Estilo de vida
25/06/2023 às 10:00•2 min de leitura
A evasão escolar segue sendo um grande desafio para a sociedade brasileira. Dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica mostram que nosso país ainda tem dificuldade para incentivar que crianças e jovens concluam os ensinos fundamental e médio.
O estudo aponta que essa evasão está ligada, principalmente, às dificuldades que o estudante lida em sua rotina: 96,7% dos jovens brasileiros de 16 anos que vivem nos domicílios mais ricos do país concluíram o ensino fundamental, enquanto nos domicílios mais pobres esse percentual cai para 78,2%.
Quando colocado o recorte racial, 77,5% dos jovens pretos concluíram o ensino fundamental, enquanto o percentual de conclusão entre os jovens brancos foi de 87,3%. Ainda assim, existem boas notícias sobre o acesso à educação pública. Entre os anos de 2012 e 2020, o percentual de alunos matriculados nas escolas se manteve superior a 98%.
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Então, a grande maioria de crianças e adolescentes chegaram a ingressar na escola, mas, por alguma razão, uma porcentagem significativa dos alunos precisou abandonar os estudos. Por quê?
(Fonte: Getty Images)
O mesmo levantamento também mostra que o número de alunos matriculados no Ensino Médio foi de 75,4% em 2020. Na época em que o estudo foi feito, 77,5% dos jovens que viviam nos centros urbanos estavam matriculados no Ensino Médio — contra apenas 65,1% dos jovens que viviam nas áreas rurais.
Existem muitos motivos que levam os estudantes a abandonarem as escolas, sendo a necessidade de trabalhar um dos principais. Um estudo da Unicef concluiu que 48% dos estudantes entrevistados, que haviam abandonado a escola, o fizeram pela necessidade de ajudar na renda familiar.
Outra razão é a dificuldade no caminha à escola, comum para aqueles que moram longe dos centros urbanos. A pandemia de Covid-19 também prejudicou muito o acesso à educação, uma vez que muitos estudantes não conseguiram estudar remotamente e acabaram abandonando a escola definitivamente.
(Fonte: Getty Images)
O número de estudantes que não vai à escola também tem crescido nos Estados Unidos. Um estudo publicado pela Revista de Psicologia Escolar explicou que 16% dos estudantes estadunidenses – mais de 7 milhões de alunos – eram considerados “cronicamente ausentes da escola”.
Para esse estudo, é considerado “cronicamente ausente” o jovem que não está presente em mais de 8% do ano letivo. O estudo concluiu que esses estudantes têm mais dificuldade em leitura, lidam com efeitos negativos em suas saúde física e mental, e podem lidar com excesso de drogas e álcool na vida adulta.