Ciência
23/09/2022 às 08:04•3 min de leitura
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Certamente, todo escritor sonha em algum dia ser reconhecido pelo seu trabalho - e, quem sabe, tornar-se autor de um livro clássico. Mas saiba que há várias obras importantes que só foram publicadas postumamente, ou seja, depois da morte de seus autores, que não tiverem nenhuma chance de aproveitar os louros.
Neste texto, apresentamos 8 livros de 4 autores que só foram editados depois que eles não estavam mais por aqui.
(Fonte: Anne Frank Organization)
É provável que O Diário de Anne Frank seja o livro póstumo mais conhecido da história. Ele se baseia nas páginas do diário da jovem Anne Frank. Aos 13 anos, a adolescente judia ganhou um diário em branco onde relatou como era a vida com a sua família, com quem teve que se refugiar em um anexo em Amsterdã, para se esconder da perseguição dos nazistas.
Ela escreveu sobre seus dias durante dois anos. Um dia, ouviu no rádio o político holandês Gerrit Bolkestein pedindo que os cidadãos guardassem os diários de guerra que tivessem em casa para que se pudesse registrar como havia sido aquele período. Anne então ficou empolgada sobre talvez publicar o seu diário.
Ela escreveu o último texto em 1º de agosto de 1944. Três dias depois, todos os moradores do anexo foram descobertos e presos. Mais tarde, seus escritos foram encontrados por uma secretária de seu pai, Otto. Ela devolveu o original para Otto, o único sobrevivente da família no campo de concentração. Otto conseguiu publicar o diário da filha em 1947, dois anos depois de ela ter morrido em Auschwitz.
(Fonte: DW)
A Abadia de Northanger foi a primeira obra de Jane Austen a ser aceita por uma editora. Isto aconteceu em 1799, mas o livro só publicado alguns meses depois de sua morte, que ocorreu em 1817, quando ela tinha apenas 41 anos.
Na época da morte de Jane Austen, ela trabalhava em um livro chamado Sanditon, que só foi publicado mais de um século depois, em 1925. No Brasil, a obra foi editada dentro de um livro, As Novelas Inacabadas, que contém os contos Sanditon e Os Watsons.
(Fonte: O Globo)
O jornalista sueco Stieg Larsson começou a escrever sua série de livros em 2002, em que tematizava, entre outros assuntos, a violência contra as mulheres. Acontece que ele morreu em 2004, antes que qualquer um dos livros tivesse sido publicado.
Larsson planejou escrever 10 livros, mas só havia escrito 3 antes de morrer. O primeiro se chamou Os Homens que Não Amavam As Mulheres. Em seguida, vieram A Menina que Brincava com Fogo, e por fim, A Rainha do Castelo de Ar. Após sua morte, eles se tornaram a trilogia Millenium, foram publicados e adaptados ao cinema e venderam mais de 80 milhões de cópias.
O sucesso foi tanto que se resolveu dar continuidade à série. O jornalista David Lagercrantz e a autora Karin Smirnoff foram chamados para dar continuidade à série.
(Fonte: InfoEscola)
O escritor tcheco Franz Kafka trabalhava como agente de seguros quando morreu de tuberculose em 1924, aos 40 anos. Ele escrevia apenas em seu tempo livre. A curiosidade é que nenhum de seus romances foi publicado enquanto ele ainda estava vivo. Apenas algumas novelas, como A Metamorfose (1915), haviam ido parar nas editoras.
Seus manuscritos ficaram nas mãos de seu amigo Max Brod. Mas pasme: Kafka havia deixado sua obra para ele com a instrução de que a destruísse. Por sorte, Brod não obedeceu e publicou seus livros, que logo se tornaram clássicos.