-indigenas-na-2-guerra-mundial" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Segunda Guerra Mundial</a>, em 1940, a cultura ao redor do ciclismo foi alterada drasticamente. Os alemães estabeleceram impostos e racionaram os pneus, dificultando a compra de uma bicicleta nova ou o seu conserto. Apesar de ser contestada, algumas estimativas colocam que metade de todas as bikes no país foram roubadas dos seus habitantes.E isso não foi tudo. A guerra destruiu cerca de 60% de toda a infraestrutura neerlandesa, de túneis a estradas, forçando o país a se reconstruir quase que do zero. Olhando por esse lado, as obras poderiam significar a volta do período próspero das bicicletas, mas não foi bem assim que aconteceu.<h2>O protesto de Simone</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/22/22135853791175.jpg" alt="A década de 1970 foi recheada de protestos contra automóveis nos Países Baixos. (Fonte: Dutch National Archive/Reprodução)"><figcaption>A década de 1970 foi recheada de protestos contra automóveis nos Países Baixos. (Fonte: Dutch National Archive / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os Países Baixos sofreram do mesmo efeito do pós-guerra que muitos países. A partir de 1945, foi dado início a várias "eras de ouro" pelas economias mundiais, e a era do automóvel foi uma delas. Tudo aconteceu devido ao crescimento econômico que alguns países experimentaram, com um desenvolvimento tecnológico que começou durante a guerra, aliado à necessidade de veículos militares mais avançados e a produção em massa deles para o esforço bélico.Entre 1945 e 1970, o Produto Interno Bruto (PIB) per capita dos neerlandeses cresceu 5 vezes, e os automóveis se tornaram um produto bem mais acessível para a população da classe média. Com isso, no começo da década de 1950, já havia cerca de 139 mil carros pelas ruas do país, sendo que esse número escalou rapidamente para 3,4 milhões em pouco menos que vinte anos.Diante desse crescimento, o governo neerlandês reconstruiu o país pensando em uma infraestrutura que beneficiasse os automóveis e, para isso, se inspirou nos Estados Unidos como modelo de metrópole para poder modernizar Amsterdã, o rosto da nação. O planejador urbano David Jokinen, um americano, foi contratado para descongestionar a cidade. O problema, no entanto, é que ele tinha uma solução controversa para isso: demolir os bairros operários e até concretar alguns canais para transformá-los em estradas e rodovias imensas.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/22/22140128014178.jpg" alt="(Fonte: The Bikes Comes First/Reprodução)"><figcaption>Em 1971, mais de 3 mil pessoas foram mortas atropelas por carros nos Países Baixos. (Fonte: The Bikes Comes First / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Toda essa motorização e modernização veio com um custo alto, a começar pelas mortes. Em 1971, foi registrado que mais de 3 mil pessoas foram mortas atropeladas por carros, das quais 500 delas eram crianças. O caso que mais recebeu destaque foi o de Simone Langenhoff, uma menina de 6 anos, filha do jornalista Vic Langenhoff, atropelada e morta por um carro a caminho da escola.Em resposta, seu pai escreveu um artigo de primeira página intitulado "Para de assassinar as crianças", expondo todos os números trágicos causado pela motorização vertiginosa do país. O artigo gerou indignação e revolta na população. Maartje van Puten, que mais tarde se tornou eurodeputada, encabeçou o movimento anti-carros que surgiu pelos Países Baixos, além dos protestos. Ela se tornou a força motriz para a promoção de mudanças na política de transportes e no incentivo da bicicleta como forma de deslocamento cotidiano.As mudanças começaram aos poucos, além de campanhas de incentivo, foram estabelecidos domingos obrigatórios sem carros. Enquanto isso, van Puten trabalhava ativamente para uma melhoria no planejamento urbano e nas leis de promoção do uso da bicicleta.<h2>A década da transformação</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/22/22140234082180.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Foi na década de 1970 que os neerlandeses começaram a abandonar os automóveis. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 1972, uma pedra a mais foi colocada no cadafalso da motorização quando o governo neerlandês divulgou um relatório mostrando que custaria bilhões para continuar construindo estradas e rodovias. A mídia lançou aos quatro cantos o quanto isso custaria para os bolsos dos cidadãos, que se perturbaram ainda mais com a ideia de continuar usando carros. Os políticos da época também concordaram que esse tipo de gasto era inviável e que o país precisava buscar alternativas o mais rápido o possível.No ano seguinte, tudo parecia conspirar ainda mais a favor do uso despudorado das bicicletas como meio de transporte principal no país. Os preços do gás dispararam devido à primeira crise mundial do <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127414-voce-sabe-de-onde-vem-o-petroleo.htm#:~:text=A%20teoria%20mais%20aceita%20acerca,leito%20de%20mares%20e%20lagos." rel="noopener noreferrer" target="_blank">petróleo</a>, quando o preço do produto subiu 300%. O então primeiro-ministro Joop den Uyl, do Partido Trabalhista, foi em rede nacional fazer um apelo à população para que usasse menos energia e mudasse seu estilo de vida. Ele também anunciou que mais domingos sem carros em outros dias da semana aconteceriam. Era o início de uma nova era para os Países Baixos.Na década de 1980, algumas cidades neerlandesas apostaram na reestruturação de sua paisagem urbana para priorizar as ciclovias. Foram gastos cerca de US$ 12 milhões construindo uma rede de bicicletas que abrangesse toda a cidade. Com isso, o uso do meio de transporte a duas rodas aumentou 6%, e a condução caiu 3%. Ao longo de 10 anos, o governo construiu cerca de 7 mil quilômetros de ciclovias, aumentando em 70% o número delas pelo país.<h2>A utopia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/22/22140319801182.jpg" alt="(Fonte: GettyImages/Reprodução)"><figcaption>Em 10 anos, o governo neerlandês construiu mais de 7 mil km de ciclovias. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>E isso não foi o suficiente para desencorajar o uso dos automóveis. As zonas livres de carros cresceram em várias cidades, permitindo que apenas caminhões de entrega e veículos de emergência circulem em algumas regiões.Cidades como Haia e Amsterdã, as mais turísticas, encareceram o estacionamento e estabeleceram uma estratégia de planejamento urbano chamada "acalmia de tráfego" para reduzir a velocidade dos carros. Basicamente, a ideia consiste em estreitar as estradas, reduzir os limites de velocidade com base em multas imensas e adicionar muitas lombadas. Tudo isso para desfazer a ideia de que um carro chegaria mais rápido em determinados lugares. O planejamento foi pensado para dificultar viagens curtas, não longas.No final das contas, essa pedalada toda não só resolveu os problemas logísticos dos Países Baixos como transformou a saúde das pessoas. Enquanto as taxas de obesidade crescem por toda a Europa, o país é o único que se mantêm abaixo da média. No livro Curbing Traffic, os autores Melissa e Chris Bruntlett fizeram um levantamento que indica que 125 mil pessoas seriam salvas de problemas de saúde crônicos associados ao sedentarismo nos EUA se tivessem o mesmo índice de adesão à bicicleta.Em um mundo ideal, se todos os países fossem como os neerlandeses, as emissões globais de carbono cairiam em quase 700 milhões de toneladas por ano. Seria como um sonho, realmente.

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Por que as pessoas andam tanto de bicicleta nos Países Baixos?

Local que começou como forma de homenagem virou ponto turístico de Los Angeles.

Quem visita a consagrada região de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120562-5-fatos-surpreendentes-sobre-a-antiga-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Hollywood</a>, no estado norte-americano da Califórnia, provavelmente tem como destino turístico certo a Calçada da Fama. O local é um dos pontos mais conhecidos de Los Angeles, tão consagrado quanto os bairros que concentram as mansões dos famosos, a alta variedade de cinemas de rua <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/126743-a-historia-oculta-por-tras-do-ilustre-letreiro-de-hollywood.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">e o ilustre letreiro</a>.Só que a Calçada da Fama é muito mais do que um ponto turístico. Ela concentra no piso uma série de placas em formato de estrela que homenageiam artistas de todas as épocas e setores, da Hollywood clássica até o mercado atual, de grandes intérpretes até figuras menos conhecidas do público.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15164021688152.jpg" alt="Fonte da imagem: GettyImages"><figcaption>As estrelas da Calçada da Fama ocupam 2,1 km da Hollywood Boulevard. (Fonte: Mario Tama/Getty Images)</figcaption></figure></figure>No começo de abril de 2024, a Calçada da Fama era composta por 2.778 estrelas, separadas uma da outra por espaços de 1,8 metro. O mais recente profissional que recebeu uma homenagem por lá até a publicação deste texto foi o músico Lang Lang, um pianista famoso por fazer concertos para grandes autoridades e tocar em eventos como os Jogos Olímpicos.<h2>A origem da Calçada da Fama</h2>A história das quadras com nomes de astros do entretenimento começa em 1953, graças a um projeto de E. M. Stuart. Na época, ele era presidente da Câmara do Comércio de Hollywood e propôs "manter a glória da comunidade" de uma forma que ficasse conhecida em todo o mundo.Dois anos depois, o órgão conseguiu a aprovação da cidade para tirar os planos do papel. A ideia de transformar a homenagem em uma calçada e usar o símbolo das estrelas tem origem desconhecida, mas há uma suspeita: o Hollywood Hotel, um dos estabelecimentos mais antigos da região, tinha nomes de hóspedes célebres pintados no teto nesse formato.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15164501524158.jpg" alt="A Hollywood Boulevard. (Fonte da imagem: GettyImages)"><figcaption>A famosa Hollywood Boulevard. (Fonte da imagem: Getty Images)</figcaption></figure></figure>As primeiras versões da Calçada da Fama envolviam uma caricatura do homenageado e uma calçada nas cores marrom e azul, mas a ideia foi rejeitada pela difícil execução. Harry Sugarman, empresário e dono de cinemas, foi escolhido para supervisionar o projeto e aprovar o visual que virou o definitivo.A inauguração&nbsp;aconteceu em 15 de agosto de 1958, quando as oito primeiras estrelas foram imortalizadas: Olive Borden, Ronald Colman, Louise Fazenda, Preston Foster, Burt Lancaster, Edward Sedgwick, Ernest Torrence e Joanne Woodward. As obras só foram retomadas dois anos depois, quando novos homenageados foram adicionados aos poucos.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15164132781153.jpg" alt="A inauguração teve presença de famosos. (Fonte da imagem: Walk of Fame/Reprodução)"><figcaption>A inauguração teve presença de figuras ilustres da época. (Fonte da imagem: Walk of Fame/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Até hoje, as estrelas mantém um formato padronizado. Elas são feitas de uma liga metálica de cobre e zinco, têm cinco pontas e são da cor rosa-coral.Elas são dispostas por quinze quadras da Hollywood Boulevard e mais três da Vine Street. Ao todo, são 2,1 km a serem percorridos pelos turistas — em uma visita que costuma ser feita com o público andando com a cabeça olhando para baixo, em busca das homenagens aos artistas favoritos.<h2>Como uma celebridade ganha a estrela?</h2>Até hoje, é a Câmara do Comércio de Hollywood que escolhe as figuras que recebem uma estrela na Calçada da Fama. Os integrantes de uma comissão debatem entre os indicados até chegar em um nome.Qualquer pessoa pode nomear alguém a receber a homenagem, mas&nbsp;o indicado deve ter ao menos cinco anos de experiência no campo em que é famoso. É também necessário pagar uma taxa de US$ 75 mil (pouco mais de R$ 380 mil) para o custo das obras, dinheiro que normalmente é pago por grupos de fãs, associações, ou estúdios e emissoras.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/15/15164622091159.jpg" alt="Carrie Fisher, a princesa Leia de Star Wars, recebeu uma estrela póstuma."><figcaption>Carrie Fisher, a princesa Leia de Star Wars, recebeu uma estrela póstuma. (Fonte: David Livingston/Getty Images)</figcaption></figure></figure>São até 24 cerimônias de indicação de um nome à Calçada da Fama por ano, com transmissão ao vivo nas redes sociais, e a presença da pessoa homenageada ou parentes de profissionais já falecidos.Apesar da seleção criteriosa, vários nomes curiosos têm um espaço dedicado na Hollywood Boulevard. Ao caminhar por lá, você encontra as estrelas de personagens como&nbsp;Garibaldo&nbsp;(de Vila Sésamo) e <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/43188-conheca-melhor-o-godzilla-com-estes-13-fatos-sobre-o-monstro-dos-monstros.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Godzilla</a>, do ex-jogador de basquete Magic Johnson (por ser dono de uma rede de cinemas) e até de Donald Trump. O ex-presidente dos Estados Unidos recebeu a estrela em 2007, pelo trabalho como produtor no Miss Universo.

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Quantas estrelas existem na Calçada da Fama de Hollywood?

O meio de transporte foi instalado em um centro de convenções indiano, e possui interior luxuoso e confortável.

Com capacidade para transportar mais de 200 pessoas em cada viagem, o maior elevador de passageiros do mundo ganhou fama entre os internautas depois que imagens dele viralizaram no X/Twitter no início de abril. Seu tamanho superior ao dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/108351-15-curiosidades-interessantes-e-aleatorias-envolvendo-elevadores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">elevadores</a> comuns levou muitas pessoas a compará-lo a um apartamento studio.Funcionando desde 2022, o meio de transporte inovador está instalado no Jio World Centre, um centro de convenções de última geração que fica em Mumbai, na Índia. Conforme a empresa finlandesa KONE, responsável por construir o equipamento, ele foi projetado para transportar grandes grupos de pessoas com muito conforto e segurança.<blockquote class="twitter-tweet">This is the largest passenger elevator in the world, it can carry up to 200 people at the same time <a href="https://t.co/UjqQo545x7">pic.twitter.com/UjqQo545x7</a>— Historic Vids (@historyinmemes) <a href="https://twitter.com/historyinmemes/status/1776173179557327328?ref_src=twsrc%5Etfw">April 5, 2024</a></blockquote>Os convidados de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/as-7-tradicoes-de-casamento-mais-estranhas-da-historia" rel="noopener noreferrer" target="_blank">casamentos</a>, exposições e outros eventos que acontecem no moderno edifício indiano podem se deslocar entre cinco andares aproveitando um elevador com área de 25,78 m². O espaço é suficiente para transportar um total de 235 pessoas, conforme a fabricante.Por conta da sua dimensão gigante e do peso de 16 toneladas, o equipamento precisa ser suportado por um sistema que inclui&nbsp;18 polias e nove cordas, garantindo a segurança dos usuários enquanto ele se move a uma velocidade de 1 m/s. O movimento do seu eixo estrutural ocorre sobre trilhos fixados em colunas de aço.<h2>Decoração de luxo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/18/18011226101009.jpg" alt="Teto de luxo do maior elevador do mundo. (Fonte: KONE/Divulgação)"><figcaption>Teto de luxo do maior elevador do mundo. (Fonte: KONE/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Apesar da viagem rápida, quem usa o maior elevador de passageiros do mundo tem a oportunidade de aproveitar uma experiência única, como afirma a KONE. A empresa preparou uma decoração diferenciada e luxuosa para ajudar neste aspecto, se inspirando no design do Jio World Centre.Essa experiência começa pelas paredes de vidro que fornecem uma visão panorâmica do complexo, enquanto o usuário sobe ou desce pelo prédio. Em meio ao deslocamento, também é possível conferir detalhes sobre as últimas novidades do centro de convenções, exibidos em duas telas.Olhando para o teto, o passageiro pode conferir, ainda, uma luminária cravejada de cristais, dando um ar de luxo e elegância para o ambiente que foi inspirado no visual de outras partes do edifício. E para aqueles que estiverem cansados, há dois sofás disponíveis para relaxar durante o <a href="https://www.tecmundo.com.br/mega-curioso/33682-elevadores-saiba-mais-sobre-a-matematica-do-sobe-e-desce-de-pessoas.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sobe e desce do elevador</a>.<h2>Elevador ou quitinete?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/18/18104701447069.jpg" alt="O tamanho colossal do elevador fez muitos internautas compará-lo a uma quitinete. (Fonte: KONE/Divulgação)"><figcaption>O tamanho colossal do elevador fez com que muitos internautas o comparassem a uma quitinete. (Fonte: KONE/Divulgação)</figcaption></figure></figure>Com seus pouco mais de 25 m² de área, o maior elevador de passageiros do mundo dispõe de espaço maior que o encontrado em muitos apartamentos do tipo studio ou quitinetes. Essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/106089-acha-sua-casa-pequena-conheca-esta-solucao-idealizada-em-hong-kong.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pequenas residências</a> têm ganhado cada vez mais destaque nas grandes cidades, como São Paulo, e podem custar muito caro apesar do tamanho.

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Maior elevador do mundo pode carregar até 235 pessoas; conheça

Esses filmes conquistaram o público e surpreenderam o mundo com recordes peculiares do Guinness.

Os <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128651-lucro-e-mentiras-a-verdade-por-tras-do-guinness-world-records.htm">recordes do Guinness</a> transcendem os limites convencionais, e o mundo do cinema não é exceção. Além dos sucessos de bilheteria e das premiações, há uma série de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/128109-5-recordes-controversos-que-foram-extintos-do-guinness.htm">recordes surpreendentes</a> que desafiam as expectativas e são mantidos por filmes.Conheça oito recordes do cinema que impressionam até mesmo os cinéfilos mais ávidos!<h2>1. Gandhi&nbsp;— maior número de figurantes em uma cena</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/16/16104318192101.jpg" alt="Ben Kingsley interpretou Gandhi no filme de 1982. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Ben Kingsley interpretou Gandhi no filme de 1982. (Fonte: Central Press/Sean Gallup/Getty Images)</figcaption></figure></figure>No épico histórico Gandhi&nbsp;(1982), mais de 300 mil figurantes apareceram durante a cena do funeral de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/121814-mahatma-gandhi-o-brutal-assassinato-do-icone-indiano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Mahatma Gandhi</a>, conquistando o recorde do maior número de figurantes em uma única cena.<h2>2. O Iluminado — mais tomadas de uma cena com diálogo</h2><figure class="image"><img src="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/18/18170541969251.jpg" alt="MV5BMTM0OTA2YmYtMGM5Ni00ZjFjLWE0MDctMTYzZTM2ZGE2ZTlhXkEyXkFqcGdeQXVyMjMzMDI4MjQ._V1_FMjpg_UX1918_.jpg" srcset="https://mega.ibxk.com.br/2024/04/18/18170542219255.jpg 245w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/18/18170541969252.jpg 500w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/18/18170542016254.jpg 750w,https://mega.ibxk.com.br/2024/04/18/18170542000253.jpg 1000w," sizes="100vw"><figcaption>Cena do filme O Iluminado. (Fonte: Warner Brothers/Getty Images)</figcaption></figure>Stanley Kubrick exigiu 148 tomadas para uma única cena entre os personagens Dick Hallorann e Danny Torrance em <a href="https://www.megacurioso.com.br/cinema/85733-23-coisas-que-voce-pode-nao-saber-sobre-o-iluminado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">O Iluminado</a> (1980), mostrando seu perfeccionismo e seu compromisso com a qualidade cinematográfica. Além dessa, também tiveram outras cenas no mesmo filme que o diretor exigiu que os atores repetissem exaustivamente.<h2>3. Bonequinha de Luxo — figurino mais caro vendido em leilão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/16/16104859743108.jpg" alt="Audrey Hepburn, em Bonequinha de Luxo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo. (Fonte: Moviepix/Archive Photos/Hulton Archive/Getty Images)</figcaption></figure></figure>O icônico vestido preto que Audrey Hepburn usa no clássico Bonequinha de Luxo&nbsp;(1961) foi vendido em um leilão em 2006 pela impressionante quantia de 467 mil libras.Na época, o valor equivalia a aproximadamente US$ 925 mil, conquistando o recorde de fantasia mais cara já vendida em um leilão.<h2>4. Titanic&nbsp;— maior guindaste de câmera usado em um filme</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/16/16105354870118.jpg" alt="Cena do filme Titanic. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Kate Winslet e Leonardo DiCaprio em cena do filme Titanic. (Fonte: 20th Century-Fox/Getty Images)</figcaption></figure></figure>Para capturar toda a grandiosidade do navio, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128820-como-as-garrafas-de-bebida-do-titanic-continuam-intactas-no-fundo-do-mar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Titanic</a> (1997) utilizou um gigantesco guindaste de câmera, um Akela Camera crane modificado, que se estendia a aproximadamente 61 metros — em comparação com os 24 metros normalmente utilizados.Isso permitiu com que a equipe capturasse toda a grandiosidade do navio e do cenário circundante de forma impressionante, o que só adicionou à magnitude visual do filme.&nbsp;<h2>5. Bonequinha de Luxo — roteiro mais caro vendido em leilão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/16/16110353244121.jpg" alt="Cena do filme Bonequinha de Luxo. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Cena do filme Bonequinha de Luxo. (Fonte: Paramount Pictures/Getty Images)</figcaption></figure></figure>Novamente na lista, além de icônico, o famoso filme tem dois recordes para chamar de seus. O roteiro usado por Audrey durante as filmagens, que incluía anotações de margem e cenas deletadas, foi leiloado em Londres por 632 mil libras (aproximadamente 847 mil dólares) em 2017, tornando-se o roteiro mais caro já vendido em um leilão.<h2>6. Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo — maior orçamento para um filme baseado em videogame</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/16/16110600503123.jpg" alt="Jake Gyllenhaal foi o ator escolhido para protagonizar O Príncipe da Pérsia. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Jake Gyllenhaal foi o ator escolhido para protagonizar Príncipe da Pérsia. (Fonte: Frazer Harrison/Getty Images)</figcaption></figure></figure>Com um orçamento de produção de US$ 200 milhões, Príncipe da Pérsia: As Areias do Tempo&nbsp;(2010) elevou o nível de produção de filmes inspirados em videogames para as telas de cinema, estabelecendo um novo padrão para essas adaptações.<h2>7. Vingadores: Ultimato — página de filme da Wikipedia mais vista em um ano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17154101347197.jpg" alt="Página de Vingadores: Ultimato na Wikipedia. (Fonte: Reprodução)"><figcaption>Página de Vingadores: Ultimato na Wikipedia. (Fonte: Wikipedia/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além dos vários recordes de bilheteria na época, Vingadores: Ultimato&nbsp;(2019) rendeu mais de 44 milhões de visualizações em sua página da Wikimedia em um único ano, refletindo o enorme interesse e fascínio dos fãs pela franquia.<h2>8. Star Wars: O Despertar da Força — trailer mais visto no YouTube em 24 horas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/16/16111921425126.jpg" alt="Parte do elenco de Star Wars: O Despertar da Força. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Parte do elenco de Star Wars: O Despertar da Força. (Fonte: Alberto E. Rodriguez/Disney/Getty Images)</figcaption></figure></figure>Trailer do filme que marcou o retorno da saga às telonas, Star Wars: O Despertar da Força (2015) foi um fenômeno de mídia social e uma demonstração impressionante do poder da franquia.Lançado no YouTube, o trailer rapidamente se tornou viral, acumulando mais de 30 milhões de visualizações em apenas 24 horas após o lançamento.

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8 recordes mundiais do Guinness conquistados por filmes famosos

As populares frases de sentido figurado não fazem sucesso apenas aqui no Brasil.

No nosso dia a dia é inegável que utilizamos inúmeras frases de sentido figurado para expressar nossas ideias de forma mais casual em conversas com amigos, familiares e colegas. Só que essa prática é tão comum que nunca paramos para pensar no quanto essas <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118283-5-expressoes-populares-brasileiras-e-as-historias-de-suas-origens.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">expressões idiomáticas</a> são estranhas.Dizeres como "tirar o cavalinho da chuva" ou "acertar na mosca" não são exatamente <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/118034-10-exemplos-de-como-a-lingua-portuguesa-pode-ser-confusa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">simples de entender</a> para um estrangeiro, o que nos leva a pensar nas frases similares que cada país possui e que nem fazemos ideia do que poderiam significar. Por isso, separamos algumas das expressões idiomáticas mais sem sentido que podem ser ouvidas ao redor do mundo.<h2>1. Pensando na imortalidade do caranguejo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17023647737002.jpg" alt="A expressão espanhola não é tão diferente de uma que temos aqui no Brasil"><figcaption>A expressão espanhola não é tão diferente de uma que temos aqui no Brasil. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Começando com nossos amigos espanhóis, temos a frase "pensando na imortalidade do caranguejo", que serve para se referir a alguém que está sonhando acordado. Considerando que os caranguejos não são imortais, o sentido figurado da frase serve apenas para trazer um senso de algo mais fantástico. Aqui no Brasil, temos as expressões "pensando na morte da bezerra"ou "com a cabeça nas nuvens" com significados parecidos.<h2>2. Jogou os sapatos no telhado</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17023817377003.jpg" alt="A Turquia tinha uma maneira bem dura de lidar com os sapateiros antigamente"><figcaption>A Turquia tinha uma maneira bem dura de lidar com os sapateiros antigamente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na Turquia, você pode usar a expressão "jogou os sapatos no telhado" para falar de alguém que está passando por um momento difícil ou sem sorte em algum departamento de sua vida. A frase vem da época do Império Otomano, quando os sapateiros eram julgados duramente se faziam produtos de má qualidade, resultando nos seus sapatos sendo jogados no telhado da loja para avisar possíveis consumidores. Para nós, uma frase meio similar seria "em uma maré de azar".<h2>3. Não empurre a vovó nas urtigas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17024126099006.jpg" alt="Os franceses possuem uma forma interessante de dizer para alguém parar de encher o saco"><figcaption>Os franceses possuem uma forma interessante de dizer para alguém parar de encher o saco. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Direto da França, temos a frase "não empurre a vovó nas urtigas", que pode ser usada para dizer para alguém não exagerar ou parar de pressionar uma situação. Em nosso país, seria o equivalente a dizer algo como "não force a barra".<h2>4. Há corujas no pântano</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17023939360005.jpg" alt="A expressão dinamarquesa teve uma mudança causada por um mal-entendido"><figcaption>A expressão dinamarquesa teve uma mudança causada por um mal-entendido. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para os dinamarqueses, dizer que "há corujas no pântano" significa que algo está meio suspeito, seja numa situação ou na maneira que alguém está se comportando. Originalmente, a frase tinha a palavra "lobo" no lugar de "coruja", o que faz mais sentido na noção de tomar cuidado com algo que pode ser perigoso, mas houve um mal-entendido na pronúncia em algum momento e a frase se transformou naturalmente. Em português, costumamos utilizar "tem caroço nesse angu" para o mesmo significado.<h2>5. Feche a tampa, macaco morto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17024213461007.jpg" alt="A expressão alemã serve para pedir que alguém encerre o assunto"><figcaption>A expressão alemã serve para pedir que alguém encerre o assunto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127175-bastao-de-300-mil-anos-achado-na-alemanha-pode-ser-ferramenta-mais-antiga-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Alemanha</a>, por algum motivo, a frase "feche a tampa, macaco morto" significa o mesmo que pedir para encerrarem o assunto ou situação de uma vez. No Brasil, costuma-se dizer "botar uma pá de cal" cobre um assunto para um efeito similar.<h2>6. Jogar o rifle no centeio</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17024348949008.jpg" alt="Você pode trocar a toalha pelo rifle nessa expressão"><figcaption>Você pode trocar a toalha pelo rifle nessa expressão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na Tchéquia, você pode dizer que alguém "jogou o rifle no centeio" se quiser insinuar que a pessoa desistiu de algo ou uma situação. Para nós, seria o mesmo que dizer que alguém "jogou a toalha", por exemplo.<h2>7. A cerca não é feita de salsicha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17024808760009.jpg" alt="Na Hungria, eles usam as salsichas em vez da grama"><figcaption>Na Hungria, eles usam as salsichas em vez da grama. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/53450-proxima-parada-hungria-conheca-melhor-mais-essa-riqueza-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">frase húngara</a> que diz que "a cerca não é feita de salsicha" serve para falar que algo ou algum lugar não é tão bom quanto parece. Um equivalente mais ou menos parecido em português poderia ser algo como "quem vê cara não vê coração".<h2>8. Devo cheirar minhas unhas?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17024852741010.jpg" alt="A Grécia definitivamente tem uma origem interessante para essa expressão"><figcaption>A Grécia definitivamente tem uma origem interessante para essa expressão. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Se um <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/123209-5-historias-de-grandes-herois-gregos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">grego</a> te falar algo como "devo cheirar minhas unhas?", significa que alguém fez uma pergunta que eles não sabem responder. Ao que tudo indica, essa expressão vem de quando antigos oráculos gregos colocam os dedos em óleos alucinógenos e os cheiravam para entrar em um tipo transe e obter respostas para as perguntas que recebiam.<h2>9. Você é um rabanete de qual campo?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17025148198012.jpg" alt="Essa é uma expressão para dizer que alguém não é tão especial quanto acha"><figcaption>Essa é uma expressão para dizer que alguém não é tão especial quanto acha. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na Índia, alguém faz a pergunta "você é um rabanete de qual campo?" quando outra pessoa está apresentando um comportamento muito arrogante ou como se fosse muito superior aos outros. É como se você quisesse falar que alguém está agindo como se fosse "a última bolacha do pacote", por exemplo.<h2>10. Na bunda da baleia</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17025252472013.jpg" alt="Se você já ouviu a expressão "><figcaption>Se você já ouviu a expressão "merda para você", então pode entender essa bem facilmente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para encerrar a nossa lista de expressões idiomáticas, temos a incrível "na bunda da baleia", que vem diretamente da boca dos italianos. Geralmente, eles usam essa expressão para desejar boa sorte para alguém sem realmente dizer a palavra sorte, como se fosse para evitar o azar ou "zica". Isso funciona de forma bem similar aos artistas que dizem "merda para você" ou "quebre uma perna" logo antes de uma performance.

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10 expressões populares sem sentido usados ao redor do mundo

Um nome bastante conhecido entre os brasileiros aparece como um dos que mais é pronunciado errado no mundo; confira a lista completa.

Em todos os idiomas, há palavras que eventualmente pronunciamos errado mesmo quando sabemos a forma correta. Isso ocorre tanto por desatenção ou hábito, quanto pela própria dificuldade que a expressão abriga.Mas em se tratando de nomes, isso pode ficar diferente, já que a pronúncia errada pode até mesmo render algumas saias justas. Por consequência, é grande o esforço para evitá-las. E considerando isso, o WordFinderX elencou os que são mais pesquisados e ouvidos ao redor do mundo.<h2>Os nomes mais difíceis de se pronunciar ao redor do mundo</h2>Para reunir esse conjunto robusto de evidências, foram coletados os dados de sites de dicionários de pronúncia online, como o Forvo — ou seja, se trata de uma fonte que considerou 12.768 nomes diferentes.Em primeiro lugar na lista de nomes considerados difíceis, temos Sean, com 1 milhão de buscas. Em seguida, aparece outro, bastante conhecido entre os brasileiros, diga-se de passagem: Xuxa. Além dos <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120688-o-que-significa-yeshua-e-qual-e-a-ligacao-com-jesus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">bíblicos</a>, também há outros menos adotados por aqui, como Plato. Confira os 20 nomes que renderam mais pesquisas de pronúncia ao redor do mundo.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/18/18121719504105.jpg" alt="(Fonte: WordFinderX/Reprodução)"><figcaption>Relação dos nomes mais escutados. (Fonte: WordFinderX / Reprodução)</figcaption></figure></figure><h2>Destaques por idioma</h2>Algumas curiosidades também foram destacadas no relatório divulgado, reforçando o quanto alguns equívocos podem ser mais comuns. Anne, James, Lauren, Evelyn e Christian figuram como os cinco norte-americanos mais escutados. Francisco, por sua vez, é o nome espanhol mais buscado. Logo atrás deste, aparece Estrella, Juan, Domingo e Jorge. Dentre os <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124797-7-nomes-estranhos-de-animais-que-so-existem-na-irlanda.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">nomes irlandeses</a>, além de Sean, temos Saoirse, Siobhan, Ryan&nbsp;e Liam listados. Para os brasileiros, de fato, pode ser desafiador enunciar alguns deles sem errar. Já com os nomes árabes, Shakira ocupa a primeira posição, seguida por Zada, Nada, Fatima e Ahmed.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/18/18122027758107.jpg" alt="(Fonte: WordFinderX/Reprodução)"><figcaption>Mapa mostra as origens de alguns dos nomes mais buscados no mundo. (Fonte: WordFinderX/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na Ásia, há outros destaques. Enquanto os nomes japoneses Mai, Suki, Katana, Akira e Aiko aparecem nas primeiras posições, dentre os de origem chinesa, temos outros: Mei, Min, Bai, Tai e Ye. Ou seja, dependendo do idioma de quem está falando, a menor quantidade de sílabas não torna necessariamente a pronúncia mais fácil.Já em se tratando dos que foram criados pelos povos nativos das Américas, Xochitl, Bayou, Dakota, Tallulah e Geronimo foram os elencados. O levantamento não considerou os nomes de origem brasileira especificamente, já que adotamos de forma massiva os já existentes provenientes de diversas nacionalidades, como a portuguesa, italiana, espanhola, alemã e mesmo a inglesa.E por falar nisso, tal adoção ainda hoje rende formas para lá de originais de batizar alguém e uma boa dose de confusão na hora da pronúncia. Inclusive, um tempo atrás, listamos aqui no Mega Curioso <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/118611-50-nomes-mais-estranhos-registrados-nos-cartorios-do-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">os nomes mais estranhos que apareceram nos cartórios brasileiros</a>, o que mostra na prática como, além de criativo, o brasileiro definitivamente merece um estudo à parte.

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Xuxa, Saoirse e outros nomes que as pessoas mais pronunciam errado no mundo

Lançada há 85 anos, a Gibi recebeu um nome de cunho racista.

No Brasil, o termo <a href="https://www.tecmundo.com.br/cultura-geek/248339-descubra-gibis-raros-marvel-da-dc.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">gibi</a> é usado como um sinônimo de revista de quadrinhos. Mas o fato é que esse não é o significado original do verbete: nos anos 1930, a palavra tinha significado racista e queria dizer “menino negro”, "moleque" ou “tipo feio e grotesco”.O fato é que esse termo passou a significar revista por conta de uma publicação lançada em 1939 pela editora O Globo em 12 de abril de 1939.<h2 dir="ltr">O controverso surgimento da revista Gibi</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17195800820274.jpg" alt="(Fonte: Nanquim/ Reprodução)"><figcaption>A revista foi um lançamento de O Globo para rivalizar com outras publicações infantis. (Fonte: Nanquim / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A Gibi foi criada em 1939 pela editora O Globo com o intuito de rivalizar com outras revistas da época. Entre elas, estava O Guri e a Mirim, da editora criada por Adolfo Aizen, nome importante no ramo dos quadrinhos e considerado pioneiro no Brasil nesta área.Só que o sucesso da Gibi foi tanto que, em pouco tempo, ela passou a designar o próprio formato. A iniciativa da empresa de Roberto Marinho começou a publicar histórias de vários personagens famosos, como Li’l Abner (Ferdinando), de All Capp, Charlie Chan, de Alfred Andriola, Brucutu, de V.T. Hamlin e Os Filhos do Capitão Grant, além da obra de <a href="https://www.megacurioso.com.br/bizarro/101146-7-tumulos-incriveis-para-voce-que-so-queria-estar-morto.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Julio Verne</a>, desenhada pelo brasileiro Miguel Hochman.Vale que dizer que a criação da Gibi tem certo cheiro de trapaça. Adolfo Aizen era um jornalista que prestava serviços para Roberto Marinho e foi enviado para os Estados Unidos para conhecer o mercado dos suplementos. Ao voltar, sugeriu a ideia de implementar esses cadernos no jornal O Globo a <a href="https://www.megacurioso.com.br/televisao/75590-23-curiosidades-sobre-o-jornal-nacional.htm?f&amp;utm_source=facebook.com&amp;utm_medium=referral&amp;utm_campaign=imggrande" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Roberto Marinho</a>, mas o empresário achou que era um investimento de alto risco.Aizen então busca outros parceiros e lança várias iniciativas no ramo, como o Suplemento Juvenil. Só que, ao ver o sucesso do antigo colaborador, Marinho muda de ideia e resolve lançar uma linha de revistas para concorrer com as publicações de Aizen. Entre elas, estava a Gibi.<h2 dir="ltr">O legado de Gibi</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/17/17200602650275.jpg" alt="(Fonte: Nanquim/ Reprodução)"><figcaption>Gibi investia sobretudo em histórias estrangeiras, que eram mais baratas. (Fonte: Nanquim / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Para a jornalista Sonia M. Bibe Luyten, autora da obra&nbsp;Histórias em Quadrinhos: Leitura Crítica, a trajetória da Gibi “é uma história longa que precisa ser contextualizada para se poder entender o que se passou na década de 1930 no mercado editorial e jornalístico”, declarou à BBC.A revista repetia uma tendência que já existia há 40 anos nos Estados Unidos. Com ela, a editora O Globo passou a se tornar a principal do ramo de quadrinhos no país. “A revista tinha como foco as <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/quadrinhos" rel="noopener noreferrer" target="_blank">histórias em quadrinhos</a>. Mas a publicação dedicava algumas páginas para contos, curiosidades, fatos históricos e pequenas reportagens”, contou à BBC o cartunista e biblioteconomista Richardson Santos de Freitas, que estudou a revista.Contudo, ao publicar histórias estrangeiras, a Gibi proporcionou pouco espaço para os autores brasileiros. E isso se dava por razões econômicas. "Todo o conteúdo da revista era de personagens e autores norte-americanos, agenciados e distribuídos por sindicatos que detinham os direitos de licenciamento. Com isso, o custo da arte era mais baixo e os editores brasileiros teriam apenas o trabalho de fazer a tradução dos textos e a montagem das publicações", aponta Freitas.Com o sucesso da publicação, o Grupo Globo fundou em 1952 a Rio Gráfica e Editora (RGE), para dar conta do aumento das tiragens das revistas especializadas em quadrinhos. Ocorre que, em pouco tempo, o mercado foi se modificando, e os leitores passaram a preferir revistas de personagens específicos, o que não era o perfil da Gibi.Em pouco tempo, as revistas criadas a partir da Gibi (como a Novo Gibi e a Gibi Mensal) foram sendo descontinuadas. Houve uma tentativa de relançamento do Gibi Semanal em 1974, mas que durou 40 números. Em 1975, foi o Gibi Especial, que teve 8 números.Mesmo tendo sido encerrada, pode-se dizer que a Gibi teve um importante papel na consolidação do gosto brasileiro pelos quadrinhos. "O sucesso de vendas da revista transformou a palavra gibi em sinônimo de revista de histórias em quadrinhos no Brasil, fazendo o sentido original cair em desuso. A popularização do termo foi tão grande que inspirou as bibliotecas brasileiras a adotarem a denominação de gibiteca para seus acervos de HQ", conclui Sonia M. Bibe Luyten.

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Gibi: conheça a história da revista que virou sinônimo de HQ

Lenda antiga contada pelo povo cherokee é um grande mistério, não havendo consenso pelos pesquisadores se a história é verdadeira ou não. 

Se você fosse norte-americano, provavelmente já teria ouvido falar no "povo dos olhos de lua". Eles eram uma "raça misteriosa", de pele pálida e olhos sensíveis, que vivia nas profundezas das florestas dos Apalaches, emergindo apenas sob o brilho do luar. Trata-se de uma lenda antiga dos indígenas <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113421-tribo-cherokee-doa-sementes-para-o-banco-global-de-sementes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">cherokee</a> que intriga tanto os curiosos quanto os estudiosos. Mas será que essas histórias são apenas mitos ou existe algo por trás dessa lenda?O mistério começa quando mergulhamos nas histórias transmitidas pelos cherokee e pelos primeiros colonos europeus. Relatos do século XVIII descrevem encontros com uma raça peculiar, conhecida como o "povo dos olhos de lua" (ou "olhos lunares"). Estes seriam seres humanos, mas com uma aparência e comportamento distintos que os tornavam únicos entre os habitantes das florestas dos Apalaches.<h2 style="text-align:justify;">O povo da noite</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/14/14235501848001.jpg" alt="Anciãos da tribo Cherokee relatam que o "><figcaption>Anciãos do povo cherokee relatam que o "povo com olhos de lua" habitavam a região anteriormente. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Os cherokee, o povo originário dessas terras, compartilharam narrativas sobre um grupo peculiar de seres pequenos, dotados de olhos azuis e pele pálida que habitavam as sombras das florestas.&nbsp;Segundo escreveu em 1797 o botânico Benjamin Smith Burton, conforme os relatos dos cherokee, o povo dos olhos de lua habitava cavernas subterrâneas durante o dia — por serem extremamente sensíveis à luz —, mas à noite, tinham sua energia renovada e assim podiam mover-se com destreza pelo ambiente.&nbsp;Outras pessoas que tiveram <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127705-reinado-do-terror-a-historia-real-da-tribo-osage-que-inspirou-o-filme-assassinos-da-lua-das-flores.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">contato com o povo</a> cherokee relataram ter ouvido falar sobre as pessoas com olhos lunares como sendo os residentes originais do local até a chegada dos indígenas, que teriam sido os responsáveis por matar e expulsar esses seres da região.Uma teoria sugere, inclusive, que esses seres misteriosos podem ter raízes históricas profundas: alguns estudiosos especulam que eles podem ter sido descendentes de colonos europeus que vieram para a América do Norte muito antes de Cristóvão Colombo, ainda no século XII.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">A soma de duas lendas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/14/14235129556000.jpg" alt="A escultura do Povo de Olhos de Lua. (Fonte: Strange Carolinas/ Divulgação)"><figcaption>A escultura do povo de olhos de lua. (Fonte: Strange Carolinas / Divulgação)</figcaption></figure></figure>A lenda de Madoc ab Owain Gwynedd, o príncipe galês que supostamente navegou para o oeste em 1170, é frequentemente ligada ao mito dos povos de olhos de lua. Diz-se que ele e seus seguidores se estabeleceram no Novo Mundo e se misturaram com as tribos nativas, o que poderia sugerir que foram eles os responsáveis pelo surgimento do grupo lendário.A ligação entre as duas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127232-a-cruel-historia-por-tras-da-lenda-do-flautista-de-hamelin.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lendas</a> conduz a lugares fascinantes, como o Fort Mountain, na Geórgia, onde os vestígios de uma antiga fortaleza de pedra continuam a intrigar os visitantes. Este muro, com 270 metros de extensão e mais de 2 metros de altura, remonta ao século entre os anos 400 e 500 d.C., sugerindo que teria existido uma civilização habilidosa antes dos cherokee na região.Descobertas arqueológicas, como esqueletos com armaduras de latão gravadas com brasões galeses, também alimentam especulações sobre a presença desses colonos na região dos Apalaches.&nbsp;No entanto, as evidências são fragmentadas e as histórias envoltas em muito mistério, sugerindo também uma possível ligação entre o povo mítico e os construtores de montes da cultura Adena, habitantes pré-históricos da região por volta do ano 500 a.C., ou seja, um período muito mais antigo que os das lendas especuladas até aqui.No fim, o que se sabe é que não há uma conclusão, por enquanto, sobre a veracidade da lenda, continuando a ser apenas o eco das histórias passadas oralmente pelos membros mais velhos do povo cherokee.

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O misterioso "povo dos olhos de lua" das lendas dos indígenas cherokee

Obra que se tornou um símbolo da principal capital do país é um puro retrato do Brasil, com uma história curiosa e permeada por injustiça. 

Se você mora ou já esteve em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/124141-aniversario-de-sao-paulo-a-fundacao-da-maior-cidade-da-america-latina.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">São Paulo</a>, certamente já deve ter caminhado pelas ruas movimentadas da cidade e se deparado com aquele padrão geométrico peculiar que parece se repetir infinitamente sob seus pés. Se nunca foi à cidade, pelo menos já deve ter visto aquele desenho estampado em algum produto.Essa característica marcante das calçadas paulistanas tem uma história interessante por trás, em que de um lado nós temos a oportunidade e, do outro, a injustiça.<h2 style="text-align:justify;">Um concurso em época conturbada</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12095959789047.jpg" alt="Os belos ladrilhos da cidade em branco e preto. (Fonte: GettyImages/ Reprodução) "><figcaption>Os belos ladrilhos da cidade em branco e preto. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nos idos de 1966, em plena vigência do regime militar que assombrou o país, a cidade de São Paulo estava em busca de uma identidade visual para seus calçamentos. O então prefeito, João Vicente Faria Lima, lançou um concurso para escolher o novo padrão de piso da cidade, inspirado nas ondas de <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/122405-um-passeio-pelos-botequins-de-copacabana.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Copacabana</a>.&nbsp;Entre os competidores, estava a arquiteta e artista Mirthes dos Santos Pinto, que na época trabalhava como desenhista na Secretaria de Obras da Prefeitura.Mirthes não imaginava que seu simples rascunho, inspirado no contorno do mapa do Estado de São Paulo, se tornaria o vencedor do concurso. Um fato interessante é que a arquiteta não iria participar do evento.&nbsp;Ela havia feito o desenho e engavetado. Foi graças a seu chefe — que ao ver o desenho guardado na gaveta de Mirthes a incentivou a participar — e aos outros arquitetos da Secretaria, que a arquiteta tomou coragem de se inscrever. &nbsp;Composto por módulos quadrados em preto e branco, o desenho de Mirthes encantou a comissão julgadora e o público, que o escolheu como o novo padrão de calçada da cidade.A partir daí, o padrão criado por Mirthes dos Santos Pinto começou a tomar conta das ruas paulistanas, começando pela Avenida Faria Lima e se espalhando por toda a metrópole. O desenho, composto por quatro peças quadradas, sendo duas brancas e duas pretas com uma divisão diagonal, logo se tornou um ícone da cidade.<h2 style="text-align:justify;">Injustiça em branco e preto</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/12/12100053396050.jpg" alt="Muitas das interações da cidade são feitas sobre o desenho de Mirthes. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Muitas das interações da cidade são feitas sobre o desenho de Mirthes. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>A história por trás desse icônico projeto vai além de sua criação. Mirthes lutou por anos pelo reconhecimento de sua autoria e pelos direitos autorais de sua criação, sem sucesso.Em uma entrevista para o jornal Folha de S. Paulo, Mirthes falou que, quando registrou o desenho, foi informada que teria direito a uma certa porcentagem por calçada implantada com a sua arte. Quanto ela ganhou? Nada. Apesar de ter patenteado o desenho, ela nunca recebeu compensação financeira pelo uso de sua obra.O seu desenho é considerado hoje de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119993-10-filmes-em-dominio-publico-que-voce-pode-assistir-em-qualquer-lugar.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">domínio público</a>, tendo servido para muitas marcas utilizá-lo das mais diversas formas e em todo tipo de produto, rendendo milhões às empresas e nenhum centavo à autora.&nbsp;Mirthes faleceu em 18 de dezembro de 2020, aos 86 anos, sem ter ganho qualquer centavo com a obra e tendo pouco reconhecimento do seu feito. A arquiteta já tinha se conformado de que não receberia qualquer valor em vida e tinha a esperança de, um dia, seus familiares pudessem enfim ter um retorno financeiro do Estado.&nbsp;Hoje em dia, o desenho de Mirthes dos Santos Pinto é conhecido como o "piso Paulista" e pode ser encontrado em diversos pontos turísticos da cidade, como a Avenida Brigadeiro Faria Lima e a tradicional esquina da Avenida Ipiranga com a Avenida São João. Apesar de sua autora não receber o devido reconhecimento, seu legado permanece vivo nas ruas de São Paulo.

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Legado sob os pés: a história do icônico desenho das calçadas de São Paulo

Os motéis voltados a encontros sexuais são uma invenção brasileira. Entenda como isso aconteceu por aqui.

Um vídeo que viralizou recentemente compartilhou uma história bem inusitada: a de que os motéis brasileiros fundaram um modelo de negócios que hoje é copiado por outros países. O uso mais comum feito por aqui — para encontros sexuais — é uma invenção tipicamente brasileiros.Por isso incrível que pareça, é isso mesmo. Os motéis brasileiros datam de cerca de 60 anos e são imitados em outros locais — em alguns países da Europa e nos Estados Unidos, existem os "motéis à brasileira". Confira a seguir a real história desse empreendimento e por que o motel brasileiro se tornou tão famoso.<h2>O surgimento dos primeiros motéis</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10215944869003.jpg" alt="Os motéis surgiram nos Estados Unidos na proposta de ser uma hospedagem barata na estrada. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Os motéis surgiram nos Estados Unidos na proposta de ser uma hospedagem barata na estrada. (Fonte: Getty Images / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O termo motel surgiu nos Estados Unidos e é um neologismo que une duas palavras: "motor" e "hotel". Trata-se de um tipo de acomodação barata que começou a surgir a partir dos anos 1920, e representava uma opção de baixo custo para pessoas que estivessem viajando.Foi no Brasil que o sentido de lugar para encontro de casais começou a nascer. Os primeiros motéis desse tipo surgiram na década de 1960 no Rio de Janeiro e São Paulo, mas logo começaram a se espalhar pelo país. Eles representavam um lugar associado à <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/118399-alfred-kinsey-revolucionou-a-sociedade-ao-falar-sobre-sexo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">libertação sexual</a> que se levantava nessa época.Hoje, há cerca de 5 mil motéis espalhados pelo país, que recebem cerca de 100 milhões de clientes anualmente e movimentam por volta de R$ 4 bilhões. Eventualmente, os empreendimentos passam por crises (a <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/128688-estudo-atribui-a-cloroquina-17-mil-mortes-na-1-onda-de-covid-19.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">pandemia de covid-19</a> foi a última delas), mas acabam se mantendo em pé por conta da demanda.E vale lembrar que, embora muita gente associe o uso de motéis ao <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/103330-sao-paulo-e-a-cidade-com-maior-numero-de-casos-extraconjugais-no-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">sexo extraconjugal</a> ou ao sexo pago, eles também podem representar romance e fuga da rotina para os casais.<h2>Motéis pelo mundo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10211052693000.jpg" alt="O Japão é o país com maior quantidade de hospedagens para fins sexuais. (Fonte: Tokyo Weekender/ Reprodução)"><figcaption>O Japão é o país com maior quantidade de hospedagens para fins sexuais. (Fonte: Tokyo Weekender/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Embora eles tenham sido pensados para um uso em encontros sexuais no Brasil, há negócios parecidos em outros locais do mundo. "Não é uma jabuticaba brasileira. No Japão já tinha o love hotel.&nbsp;Mas esse modelo de negócio, da rotatividade, da discrição, da decoração extravagante foi uma invenção brasileira. E foi exportada: muitos países possuem motéis à brasileira", afirma Murilo Fiuza de Melo, autor do livro Os Motéis e o Poder, em entrevista à Deutsche Welle.O Japão possui 30 mil love hotels, hospedagem destinada a encontros amorosos sexuais. Trata-se do país com o maior número deste tipo de acomodação. Diferente daqui, os love hotels&nbsp;costumam ficar em ruas específicas e não nas rodovias, e têm seu surgimento ligado às antigas casas de chá.Já na Europa, esse tipo de empreendimento praticamente não existe. "Não existia na Europa. Mas nos últimos 15 anos começou a aparecer, principalmente na Península Ibérica. Foi muitas vezes uma iniciativa de descendentes de portugueses e espanhóis que mantinham motéis no Brasil e no México e retornaram aos seus países de origem levando a nova forma de negócio", conta o antropólogo Jérôme Souty, autor do livro Motel Brasil, para a Deutsche Welle.Foi aqui que eles começaram a ser construídos tendo em mente a perspectiva da discrição e da privacidade. Para isso, a grande sacada foi a criação de um corredor de serviço e da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120030-vizinho-chato-conheca-as-leis-de-condominios-e-saiba-o-que-fazer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">garagem privativa</a> dos quartos, que foram ideias do arquiteto brasileiro Paulo Pontes.<h2>Os motéis na ditadura</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/04/10/10222045679000.jpg" alt="Na época da ditadura, os motéis brasileiros tiveram que driblar a legislação. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Na época da ditadura, os motéis brasileiros tiveram que driblar a legislação. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Outra curiosidade desse tipo de serviço por aqui envolve o período de ditadura militar no Brasil. Isso porque o surgimento do primeiro <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/102544-motel-balada-banheiro-os-locais-mais-estranhos-onde-as-pessoas-estudam.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">motel</a>, em 1968, ocorreu justamente nesse período.O primeiro empreendimento foi instalado em Itaquaquecetuba, na região metropolitana de São Paulo, pelo empresário Servando Fernandes Davila. Mas o tipo de negócio oferecido era contra os "bons costumes" da época, e havia uma lei que impedia hospedagens com curta permanência.“Naquele tempo, eles impediam que se usasse o quarto menos de 24 horas. A lei era arbitrária, tinha que ficar 24 horas no quarto. Quando o casal saía antes, a polícia o abordava, perguntando se iam embora. Se falassem que iam, eles levavam para a delegacia, e eles ficavam presos por até 15 dias, por ato libidinoso”, contou Davila em 2014 em entrevista ao G1.O estabelecimento era na beira da estrada. Para driblar a lei, o empresário buscou uma inspiração nos americanos: ele fez com que o local funcionasse como um clube. “Por um tempo funcionei como clube, por causa da polícia. As pessoas que eram sócias podiam usar os apartamentos com quem elas quisessem. A polícia não podia mexer, porque eram sócios do clube e não era uma hospedagem. No tempo da ditadura era difícil, era complicado, a polícia era muito arbitrária nisso daí”, contou ao G1.Deu certo. Davila empreendeu no setor e, em poucos anos, abria motéis com inovações, como a presença de banheiros e garagens em todos os quartos. Foi também nesse primeiro motel que apareceu já um item que parece indissociável às hospedagens brasileiras: a banheira de hidromassagem. “Falavam que ninguém ia usar, mas fomos o primeiro motel do mundo, em matéria de hospedagem, com sauna, piscina, hidromassagem, tudo dentro do quarto”, afirmou.Ainda assim, consta que a <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/60-anos-do-golpe-4-datas-mais-importantes-da-ditadura-militar-no-brasil" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ditadura militar</a> acabou financiando de maneira indireta a construção e a consolidação dos motéis. A razão disso foi que, por incentivo à indústria do turismo, surgiu em 1966 a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur). Com ela, foram lançados benefícios como incentivos fiscais e juros baixos que ajudaram na construção de novos empreendimentos."O ano do fatídico <a href="https://www.megacurioso.com.br/educacao/112850-ai-5-o-que-foi-a-lei-que-escancarou-a-tirania-da-ditadura-no-brasil.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">AI-5</a> foi o mesmo ano em que surgiram os primeiros motéis. E alguns militares viraram até sócios de tais estabelecimentos. Também aconteceu de eles usarem tais locais para espionar inimigos do regime", revela Murilo Fiuza de Melo.

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