Ciência
26/11/2022 às 11:00•3 min de leitura
Castanha-do-pará, castanha de caju, amêndoas... Sendo brasileiros, já estamos habituados a ouvir muito sobre essas oleaginosas tão famosas – e deliciosas – em nossas rotinas. Além das já citadas, o Brasil possui uma variedade imensa de castanhas e sementes comestíveis, fato que sempre nos mantém no ranking de países com a maior produção de castanhas do mundo.
Mas, nem só de alimentos convencionais se vive essa vida, certo? E se você fosse apresentado a uma castanha com dois chifres curvados para baixo, tendo uma aparência que lembra a cabeça de um touro, ou para a maioria, um morcego? Você comeria? Pois bem, ela existe!
As Walter Caltrop Nuts são mais famosas por seus aspectos nada comuns do que pelo seu sabor. Mas, não precisa ficar com medo ou achá-las muito esquisitas. Esse tipo de castanha é cultivado, majoritariamente, na Ásia Oriental. A probabilidade de encontrá-las na feirinha do seu bairro é relativamente baixa. Por isso, trouxemos uma lista com algumas curiosidades desse alimento de beleza mediana. Confira!
(Fonte: Shutterstock)
Sendo mais comuns em rios e lagoas, a planta que dá origem à castanha faz parte da família Trapaceae, da espécie Trapa natans L., e tem caules verdes em formato de tubos que crescem até 1,5 metros. Apesar disso, mais de dois terços da planta permanece submersa, enquanto as folhas flutuam na água.
Vale destacar que, antes de terem a aparência com os chifres, suas flores são brancas e delicadas. Os frutos – e futuras castanhas – se apresentam escondidos sob a folhagem até amadurecerem, quando caem.
(Fonte: Shutterstock)
Elas podem parecer novidade, mas essas castanhas crescem nas regiões temperadas e tropicais da Ásia há mais de 3 mil anos! Nos tempos antigos, a iguaria também se fazia presente na Europa, onde era assada e vendida como lanche de rua.
Com o tempo, os cultivos da planta diminuíram na região, devido à perda de habitat, desaparecendo quase que completamente no final do século XIX. Hoje, elas são encontradas principalmente na Índia, China, Vietnã, Camboja e Laos. São vendidas em mercados de agricultores locais e mercearias.
(Fonte: Shutterstock)
Com uma aparência nada inofensiva, essas castanhas também podem ser perigosas caso não sejam cozinhadas da forma correta. Isso porque, dentro delas, existe uma polpa branca e fibrosa que, se ingerida crua, é considerada extremamente tóxica e prejudicial à saúde. Quando cozidas e prontas para serem devoradas, possuem uma consistência seca, com um aroma que lembra almíscar, e sabor sutilmente doce.
(Fonte: Shutterstock)
As Water Caltrop Nuts podem ser comidas tanto de forma doce como salgada, devido ao seu sabor leve e sutil. Geralmente são misturadas em refogados, em pratos de arroz e vegetais, ou podem servir de recheios para bolos. As sementes também podem ser torradas e são uma das comidas de rua preferidas e mais vendidas da cidade de Taiwan.
Além disso, as castanhas podem ser moídas em farinha e usada para fazer pães e bolos. Na Índia, essa farinha é tradicionalmente consumida em refeições especiais como um agente de limpeza e purificação para o corpo.
Outra forma de a consumir é misturá-la com especiarias, como o cominho, o cardamomo e o coentro. E vale lembrar que elas podem ser congeladas e armazenadas em um recipiente fechado dentro da geladeira, para comer sempre que quiser. Multiuso para caramba, não?
(Fonte: Shutterstock)
E quem diria que uma iguaria tão esquisita fisicamente seria uma baita fonte de minerais? Pois é! Essas castanhas são ricas em cálcio, ferro, zinco e fósforo, que contribuem para o desenvolvimento saudável dos ossos, fortalecem o sistema imunológico e aumentam as funções vitais gerais do corpo. As sementes também são uma ótima fonte de fibras para estimular o trato digestivo e possuem iodo e manganês, que ajudam a manter a glândula tireoide funcionando corretamente.
Além disso, na medicina tradicional chinesa, as Water Caltrop Nuts são usadas para limpar o corpo, sendo consideradas um remédio neutro e não agressivo.