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Thomas Cook: o 'pai' do turismo internacional

01/08/2021 às 06:002 min de leitura

No começo de 1869, o Egito recebeu uma turba de estrangeiros, desde repórteres e agentes de navegação que queriam acompanhar a abertura do Canal de Suez, até arqueólogos ávidos para mergulharem no passado faraônico no país. Além deles, havia também os missionários e os mercenários.

Mas na madrugada de 4 de fevereiro, após três dias no mar navegando em direção à Alexandria, desembarcou um grupo de 28 britânicos de aparência comum, disputados apenas pelos carregadores de malas do porto.

Apesar de o local estar acostumado com pessoas diferentes, o que diferenciava aquele grupo é que eles só estavam ali por causa de um homem chamado Thomas Cook, dono de uma empresa que em breve remodelaria as viagens internacionais. Aqueles eram os seus primeiros clientes, e também os primeiros turistas modernos da História.

O visionário

(Fonte: Manchester Evening News/Reprodução)(Fonte: Manchester Evening News/Reprodução)

Por muito tempo as viagens eram privilégios dos ricos, que chegavam a passar meses flutuando em navios sem pressa de voltar para casa. Com a Revolução Industrial no final do século XVIII, na Inglaterra e depois em grande parte do resto da Europa Ocidental e dos Estados Unidos, originou-se a classe média que tinha um pouco mais de dinheiro do que os pobres e poderia gastá-lo com algumas regalias.

Com poucos recursos financeiros, essa classe poderia ter passado as férias perto de sua casa se não fosse pelo marceneiro Thomas Cook e sua mente ambiciosa e visionária, que agiu rapidamente ao perceber essa movimentação no mercado e a lacuna nos meios que possibilitassem levar essas pessoas para os lugares que desejavam.

O desenvolvimento da primeira rede ferroviária do mundo fez Cook começar seu negócio providenciando curtas viagens gratuitas ou com desconto para essas pessoas, antes de organizar itinerários mais longos a partir de 1850.

(Fonte: Teller Report/Reprodução)(Fonte: Teller Report/Reprodução)

Em 1855, ele já se aventurava com seus clientes indo para a Suíça e França pelo Canal da Mancha. Com o final da Guerra Civil Americana, o homem liderou uma excursão através do Atlântico até Nova York.

Cook garantia descontos aos seus clientes, que recebiam o benefício de pagarem pela viagem uma só vez e poderem desfrutar de translado, estadia e refeições. As expedições de Cook impulsionaram a profissão dos guias turísticos, e sua presença considerada moralmente honesta incentivou que mulheres viajassem mais sozinhas.

Na década de 1880, com a entrada dos americanos e alemães para o turismo, Cook se manteve à frente ao construir uma frota de navios a vapor de última geração para seus clientes, permanecendo como a melhor empresa de turismo no Egito.

Após sua morte, em 1892, a empresa de Thomas Cook resistiu até 1929, antes de a Grande Depressão paralisar a indústria do turismo por vários anos. O seu legado como o precursor do turismo é interminável.

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