Tommy Thompson: 5 anos preso por esconder o paradeiro do tesouro

25/12/2020 às 09:002 min de leitura

Contratado para recuperar o ouro que se perdeu no naufrágio de um navio no século XIX, o ex-caçador de tesouros Tommy Thompson completa cinco anos de prisão neste mês de dezembro. Ele foi detido após se recusar a revelar o paradeiro das moedas recuperadas na expedição.

O caso começou em 1988, quando investidores pagaram o pesquisador para encontrar a fortuna do navio SS Central America. A embarcação partiu do porto do Panamá em 3 de setembro de 1857, carregando uma quantidade de ouro cujo valor atualizado é de US$ 550 milhões, equivalente a R$ 2,8 bilhões.

Ao passar por um furacão na costa da Carolina do Sul, oito dias depois, o “Navio do Ouro” naufragou, matando 425 pessoas. Desde então, iniciou-se uma verdadeira caça ao tesouro no fundo do mar.

SS Central America. (Fonte: Wikimedia Commons)
SS Central America. (Fonte: Wikimedia Commons)

Thompson é uma das pessoas que foram até lá e teria recuperado o equivalente a US$ 4 milhões em moedas e barras de ouro, mas nunca as entregou aos seus contratantes. Com isso, ele foi processado.

A prisão

Em 2012, a justiça americana mandou prendê-lo após o não comparecimento a uma audiência para revelar o paradeiro das moedas. Ele então fugiu e viveu escondido por três anos, até ser capturado em 2015.

O engenheiro foi condenado a dois anos de prisão e multado em US$ 250 mil. Porém, a sentença foi suspensa devido a um acordo, no qual a pena seria reduzida se ele fornecesse informações sobre a localização da fortuna.

Tommy Thompson na época da prisão. (Fonte: All Thats Interesting/Reprodução)
(Fonte: All Thats Interesting/Reprodução)

O preso não cumpriu o acordo e foi novamente condenado, em dezembro de 2015, agora por desacato ao tribunal. O juiz ordenou que ele ficasse na cadeia até responder às perguntas, devendo pagar uma multa diária de US$ 1 mil.

Problema de memória

Em outubro, o ex-caçador alegou sofrer de uma síndrome de fadiga crônica que resulta em problemas de memória de curto prazo. Por isso, não se lembra do paradeiro do tesouro, mas a justificativa não convenceu o juiz.

Assim, já se passaram 1,7 mil dias sem qualquer pista dada por ele e US$ 1,8 milhão em multas acumuladas. Enquanto isso, sua defesa argumenta que a pena por desacato, de 18 meses, já foi cumprida e ele deve ser libertado.

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