6 coisas que você deve saber sobre a ecossexualidade

Recentemente, o ator Sérgio Marone ganhou destaque na internet após afirmar que se define como "ecossexual". Mas, o que é isso? A ecossexualidade leva a expressão "voltar às raízes da natureza" a sério, como um conceito que celebra e incentiva as pessoas a se conectarem de maneira íntima com os elementos, tanto em relacionamentos sexuais quanto não sexuais.

Com o futuro do nosso meio ambiente cada vez mais ameaçado, os ecossexuais nos convidam a dar uma boa olhada na relação com o mundo ao nosso redor. Dados de pesquisa mostram que o interesse das pessoas em descobrir mais sobre essa identidade sexual tem aumentado significativamente. Então, aqui estão seis coisas que todos precisam saber sobre a ecossexualidade!

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1. A ecossexualidade envolve fazer sexo com a terra

(Fonte: Ian Sinclair/Loren Kronemyer/Pony Express/Reprodução)

A essência da ecossexualidade é dar um carinho especial para a terra — seja lá como for. Segundo o manifesto ecossexual oficial escrito pelas pioneiras no assunto, Elizabeth Stephens e Annie Sprinkle, isso envolve uma série de coisas. Ele diz o seguinte:

"Sem vergonha, abraçamos árvores, massageamos a terra com os pés e até flertamos com as plantas. Somos adeptos do nudismo, adoramos o sol e adoramos contemplar as estrelas. Acariciamos pedras, sentimos prazer em quedas d'água e admiramos as curvas do nosso planeta. Fazemos amor com a Terra através dos nossos sentidos. Celebramos nossos pontos sensíveis e bem, adoramos uma sujeirinha."

Intenso, não? 

2. A premissa principal é ver a natureza como uma amante e não como "mãe"

(Fonte: Ian Sinclair/Loren Kronemyer/Pony Express/Reprodução)

Num mundo em que precisamos mais do que nunca de compaixão, os ecossexuais acreditam que tratar a natureza como se fosse a nossa mãe — alguém que aguenta nossas palhaçadas por amor, por exemplo — não é a melhor abordagem.

"Você pode dar trabalho para sua mãe e ela vai te aguentar, mas com um crush é preciso equilíbrio, é preciso troca, e é exatamente isso que o planeta precisa agora, segundo os ecossexuais", conta Sprinkle, em entrevista ao The Guardian.

3. A ecossexualidade é uma nova abordagem para combater as mudanças climáticas

(Fonte: Ian Sinclair/Loren Kronemyer/Pony Express/Reprodução)

Ao encarar a Terra como uma parceira íntima, os ecossexuais têm a esperança de que isso os motive a lutar contra as mudanças climáticas e proteger o meio ambiente, afinal, estaremos mais comprometidos em preservá-lo.

Em entrevista à Teen Vogue, Sprinkles explicou: "A ecossexualidade transforma a Terra numa questão sexual urgente. Em vez de tratarmos a Terra como uma mãe que nos acolhe, passamos a vê-la como uma amante — no mesmo nível que nós — colocando a responsabilidade em nossas mãos para manter o relacionamento em equilíbrio." É uma verdadeira revolução!

4. Ela é uma identidade sexual como qualquer outra

(Fonte: Getty Images)

A ecossexualidade não é só um passatempo. Segundo o manifesto, ela é uma identidade tão importante quanto ser gay ou bissexual. "Para alguns, ser ecossexual é a identidade principal, enquanto para outros não. Ecossexuais podem ser LGBTQIA+, héteros e de várias outras formas. A gente convida e incentiva os ecossexuais a se assumirem. Estamos por toda parte".

Para Sprinkles, os ativistas desta identidade são flexíveis e amantes do pólen. 

5. Ecossexuais podem ter relacionamentos de longo prazo com os elementos

(Fonte: Ian Sinclair/Loren Kronemyer/Pony Express/Reprodução)

A ecossexualidade não se resume só a ter relações com a Terra, embora isso também aconteça bastante. Eles podem casar com o sol, a lua, a terra ou as estrelas. E isso, de fato, já ocorreu! Sprinkle e Stephens se casaram com a terra numa cerimônia chamada "Casamento com o Solo" em 2014. É um amor que vai além das fronteiras terrenas.

6. Os ecossexuais usam camisinhas nos dedos para o sexo com as flores

(Fonte: Ian Sinclair/Loren Kronemyer/Pony Express/Reprodução)

Segundo portais de notícias da Austrália, quando o banho ecossexual — um ambiente com seis cômodos preparados com atrações especiais — foi lançado na cidade de Melbourne, os praticantes utilizaram camisinhas bem pequenas nos dedos. 

Isso aconteceu porque, para os ecossexuais, a contracepção também é uma parte importante da prática. As pessoas têm que deslizar uma camisinha nos dedos antes de acariciar as flores para não interferir na polinização. Um cuidado muito especial com a flora, não é mesmo?