3 ocasiões em que os tronos reais foram comandados por subordinados

22/07/2023 às 10:003 min de leitura

Na maioria das vezes, a história reserva seu espaço para os grandes nobres e líderes. Só que, em vários momentos, o poder de fato foi exercido por subordinados que não estavam sentados no trono real.

Neste texto, compartilhamos três casos em que alguém ou algum grupo que estava por trás de grandes líderes foram mais influentes do que eles próprios!

1. Os mercenários que roubaram o poder dos califas abássidas

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O Califado Abássida foi o terceiro califado islâmico. Governado pela dinastia Abássida de califas, que eram os líderes do mundo muçulmano, seu poder começou a desmoronar quando eles contrataram mercenários turcos e acabaram perdendo o controle.

A queda começou quando Al-Mu'tasim criou um exército privado formado por mercenários e escravos turcos. Só que esses "contratados" se envolveram em muitos roubos, o que os tornaram impopulares entre a população. Para resolver isso, Al-Mu'tasim mudou sua capital de Bagdá para uma nova cidade, Samarra, em 835.

Só que a estratégia não deu certo. O problema chegou ao ápice com a "Anarquia em Samarra”. A guarda matou o califa Al-Mutawakkil e o substituiu por Al-Muntasir, seu irmão. Em seguida, os turcos também o assassinaram. Subiu então ao poder Al-Musta'in, que também foi morto por mercenários. E assim, vários califas que o sucederam foram sendo dizimados.

Por fim, toda a confusão só terminou quando subiu ao poder um califa que aceitou ter um papel de fantoche, enquanto os mercenários eram os que realmente mandavam. O Califado Abássida finalmente chegou ao fim em 1258, quando mongóis saquearam Badgá e mataram o último califa.

2. Os guarda-costas que lideraram no Império Romano

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

Quando subiu ao poder, o imperador romano Augusto criou uma unidade especial chamada Guarda Pretoriana. Ela operava como uma mistura de guarda-costas, polícia militar e executores reais. Após a morte do imperador, em 14 d.C., esses guardas notaram que tinham algumas vantagens por estarem bem próximos ao poder.

Para se ter uma ideia dos seus estragos, eles conspiraram e assassinaram o imperador Calígula e o cortaram em pedaços. Em seguida, os pretorianos saquearam o palácio imperial e encontraram Cláudio, tio de Calígula, atrás de uma cortina. Cláudio, que tinha problemas mentais, implorou por sua vida, e os guardas o declararam imperador – e ganharam um bônus equivalente a cinco anos de salário em seguida.

Isso estabeleceu um precedente e todos os imperadores seguintes tinham que pagar esse valor. E assim os pretorianos foram adquirindo cada vez mais poder, fazendo conspirações e cometendo atos ousados. Eles chegaram, por exemplo, a leiloar o trono do imperador – e quem ganhou o poder foi Dídio Juliano, um senador que logo sofreu uma conspiração popular e foi deposto.

3. O "Kingmaker" da Inglaterra

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

O nobre Richard Neville, o 16º Conde de Warwick, foi um dos principais intervenientes na Guerra das Rosas, uma série de lutas pelo trono da Inglaterra. Ele foi um comandante militar que se dividiu entre as casas de Iorque e de Lancaster, mas seu papel na expulsão dos dois reis lhe deu um apelido curioso: "Warwick the Kingmaker" (ou seja, alguém com poder de nomear reis).

Tudo começou quando o duque de York, Richard, tentou tomar o poder do rei Henrique VI, seu primo, e foi apoiado por Richard Neville. Só que, no conflito, o duque e o pai de Neville foram mortos. A luta passou para a próxima geração, e o Conde de Warwick atuou ao lado de Edward, filho do duque de York, derrotando os Lancaster.

Henrique VI foi deposto e Edward foi coroado. O novo rei era ótimo no comando militar, mas tinha pouco interesse em governar, então o Conde de Warwick se tornou a verdadeira fonte de poder por trás do trono. As coisas só começaram a azedar quando Edward se casou com uma plebeia, o que arruinou as negociações de Warwick de uma aliança entre França e Inglaterra, que seria selado com um casamento do rei com uma princesa francesa.

Os conflitos chegaram ao ápice quando Warwick, com a ajuda do irmão do rei, o duque de Clarence, depôs Edward. Isso levou à volta ao poder da casa Lancaster, com Henrique VI assumindo o trono. Só que durou pouco tempo: Edward organizou uma rebelião, uniu-se com o seu irmão (que traiu o conde) e voltou para a Inglaterra. Tudo isso culminou na Batalha de Barnet, em 1471, em que o Conde de Warwick foi morto.

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