Frustração de mãe: o lado da gravidez que poucos enxergam

24/08/2021 às 11:002 min de leitura

A entrevista da apresentadora Titi Müller para a revista TPM deixou alguns internautas de boca aberta durante a última semana. Ao comentar sua separação de Tomás Bertoni, guitarrista da banda Scalene, a ex-VJ da MTV Brasil falou a respeito das dificuldades que teve de ser mãe pela primeira vez durante a pandemia.

Assim como Müller, muitas mulheres engravidam ouvindo de outras que esse é um momento perfeito, onde tudo no mundo parece se encontrar e a felicidade é infinita. Porém, a realidade não é bem assim. Em determinadas circunstâncias, ser mãe pode parecer até mesmo um fardo — e isso não necessariamente significa amar menos o bebê que saiu de dentro de você. 

O lado B de ser mãe

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

"O tempo passa muito depressa, você precisa aproveitar cada instante de ser mãe", essa é uma frase que a maioria das mulheres grávidas escutarão pelo menos uma vez na vida. Na prática, por outro lado, essa frase não é inteiramente verdade. Ser mãe também é, por muitas vezes, abdicar de coisas que gosta ou deixar o trabalho de lado por um momento.

Durante esse período, muitas mães se sentem culpadas quando não colocam seus filhos em completa prioridade. Pensar em si vira sinônimo de egoísmo. Em casos semelhantes ao de Müller, que teve que parir em meio ao isolamento social, não existe espaço para a família respirar, e os casais perdem completamente a privacidade.

Para quem gosta de curtir a noitada, as noites de bebedeira e cigarros são veementemente proibidas durante a gravidez e se tornam escassas depois dela. Ser mãe se torna uma responsabilidade de 24 horas por dia e pode ser extremamente fatigante — uma visão que pouco se é falado para quem está para ter um filho.

Diálogo aberto

(Fonte: Pixabay)(Fonte: Pixabay)

É comum que as mamães de primeira viagem busquem conselhos sobre o que é ser mãe. O problema, entretanto, está na visão romantizada das coisas. É importante que as mulheres discutam entre si sobre cada detalhe do que mudará em suas vidas e sobre como nem tudo será um "mar de rosa" para todas.

Segundo um estudo feito pela pesquisadora Mariza Theme, da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp/Fiocruz), mais de 25% das mães no Brasil sofrem de depressão pós-parto entre 6 e 18 meses depois do nascimento da criança. E um dos motivos para essa "epidemia" pode estar justamente relacionado à falta de diálogo.

Quando o assunto é gravidez, é preciso compreender que existirão diversas frustrações e que muitos dias ruins podem aparecer. Além disso, não há problema nenhum em se sentir mal durante esse processo, pois esses são sentimentos humanos e validados pelos acontecimentos do cotidiano.

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