4 escritores que mudaram a história de seus países

20/05/2023 às 05:003 min de leitura

A literatura é uma arte extremamente poderosa, capaz, inclusive, de expor a situação de uma sociedade quando isso ainda não é reconhecido coletivamente. Por isso, os escritores costumam ser profissionais fundamentais dentro da cultura.

Neste texto, falamos de mestres das palavras não tão conhecidos, mas cujo trabalho foi poderoso e influente a ponto de transformar seus países de origem. Talvez por estes sujeitos serem eles mesmos de etnias que se incluíam entre as minorias de poder, nem sempre seus livros repercutiram tanto quanto os de escritores brancos.

1. Eugenio María de Hostos (1839-1903)

Wikimedia Commons(Fonte: Wikimedia Commons)

Conhecido como "o grande cidadão das Américas", Eugenio María de Hostos foi um educador, escritor e advogado porto-riquenho que apoiou os movimentos pela libertação da República Dominicana, Cuba e Porto Rico do domínio colonial espanhol. 

Quando jovem, ele foi enviado por seus pais para estudar em Bilbao, na Espanha, e depois concluiu sua formação em Madri. Na cidade, ele começou a se interessar por política. Em 1863, publicou sua obra mais famosa, chamada La peregrinación de Bayoán, em que conta a história das 3 colônias ao mesmo que denuncia seu sofrimento por conta da colonização.

Hostos deixaria a Espanha em 1869, quando o país se recusou a conceder independência a Porto Rico. Ele então se direcionou para os Estados Unidos, onde se tornou editor de um jornal chamado La Revolución, que era dedicado à independência de Cuba. No resto de sua vida, ele produziu obras que visavam lutar pela libertação das colônias caribenhas da Espanha.

2. Anna J. Cooper (1858-1964)

(Fonte: Blackpast)(Fonte: Wikimedia Commons)

Escritora, educadora e ativista da libertação negra americana, Anna Julia Haywood Cooper é tida como uma das mais notáveis acadêmicas de sua época.

Nascida durante a escravidão, em 1858, Anna reivindicou a possibilidade de estudar e se colocar em meio aos círculos intelectuais. Em 1924, ela completou seu doutorado na Universidade de Paris, sendo a quarta mulher preta a obter este título.

Foi uma personalidade importante em meio à comunidade afro-americana em Washington. Suas contribuições foram ao campo das ciências sociais. Seu primeiro livro, A Voice from the South: By a Black Woman of the South, é entendido como uma das primeiras referências do feminismo negro. Ela ainda foi pioneira ao falar sobre interseccionalidade antes que o termo existisse.

Anna tornou-se uma referência na luta dos direitos das mulheres negras.

3. Gabriela Mistral (1889-1957)

Wikimedia Commons(Fonte: Wikimedia Commons)

Gabriela Mistral, pseudônimo de Lucila de María del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga, foi uma poetisa e diplomata chilena. Ela se tornou a primeira escritora latino-americana a receber o Prêmio Nobel de Literatura.

Aos 11 anos, Gabriela foi morar em Vicuña, cidade do Chile, para estudar. Foi lá em que ela começou a escrever sobre a realidade das mulheres, crianças e os pobres. Ela criou muitos poemas sobre a situação dos indígenas, mas suas principais obras são Desolación, Sonetos de la Muerte e Ternura. 

A obra de Gabriela Mistral marcou a história do Chile por tratar de temas que as mulheres de sua época ainda não abordavam.

4. Forugh Farrokhzad (1934-1967)

Wikimedia Commons(Fonte: Wikimedia Commons)

A poetisa Forugh Farrokhzad nasceu em Teerã, no Irã. Filha de um pai militar, ela começou a escrever poesia ainda muito jovem. Mas, quando tinha apenas 16 anos, casou-se com um homem muito mais velho e se tornou dona de casa.

Mesmo assim, sempre que terminava o trabalho em casa, Forugh escrevia poesia. Ela publicou seu primeiro livro, The Captive, em 1955. Seus poemas tinham tons eróticos, o que era considerado escandaloso para uma mulher naquela época.

Além disso, Forugh Farrokhzad reconheceu que teve um caso quando era casada. Segundo a revista The Paris Review, embora os homens pudessem ter quantos casos quisessem, uma mulher iraniana adúltera estava colocando sua vida em risco. A poetisa não foi morta, mas, quando se divorciou do marido, perdeu a guarda do filho.

Forugh Farrokhzad escreveu muito e dirigiu um documentário, mas morreu precocemente em um acidente de carro quando tinha apenas 32 anos.

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