Artes/cultura
12/06/2022 às 10:00•3 min de leitura
Muito sobre a história da humanidade é contada através das relíquias do passado que encontramos através da arqueologia ou pela curadoria artística. Sem a existência dessas peças, por exemplo, o Antigo Egito quase que por inteiro continuaria sendo um mistério para nós que vivemos nos dias de hoje.
Logo, essa é a nossa janela para uma época que seria invisível. São os traços que nossos antepassados deixaram para trás que nos ajudam a entender quem nós somos. Entretanto, nós nem sempre somos bons em cuidar desses itens. Veja só seis vezes em que artefatos históricos foram destruídos por pessoas.
(Fonte: Thaier Al-Sudani/Reuters)
Em 2015, militantes do Estado Islâmico, organização jihadista islamita, invadiram o Museu de Mossul, no Iraque, e passaram a quebrar diversas estátuas de milhares de anos com o uso de marretas. Com isso, um enorme acervo histórico foi esmagado em pedaços.
O motivo? O museu guardava várias obras dos assírios e dos acadianos, sociedades antigas que eram politeístas — visão religiosa altamente repudiada pelos extremistas do Estado Islâmico. Logo, muito do nosso passado foi perdido naquele ano.
(Fonte: BBC/Reprodução)
Uma pirâmide maia de 2,3 mil anos foi destruída por uma construtora em Belize, nação insular no Caribe, em 2013. Conforme relatado pelo National Geographic na época, o local estava sendo escavado para que os trabalhadores conseguissem obter cascalho para um projeto rodoviário.
Embora a região fosse protegida pela lei de Belize, que engloba todo tipo de monumento maia, nada foi feito para evitar a destruição da pirâmide. Dessa forma, a estrutura toda veio abaixo sem que ninguém fosse responsabilizado.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Uma série de fósseis de uma espécie de hominídeo chamada Homo erectus pekinensis — o notório "Homem de Pequim" — foram escavadas entre 1920 e 1930 na caverna de Zhoukoudian, na China. Cada um dos fósseis datava para cerca de meio milhão de anos.
Em 1937, tropas japonesas invadiram o território chinês e os pesquisadores decidiram embalar os fósseis em caixotes e enviá-los para um lugar seguro nos Estados Unidos. Em 1941, esses artefatos desapareceram do mapa e muitos acreditam que eles tenham sido perdidos no caminho para a América.
(Fonte: Wikimedia Commons)
No passado, duas estátuas gigantes de Buda foram construídas no vale de Bamiã, no Afeganistão. Elas estavam montadas em nichos de 55 e 38 metros de altura. Cada uma delas possuía 1,5 mil anos e fazia parte de um grande conjunto de mosteiros no sopé do vale.
Em março de 2001, no entanto, as obras foram dinamitadas e destruídas por membros do Talibã, grupo extremista que controlava boa parte do país na época. No final daquele ano, o Talibã foi expulso da região e arqueólogos puderam escavar partes do local que não haviam sido destruídas. Mesmo assim, as estátuas deixaram de existir.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Construída no século XVIII, a Câmara de Âmbar ficava localizada no Palácio de Catarina em Tsarskoe Selo, na Rússia. A sala dourada continha mosaicos, pedras preciosas, espelhos, esculturas e painéis construídos com cerca de 450 kg de âmbar — uma gema preciosa.
Entretanto, a cidade foi tomada pelos nazistas em 1941, quando a Alemanha invadiu a Rússia na Segunda Guerra Mundial. A Câmara de Âmbar foi completamente desmontada pelos soldados alemães e movida para o oeste europeu. Mesmo após o fim do conflito armado, ela nunca foi reencontrada e seu paradeiro permanece desconhecido.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Em 2011, um grupo de assaltantes invadiu o Museu Egípcio no Cairo e abriu 10 caixas cheias de artefatos de valor inestimável. No entanto, por não conhecerem sobre o assunto, viram que nenhum deles era feito de ouro e decidiram quebrar todas as peças.
Para piorar a situação, os ladrões ainda decidiram decapitar duas múmias de 2 mil anos e roubaram mais itens da loja de presente do museu. O grupo foi parado na saída do local e alguns itens conseguiram ser restaurados. Mesmo assim, já era tarde para consertar inúmeros artefatos.