Como a economia global influencia na altura dos saltos altos?

02/07/2022 às 07:002 min de leitura

A moda feminina é um mercado muito lucrativo no mundo inteiro, desde batons até as calças jeans, além de ser recorrentemente visto como um segmento que traz indicadores econômicos de um país. No entanto, há quem acredita que o índice mais confiável de todos é a altura do salto alto usado pelas mulheres.

Um novo estudo produzido por pesquisadores da IBM analisou dados de diversos sites e mídias sociais para descobrir que a tendência mais recente entre as mulheres têm sido o uso de sapatos baixos e os chamados kitten heels — o que seria um sinal de que a economia global está se recuperando aos poucos. Entenda mais nos próximos parágrafos!

A economia dos saltos

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

De acordo com o levantamento feito pelos pesquisadores, a altura média dos saltos das mulheres atingiu um pico de 17 centímetros durante a crise econômica que devastou os Estados Unidos em 2009. Em 2011, segundo os dados obtidos por blogs e postagens nas redes sociais, esse número caiu para cerca de 6 centímetros.

Em declaração à imprensa, o especialista em produtos de consumo da Unidade de Serviços Globais da IBM, Trevor Davis, argumentou sobre como os sapatos de salto alto podem ser usados como um índice revolucionador. "Normalmente, em uma crise econômica, os saltos sobem e permanecem altos — à medida que os consumidores se voltam para uma moda mais extravagante como meio de fantasia e fuga", afirmou.

Ao mesmo tempo, os estudiosos destacaram que existem outras explicações possíveis para a queda da altura dos saltos ao decorrer dos anos. Por exemplo, as mulheres poderiam ter simplesmente abandonado esse tipo de calçado em favor de um estilo de caminhada com menos dor no pé. De toda forma, a possibilidade dos saltos baixos indicarem uma crescente econômica ainda está aberta e bastante viva.

Mudanças históricas

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Para Davis, existem claros sinais de que o que está acontecendo no momento não é algo aleatório. "É possível que um planejamento mais austero esteja evoluindo entre as consumidoras, o que desperta o desejo de reduzir a ostentação em ambientes cotidianos", disse o pesquisador em seu relatório.

Por mais doido que todos esses números possam soar, essa não seria a primeira vez que a moda feminina estaria sendo apontada como um indicador econômico. Na teoria cunhada por George Taylor, professor da Wharton Business School, as bainhas das saias das mulheres subiu consideravelmente na década de 1920, mas voltaram a cair durante a "Grande Depressão".

Assim como os saltos altos, saias mais curtas serviam para que as mulheres pudessem exibir suas meias de seda de alto investimento, indicando um bom tempo econômico. Por sua vez, as bainhas longas eram mais preferíveis para cobrir as pernas sem qualquer outro tipo de adereço durante o período de recessão.

Sinais para o futuro

(Fonte: Shutterstock)(Fonte: Shutterstock)

Mesmo que diversos segmentos da moda feminina sejam objeto de interesse por economistas, muitos têm em mente que nada pode ser mais relevante do que o mercado de batom. Após os atentados terroristas no dia 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos, o empresário Leonard Laurder, presidente das empresas Estee Lauder, afirmou que as vendas do produto subiram.

Em matéria publicada pelo The New York Times, Lauder disse que produtos mais baratos, como o batom, são alvo de desejo das mulheres quando elas se sentem menos confortáveis em relação ao futuro. Nesse sentido, os números contradiriam a hipótese da IBM.

O estudo feito pelo NDP Group mostrou que as vendas de batons nos EUA aumentaram 14% entre 2010 e 2011. Então, o que esperar para o futuro? Ao que parece, apenas o tempo dirá. 

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