10 dos eventos naturais que mais provocaram mortes nos últimos tempos

16/11/2016 às 12:284 min de leitura

1 – O incêndio de Kursha-2

Ano: 1936

Número de mortos: 1,2 mil

Essa cruz marca o local onde as vítimas do incêndio foram sepultadas

É bastante raro que os incêndios naturais provoquem muitas vítimas fatais, já que normalmente a maioria das pessoas tem tempo suficiente de escapar das chamas. No entanto, não foi isso o que aconteceu em 1936, quando um desses eventos atingiu a comunidade industrial de Kursha-2, situada na — então — União Soviética.

A localidade estava focada na extração de madeira, e havia apenas uma linha de trem que conectava a comunidade à cidade de Tumskaya — lugar onde a madeira obtida era processada. Então, o incêndio teve início e, quando as chamas começaram a se aproximar de Kursha-2, em vez de a população ser embarcada nos vagões e evacuada o mais depressa possível, os administradores decidiram carregar o trem com as toras antes.

Só depois de toda a madeira ser carregada é que as pessoas puderam entrar nos vagões, o que atrasou a saída do comboio fatalmente. O fogo chegou antes que todos pudessem escapar e, como resultado, de todos os passageiros do trem, apenas 20 conseguiram sobreviver. Cerca de 1,2 mil pessoas pereceram no incêndio e foram enterradas em uma vala comum — que se encontra próxima às ruínas de Kursha-2.

2 – O tornado de Daulatpur-Saturia

Ano: 1989

Número de mortos: 1,3 mil

O tornado deixou milhares de feridos e desabrigados, além de provocar a morte de mais de mil pessoas

Conhecido como o tornado mais mortal de que se tem notícia, ele atingiu as cidades de Daulatpur e Saturia em Bangladesh em abril de 1989. O tornado provocou a destruição de uma área de seis quilômetros quadrados, e deixou 80 mil desabrigados, 12 mil feridos e 1,3 mil mortos.

3 – As tempestades de neve do Irã

Ano: 1972

Número de mortos: 4 mil

Milhares de pessoas foram encontradas congeladas sob a neve

No inverno de 1972, uma série de tempestades cobriram várias localidades rurais do Irã com mais de três metros de neve. A região sul do país foi a mais afetada, com alguns pontos contabilizando pouco menos de 8 metros de neve. Alguns vilarejos chegaram a ser completamente soterrados — matando todos os habitantes em pelo menos três deles, Kakkan, Kummar e Sheklab.

4 – A avalanche de Huascarán

Ano: 1970

Número de mortos: 20 mil

A avalanche foi simplesmente devastadora

Huascarán é uma montanha que faz parte dos Andes peruanos — e é a mais alta localizada na região tropical do planeta. No entanto, em 1970, um terremoto de magnitude 7,9 desestabilizou a face norte da Huascarán, provocando uma imensa avalanche que desceu montanha abaixo a quase 290 quilômetros por hora.

Composta por lama, fragmentos de rocha e gelo, a avalanche chegou a medir inacreditáveis 900 metros de largura e cerca de 1,6 quilômetro de comprimento. E quando finalmente atingiu a cidade de Yungay, aos pés da montanha, o monstruoso deslizamento carregava 80 milhões de metros cúbicos de material — e matou 20 mil pessoas.

5 – A erupção do Monte Pelée

Ano: 1902

Número de mortos: 30 mil

Nuvem piroclástica e onda de lava derreteram tudo em seu caminho

A erupção do Monte Pelée, vulcão localizado na Martinica, entrou para a História como uma das mais letais já registradas. Tudo aconteceu no dia 8 de maio de 1902, quando uma enorme nuvem piroclástica, acompanhada por uma onda de lava, desceu pela montanha e destruiu completamente a cidade de St. Pierre, situada em sua base.

De acordo com os registros históricos, durante cerca de duas semanas, diversos tremores foram percebidos no Monte Pelée — o que levou vários habitantes locais a descer a montanha e buscar refúgio em St. Pierre ou a abandonar a ilha. No entanto, logo após a erupção do vulcão, uma nuvem de cinzas com 300 °C atingiu a cidade, e em seguida veio a lava, com cerca de mil graus.

O material liberado pelo vulcão devastou St. Pierre em uma questão de minutos — derretendo residências e edifícios, e matando praticamente a população inteira. Os únicos sobreviventes foram um sapateiro que morava nos arredores da cidade e um criminoso que se encontrava preso em uma cela sem janelas e cujas paredes grossas o isolaram do “inferno” exterior.

6 – A onda de calor na Europa

Ano: 2003

Número de mortos: 70 mil

Onda de calor na Europe registrou a maiores temperaturas desde o ano de 1540

No ano de 2003, uma violenta onda de calor atingiu a Europa transformando o verão daquele ano no mais quente desde o século 16, com temperaturas recorde variando de 35,6 a 47,8 °C sendo registradas pelo continente. Como resultado, cerca de 70 mil pessoas — a maior parte delas idosos — não resistiram às altas temperaturas e acabaram falecendo.

O maior número de vítimas foi registrado na França (quase 15 mil), seguido pela Espanha (quase 13 mil), Portugal (perto de 2 mil), Reino Unido (2 mil) e Países Baixos (cerca de 1,5 mil), com as demais mortes acontecendo pelo restante do continente. O pior é que a onda de calor aconteceu em pleno agosto, mês em que os europeus costumam sair de férias — e, portanto, muitas das pessoas que trabalham com os serviços de emergência estavam viajando.

7 – O tsunami do Oceano Índico

Ano: 2004

Número de mortos: 230 mil

Ondas gigantes varreram países do Índico durante horas

O famoso tsunami do Oceano Índico aconteceu no dia 26 de dezembro de 2004, depois que um terremoto de magnitude estimada entre 9,1 e 9,3 registrado no litoral de Sumatra, na Indonésia, provocando a formação de ondas gigantes que, durante cerca de sete horas, varreram 14 países da região. Um total de 230 mil pessoas morreram em decorrência do desastre, sendo que 170 mil dessas mortes foram registradas só na Indonésia.

8 – O ciclone de Bhola

Ano: 1970

Número de mortos: entre 300 mil e meio milhão

Culpa do descaso?

O ciclone de Bhola foi um superciclone tropical que, em novembro de 1970, atingiu o Paquistão Oriental — território que hoje corresponde a Bangladesh — e Bengala Oriental, na Índia, provocando a morte de um número estimado entre 300 mil e meio milhão de pessoas.

O mais triste de tudo é que, quando o ciclone chegou ao continente, 90% da população já havia sido avisada que ele estava a caminho. No entanto, apesar do alerta sobre a iminente chegada da tempestade, ninguém fez nada para procurar abrigo — e algumas cidades registraram a perda de até 45% de sua população.

9 – O terremoto de Tangshan

Ano: 1976

Número de mortos: 650 mil

População foi pega completamente desprevenida

Registrado no dia 27 de julho de 1976, o terremoto de Tangshan, na China, alcançou a magnitude 7,8 e provocou a morte de um número estimado em 650 mil pessoas. O sismo aconteceu no meio da madrugada, o que significa que ele pegou todo mundo dormindo.

A maioria das vítimas morreu esmagada em suas camas, sob os escombros de suas casas, tanto no terremoto principal, como nas diversas réplicas que ocorreram ao longo de várias horas. Além disso, a cidade sofreu grandes danos — mais de 90% das casas e quase 80% dos edifícios industriais foram destruídos —, mas o governo chinês negou a ajuda oferecida pela ONU e reconstruiu tudo do zero.

10 – A grande inundação do Rio Amarelo

Ano: 1931

Número de mortos: entre 850 mil e 4 milhões

Pior desastre natural do século

Um dos piores desastres naturais de todos os tempos — e certamente o pior do último século — foram as enchentes que aconteceram na China em 1931. Elas ocorreram quando os rios Yangtze, Amarelo, Huai e Zu Jiang transbordaram e inundaram quase 90 mil quilômetros quadrados, além de cobrir parcialmente outros 21 mil quilômetros quadrados.

Milhares de pessoas morreram afogadas — nas águas que, em determinados pontos, ficaram mais de 15 metros acima do nível normal —, e outras tantas pereceram depois de problemas decorrentes das enchentes, entre eles a fome e doenças como a cólera.

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