Saúde/bem-estar
10/02/2015 às 06:52•3 min de leitura
Um bom professor de História consegue fazer com que salas repletas de crianças ou adolescentes fiquem em silêncio, afinal é ou não é fascinante aprender sobre questões que, de uma maneira ou de outra, acabaram moldando o mundo que conhecemos hoje?
Elementos como política, religião e cultura estão diretamente relacionados com muitos dos conteúdos que aprendemos em sala de aula – o que você talvez não saiba é que muitos eventos históricos foram moldados por pequenos erros humanos. O Cracked fez uma lista de fatos curiosos a respeito desse assunto. Confira:
A história que todo mundo conhece, inclusive graças ao filme, relata o naufrágio como consequência de uma colisão contra um iceberg. Há, no entanto, outra teoria bem interessante que explica por que o navio mais famoso de todos não viu o iceberg a tempo de desviar.
Alguns pesquisadores defendem a teoria de que uma pessoa estava encarregada de procurar por possíveis icebergs, mas acabou ficando sem acesso ao binóculo do navio. O funcionário em questão se chamava Fred Fleet, que foi um dos poucos trabalhadores do navio que sobreviveram.
Foi Fleet quem viu o iceberg pela primeira vez e, quando contou detalhes do acidente, disse que se tivesse acesso a um binóculo, possivelmente veria o iceberg antes, talvez tempo o suficiente para evitar a tragédia.
Você deve estar perguntando por que é que Fleet não recebeu um binóculo, e a resposta para isso é simples: o equipamento estava trancado em um armário e ninguém tinha a chave. Antes de o navio partir, a empresa que promoveu o cruzeiro fez algumas mudanças e acabou substituindo um dos comandantes do navio. A ideia foi colocar uma pessoa mais experiente à frente do cruzeiro, para evitar acidentes com icebergs.
No final das contas, o comandante demitido de última hora não percebeu que estava com as chaves do armário em seu bolso, e o Titanic partiu em direção a seu destino trágico. A chave ficou na família do comandante substituído e só se tornou conhecida em um leilão em 2012. O armário não foi arrombado, o binóculo não foi usado e o iceberg não foi visto quando ainda dava tempo de desviar. E aí, essa teoria faz sentido para você?
Para muitos, essa versão é considerada sensata e verdadeira. Tanto é assim que, em 2012, quando o acidente completou 100 anos, algum “engraçadinho” deixou um binóculo sobre o túmulo de Fleet.
A queda do Muro de Berlim, em 1989, foi um marco democrático não só para o país alemão, mas para o mundo todo. Você lembra o exato momento em que a queda do muro foi decretada? Independente de qual seja seu palpite, é provável que você não aposte que o muro foi derrubado por causa de um erro de discurso, certo?
Antes da queda, a Alemanha Oriental decidiu pegar leve com relação às restrições de viagem entre um lado do país e outro. O responsável por divulgar as boas novas foi o político Gunter Schabowski que, no dia 9 de novembro de 1989, data de queda do muro, segurava um documento que acreditava ser mais um discurso político pronto e, portanto, acabou não lendo o conteúdo.
No final das contas, o discurso era tão entediante que funcionou quase como um sonífero coletivo. Alguns jornalistas chegaram a entender a mensagem de maneira errada e acreditaram que Schabowski estava anunciando o fim permanente das restrições de viagem.
Quando foi questionado a respeito da data de início da medida, Schabowski, que não tinha lido o próprio discurso, não quis mostrar que não sabia qual era a data e respondeu: “imediatamente, imediatamente”. Foi o que bastou para que jornalistas do mundo todo divulgassem a notícia de que a Alemanha Oriental havia acabado de decretar o cancelamento do Muro de Berlim, afinal, se não havia mais restrições, para que manter o muro?
A muvuca foi tanta que as autoridades não conseguiram reverter a situação e ficaram com medo de desmentir a história e deixar uma multidão furiosa. O muro foi derrubado, a Alemanha voltou a ser uma só e Schabowski deve ter aprendido a ler seus discursos com antecedência.
Você já ouviu falar do soldado alemão Eewin Rommel? O cara era considerado um dos melhores estrategistas de guerra de todos os tempos e, por isso, foi encarregado de defender a Europa da invasão aliada, que ficou conhecida depois como a Batalha de Normandia e também como Dia D.
De fato, a invasão aconteceu, mas Rommel não estava lá. O motivo? No dia anterior, ele decidiu tirar folga e foi para casa, visitar sua esposa, pois era aniversário dela. Confiante, Rommel acreditou que seu exército não seria atacado tão cedo, sem nem fazer ideia de que muitos navios seguiam viagem em direção à França.
Soldados alemães que sobreviveram ao ataque relatavam que se Rommel estivesse presente durante a invasão, a batalha teria sido completamente diferente. Há rumores de que os soldados tentaram ligar para Hitler, que não atendeu ao chamado porque estava dormindo e ninguém tinha autorização para acordar o líder nazista.