Estilo de vida
03/07/2022 às 11:00•2 min de leitura
O motivo pelo qual os Estados Unidos da América falam inglês como língua materna foi a colonização do país pelos britânicos no século XVI. Por esse motivo, é muito comum que as pessoas utilizem os termos "inglês" e "britânico" para falar de forma intercambiável de qualquer tópico relacionado à região dos exploradores da América do Norte.
No entanto, "inglês" e "britânico" não estão nem perto de ser a mesma coisa — uma vez que a Inglaterra e a Grã-Bretanha não são o mesmo lugar. Para entender todo esse imbróglio, precisamos ter uma noção maior sobre todas as questões históricas e geográficas que envolvem esse assunto. Entenda!
(Fonte: Shutterstock)
A história do Reino Unido envolve tantos séculos de acontecimentos que seria basicamente impossível falar sobre tudo em um curto texto. Entretanto, se resumirmos a situação, saberemos que a Inglaterra é um dos três países que compõem a ilha da Grã-Bretanha, junta do País de Gales e da Escócia.
Por sua vez, a Grã-Bretanha faz parte do Reino Unido, a qual o título completo de Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, o quarto país que está sobre tutela da família real. Até algum tempo, a Irlanda também fazia parte desse grupo, mas tornou-se uma nação separada em 1949.
Pelo fato da Inglaterra fazer parte da Grã-Bretanha, todas as coisas consideradas inglesas também são automaticamente britânicas. No entanto, o processo reverso não pode ser feito. Um exemplo simples sobre isso é o Monstro do Lago Ness, que essencialmente é uma lenda da Escócia. Logo, podemos dizer que "Nessie" é escocesa ou britânica, jamais inglesa.
Na Irlanda, a situação é mais complexa. Se alguém vem da República da Irlanda, ela será apenas irlandesa. Os nortenhos, por outro lado, estão qualificados com a cidadania britânica e podem se considerar tanto britânicos quanto irlandeses.
(Fonte: Wikimedia Commons)
No ápice de suas forças bélicas e comerciais, o Império Britânico conseguiu se expandir por várias partes do mundo. Nessa fase, Inglaterra e Reino Unido tinham um vasto domínio sobre os países na América do Norte, África e Ásia. Porém, no início do século XX, o colonialismo chegou ao fim e vários desses países conquistaram as duas independências.
Mesmo assim, ainda existem 14 territórios que são considerados Territórios Ultramarinos Britânicos. A maioria dessas nações são autogovernadas, mas permanecem sob tutela do Reino Unido em relação às políticas de defesa e relações exteriores.
A lista é composta pelos seguintes países: Anguilla, Bermudas o Território Antártico Britânico; o Território Britânico do Oceano Índico; as Ilhas Virgens Britânicas; as Ilhas Cayman; as Ilhas Malvinas; Gibraltar; Montserrate; Ilhas Pitcairn, Henderson, Ducie e Oeno; Santa Helena, Ascensão e Tristão da Cunha; Ilhas Geórgia do Sul e Sandwich do Sul; Áreas de Base Soberana de Akrotiri e Dhekelia; e Ilhas Turcas e Caicos.
Mesmo sendo territórios britânicos, os nascidos nesses locais não possuem a cidadania britânica e são chamados pelas suas respectivas nacionalidades. Além disso, o Território Antártico Britânico, o Território Britânico do Oceano Índico e as Ilhas Geórgia do Sul nem sequer possuem residentes e servem mais como áreas de domínio militar e para pesquisas científicas.