Na Era Medieval, problemas conjugais eram resolvidos com duelos

20/08/2023 às 04:002 min de leitura

Se você já ouviu falar que o diálogo é a chave para toda boa relação, essa não era a visão que nossos antepassados tinham sobre relacionamentos. Nos séculos anteriores, não era incomum que casais infelizes saíssem no tapa como uma espécie de terapia de casal. Na Idade Média, inclusive, quando marido e mulher queriam se separar, eles podiam até mesmo entrar em um julgamento por combate.

Contudo, essa era uma medida tão drástica que muitas vezes podia culminar em resultados mortais. Ilustrações de casais envolvidos em combates até a morte são até mesmo populares entre os séculos XV e XVI — o que prova que ser solteiro talvez fosse mais fácil naquele tempo. Conheça mais sobre essas batalhas sangrentas nos próximos parágrafos!

Término brutal

(Fonte: Wikimedia Commons)(Fonte: Wikimedia Commons)

A expressão ultrapassada dizendo que "em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher" muito provavelmente foi fundamentada na forma como os medievais lidavam com seus relacionamentos. Desenhos feitos na região da Baviera mostram um homem situado em um buraco, com o corpo exposto da cintura para cima, e armado com um bastão. 

Enquanto isso, sua mulher vestia uma espécie de macacão e utilizada uma pedra de 3 kg enrolada em um pano como arma de combate. O fato dos homens ficarem dentro de buracos, e por vezes amarrados, presumivelmente servia para prejudicar qualquer vantagem física ou de força que eles tivesses sobre o sexo feminino nesse tipo de combate.

Conforme as regras do duelo, os homens eram também impedidos de tocar a borda do fosso — o que automaticamente causaria desclassificação. Em geral, todos os aspectos dessa batalha eram bastante sangrentos e inevitavelmente resultariam em morte, o que só mostra o quanto esses casais estavam dispostos a entregar para viverem divorciados

Estratégias de luta

(Fonte: Det Kongelige Bibliotek/Wikimedia Commons/Reprodução)(Fonte: Det Kongelige Bibliotek/Wikimedia Commons/Reprodução)

Durante esse tipo de julgamento por combate, existiam algumas técnicas bastante utilizadas para se sair vitorioso do confronto. Ilustrações exibidas no manuscrito Fechtbuch (1467), também chamado de Livro da Esgrima, do autor alemão Hans Talhoffer, mostram que inúmeras técnicas foram construídas ao longo dos anos para ambos os sexos utilizarem.

Em uma das imagens, é possível ver uma das mulheres usando o seu instrumento de batalha não para golpear o ex-marido com a pesada pedra que carregava, mas fazendo o uso do pano que a enrolava para sufocar seu "adversário". Os homens, por sua vez, poderiam tentar segurar a arma inimiga para arrastar sua noiva para dentro do buraco, abrindo brecha para um golpe final certeiro.

Porém, embora os desenhos tenham sido publicados por volta de 1400 d.C., acredita-se que essas práticas eram mais usadas alguns anos antes disso. Inclusive, o primeiro registro histórico que se tem de um julgamento por combate entre marido e mulher foi relatado em 1228, na cidade de Berna, na Suíça.

Nessa situação, a noiva estava armada com três pedras e aparentemente conseguiu sair vitoriosa do conflito ao matar brutalmente seu parceiro. Ainda bem que o sistema de justiça evoluiu, não é mesmo? 

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