Os 4 piores desastres da história da mineração

15/12/2022 às 02:003 min de leitura

A mineração está no DNA da raça humana e faz sentido que seja considerada uma das profissões mais antigas do mundo, simplesmente porque está associada à natureza da exploração – em todos os aspectos, inclusive.

A Mina Ngwenya, em Essuatíni, um depósito de carvão no sul da África, é a mina mais antiga conhecida, com cerca de 43 mil anos. Tão antiga é a profissão de mineiro quanto seus acidentes que, provavelmente, foram muito mais fatais nos primórdios da humanidade, quanto ainda pode ser agora, apesar de toda a tecnologia.

O grande problema é que as minas do século XIX ainda são exploradas por muitas pessoas, até mesmo clandestinamente, facilitando desmoronamentos, incêndios e intoxicação por gases nocivos.

Estes são os 5 piores desastres de mineração do mundo.

1. Los Cedros (1937)

(Fonte: In These Times/Reprodução)(Fonte: In These Times/Reprodução)

Em meados de 1937, a mina de ouro Los Cedros, localizada em Michoacán, região central do México, cedeu após o rompimento de uma barragem de rejeitos devido às chuvas fortes, liberando 16 toneladas de metros cúbicos de resíduos, que inundaram tudo o que viu pela frente a uma velocidade de 25 metros por segundo.

Apesar do alerta de que um desastre era iminente nos dias anteriores ao rompimento da barragem, a mineradora não tomou nenhuma providência para evitar o pior, como impedir que os mineiros trabalhassem. Além disso, as autoridades também não se deram ao trabalho de evacuar ninguém que morava na zona de perigo.

Muito embora a mídia indique mais de 500 mortos na mina, os relatórios oficiais foram subnotificados e abafados pela mineradora responsável pela Los Cedros. E o mesmo fez o governo, em uma tentativa de minimizar o acontecimento.

2. Chasnala (1975)

(Fonte: Wikiwand/Reprodução)(Fonte: Wikiwand/Reprodução)

Em vários lugares do mundo, o carvão ainda é um produto muito usado como fonte de eletricidade, ainda que países como os Estados Unidos tenham gradualmente eliminado o material.

A Revolução Industrial de 1800, que prosperou como a era da mineração e do carvão, testemunhou episódios horrendos envolvendo acidentes, de queimaduras a doenças congênitas em função da alta exposição ao produto. Ainda os perigos envolvendo essa indústria são mantidos em silêncio.

Um bom exemplo disso foi o que aconteceu na Mina Chasnala, em 1975, próximo da cidade de Dhanbad, na Índia, quando uma parede de carvão de 24 metros de altura, a única coisa que separava a mina ativa de uma inundada, desabou, liberando 1.350 mil metros cúbicos de água.

As 375 pessoas não foram mortas por afogamento, mas pulverizadas devido à quentura. Os relatórios indicam que os únicos corpos que puderam ser identificados foram daqueles que ainda carregavam suas lanternas de trabalho ou itens pessoais.

Mais uma vez, como relatado pela empresa de mídia indiana TFI Post, tanto o governo quanto a mineradora responsável descartaram o alerta de segurança sobre os perigos que a mina oferecia.

3. Monopal (1946)

(Fonte: FTM/Reprodução)(Fonte: FTM/Reprodução)

Era 1946, e os operários da Mina de Monopal, perto da cidade alemã de Kamen, no Ruhr, estavam a cerca de 900 metros de profundidade no momento da explosão – resultado de uma faísca que desencadeou uma reação ao longo do segundo nível da mina, enviando um jato de fogo para fora do terceiro poço. A explosão foi tão forte que destruiu estruturas até mesmo acima do solo.

A mina não seguia nenhum tipo de protocolo de segurança, visando economia de custos, deixando os trabalhadores sem equipamentos básicos de proteção, bem como não realizavam a manutenção dos túneis, tão empoeirados com metano que os tornavam uma espécie de dinamite.

Ao todo, 466 homens ficaram presos nos confins da mina, dos quais apenas 64 conseguiram escapar com vida, e 18 cadáveres recuperados. Os outros nunca mais foram encontrados. Onze sobreviventes foram localizados um dia após o desastre, porém os socorristas levaram 3 dias para alcançá-los, causando a morte de 3 deles até lá.

4. Benxihu (1942)

(Fonte: 911 Metallurgist/Reprodução)(Fonte: 911 Metallurgist/Reprodução)

Estabelecida em Benxi, na China, a mina Benxihu Colliery foi um projeto de mineração de ferro e carvão criado e controlado pelo Japão e a China, apesar de os japoneses terem sido os responsáveis por operá-la na maior parte do tempo.

Em 1942, em plena Segunda Guerra Mundial, a explosão de Benxihu a colocou no mapa como o maior desastre da história da mineração. Tudo aconteceu em abril daquele ano, depois que um incêndio começou e a administração da mina tentou selar a área para privar o fogo de oxigênio.

Entretanto, foi feito isso sem evacuar as 1.549 pessoas do local, erro fruto da má organização e descaso sistemático com os mineiros. O resultado foi a morte por sufocamento desses trabalhadores, envenenados por monóxido de carbono.

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