Saúde/bem-estar
17/01/2023 às 13:00•2 min de leitura
A ampliação das áreas caminháveis nas cidades, sobretudo nos grandes centros, tem o potencial de modificar a percepção do público ao acerca de um determinado local, estimulando uma forma mais ativa de deslocamento.
Os benefícios decorrentes desse esforço têm sido objeto de estudo há décadas, a exemplo do percebido em São Francisco, que devido aos esforços do governo local, implantou modelos de parklets nas áreas destinadas aos estacionamentos.
Tal medida, que ampliou a área das calçadas que pode ser utilizada pela população, também tem em outros modelos adotados em diversas localidades uma forma efetiva de mudar a configuração da paisagem urbana. Confira, agora, 4 cidades que apostaram na conversão das ruas em áreas caminháveis:
Após o primeiro ano, o aumento no volume de pedestres nas ruas foi de 35%. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Na busca por reduzir o fluxo de veículos, a cidade de Copenhague, na Dinamarca, apostou na mudança. A partir disso, as ruas do centro, então, passaram a ser dominadas por pedestres, o que acabou por se configurar também como um maior incentivo ao uso de bicicletas.
O projeto, idealizado na década de 1960, deu tão certo que foi ampliado dentro do próprio país e se tornou referência global, passando a ser adotado em outras cidades ao redor do mundo.
A mudança promove uma maior sensação de segurança entre os transeuntes. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
Istambul, uma das maiores cidade da Turquia, em busca de reduzir as emissões de poluentes, também inovou nos anos 1980. Com isso, a Avenida Istiklal, que possui 1,4 km de extensão e 15 metros de largura, se transformou num novo espaço, trazendo a população para mais perto de prédios históricos da cidade e também do comércio. O local, hoje, é um dos mais populares, atraindo turistas.
Visão da cidade de Guangzhou, na China. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
A China é destaque na busca de soluções para problemas enfrentados, e isso não seria possível sem a implementação de projetos cuidadosamente executados ao longo das últimas décadas. E na cidade de Guangzhou, a mudança ocorrida numa importante área comercial trouxe a proibição do fluxo de veículos.
Para promover uma redução mais acentuada no uso de automóveis, os estacionamentos também estão dispostos numa menor quantidade no entorno dessas áreas caminháveis.
https://www.shutterstock.com/pt/image-photo/londrina-pr-brazil-december-12-2018-1270349233
O calçadão de Londrina é um dos pontos turísticos da cidade. (Fonte: Shutterstock/Reprodução)
No Brasil, o estímulo às áreas caminháveis é uma realidade, como percebido em pontos da cidade de São Paulo (SP), Juiz de Fora (MG) e também no estado do Paraná. Assim como Curitiba, capital do estado, Londrina possui o seu próprio calçadão, implantado nos anos 1970.
Ou seja, por mais que se trate de uma mudança que tem sido adotada há décadas, ela não se manteve restrita a uma única região e ainda hoje apresenta um papel de destaque, sendo uma escolha priorizada no processo de desenvolvimento das cidades do futuro, que buscam aliar a sustentabilidade e estimular a adoção de formas mais ativas de se locomover pelas ruas.