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08/04/2023 às 12:00•3 min de leitura
As questões de saúde mental têm sido cada vez mais debatidas pela sociedade. E é bom saber que as doenças desta natureza atingem todo mundo – inclusive a realeza.
Neste texto, compartilhamos cinco histórias de membros de famílias reais que tiveram transtornos mentais bastante graves. Confira!
(Fonte: Wikimedia Commons)
George III, da Inglaterra, ficou conhecido como "o rei louco que perdeu a América”. Ele governou a Grã-Bretanha entre 1738 a 1820, quando viu o seu reinado perder as colônias.
Os súditos o consideravam louco por conta de seus hábitos bizarros. Por exemplo, ele era capaz de falar por 60 horas sem parar, e costumava se repetir, dizendo coisas incoerentes. George também não conseguia parar de mexer as mãos e vivia enrolado em lençóis – usava cerca de 40 por dia.
Até hoje se cogita que ele sofresse de alguma doença psiquiátrica, o que teria afetado a sua forma de governar e as más decisões.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O rei Ludwig II, da Alemanha, também era referido como louco. Ele governou o país por um período curto, entre 1864 e 1886, e mandou construir alguns dos mais belos castelos da Alemanha.
Mas a história é que Ludwig II, na verdade, tinha uma obsessão pelos castelos. Ele simplesmente não conseguia parar de mandar construir palácios, mesmo que as finanças do reino não dessem conta dos gastos.
Os historiadores acreditam que ele possa ter enfrentado um transtorno de personalidade esquizotípica. Embora fosse recluso, a personalidade de Ludwig era violenta e cruel. Ele ainda tinha delírios de grandeza e testemunhava ter alucinações.
(Fonte: Netflix/The Crown/Reprodução)
A Rainha Elizabeth II tinha duas primas de primeiro grau com problemas mentais. Elas tinham graves dificuldades de aprendizagem e eram infantis para a sua idade.
Mas a história é realmente bizarra. Em 1963, as irmãs foram declaradas mortas. Só que não era verdade: elas estavam internadas em uma instituição psiquiátrica, onde não recebiam visitas da família. Ou seja, foram abandonadas.
Como não havia terminologia médica na época de seu nascimento, sua doença nunca chegou a ser categorizada. Elas foram internadas em 1941 no hospital psiquiátrico Royal Earlswood, local que também recebeu mais três primas: Idonea, Rosemary e Ethelreda. Elas eram filhas da irmã da mãe de Nerissa e Katherine – portanto, também eram primas de Elizabeth II.
(Fonte: Wikimedia Commons)
O rei Carlos VI, que governou a França entre 1380 e 1422, ficou conhecido como "o bem amado e louco". Desde jovem, ele mostrava sinais de delírio e violência, matando alguns de seus cavaleiros sem razão aparente. Em outro momento, ele afirmou ser São Jorge e exigiu que o brasão da sua família fosse reelaborado para mostrar a sua "santidade".
Com o tempo, sua doença foi piorando. Em certo momento, ele começou a acreditar que seu corpo era de vidro, e proibiu que qualquer pessoa se aproximasse dele para evitar que quebrasse. Carlos VI também passou a andar nu e a ser visto remexendo na terra.
(Fonte: Wikimedia Commons)
Outro Carlos, dessa vez da Espanha, também sofreu de distúrbios mentais. Sua história, na verdade, é bem triste: ele nasceu com deformidades genéticas, que eram resultado da endogamia (o casamento entre pessoas da mesma família).
Como tinha a mandíbula projetada para a frente, ele teve muita dificuldade de aprendizagem e só aprendeu a falar quando tinha cerca de quatro anos. Além disso, ele possuía uma língua enorme, o que fazia com que babasse constantemente e prejudicava sua alimentação. Ainda assim, Carlos se casou duas vezes, mas não gerou descendentes. Segundo os historiadores, ele era infértil e impotente.
Não se sabe exatamente quais as doenças o rei tinha, mas os estudiosos afirmam que ele possuía ao menos duas: uma deficiência combinada de hormônio hipofisário e acidose tubular renal distal. Tudo isso causava baixa estatura, infertilidade, problemas digestivos e nos rins, e fraqueza muscular. Certamente, este pagou o preço pelo desejo louco de consanguinidade entre a realeza.