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O que veio antes: o fósforo ou o isqueiro?

27/04/2019 às 12:002 min de leitura

Antes de buscar saber qual das duas invenções teria nascido antes, é importante lembrar que, quando foram criados, esses objetos eram muito diferentes do que conhecemos hoje. Se você fizer uma breve busca, verá que muitas fontes apontam que a criação do fósforo precede o isqueiro. Mas será que isso é verdade?

O fósforo

Em épocas anteriores, quando se falava em fósforo, isso significava varetas de madeira (de tamanho normal, ou seja, muito maiores do que um fósforo de hoje em dia) embebidas em algum químico inflamável para facilitar na hora de acender. Para conseguir um pouco de calor, era preciso provocar faíscas ou gerar fogo de alguma maneira próximo às varetas.

Então, quando algumas fontes apontam que os primeiros fósforos surgiram na China, tenha em mente de que se tratava de varetas inflamáveis que eles já deixavam previamente embebidas para o caso de uma emergência.

Fonte da imagem: Shutterstock

E o isqueiro?

Já o isqueiro foi inventado no século 16 e se tratava de uma antiga arma de fogo adaptada. Tudo bem, você tem toda a razão em afirmar que uma arma não é um isqueiro. Porém, a definição do dicionário aponta que um isqueiro é um “objeto munido de pederneira [pedra de fogo], a qual, ao ser atritada, produz centelhas que inflamam um pavio”. Analisando por esse ponto de vista, uma arma pode ser um isqueiro, não é mesmo?

Por outro lado, a definição de fósforo diz que se trata de um “palito encabeçado por uma mistura combustível que arde em chama quando aquecida, gerada pelo atrito ou fricção com uma superfície áspera”. E nesse ponto algumas fontes vão afirmar que as antigas varetas não são fósforos porque não dependem do atrito para acender.

Fonte da imagem: Shutterstock

As invenções

Foi somente em 1826 que o inglês John Walker inventou o primeiro fósforo como o que conhecemos hoje. Porém, os fósforos criados por Walker não eram muito confiáveis, então o produto não chegou a fazer sucesso. Foi somente cinco anos depois que o francês Charles Sauria desenvolveu palitos cobertos com fósforo branco. O problema é que essa é uma substância extremamente tóxica e inflamável, o que fazia com que os fósforos acendessem mesmo quando você não quisesse. Na década de 1990, os governos dos Estados Unidos e da Europa forçaram os empresários a trocá-lo por uma substância atóxica.

Assumindo que os isqueiros vieram antes dos fósforos, então você já sabe que o primeiro isqueiro foi criado no século 16. Mas foi apenas no ano de 1823 – repare que é antes da invenção do fósforo – que o químico alemão Johann Wolfgang Dobereiner levou os créditos por ter inventado o primeiro isqueiro, que ficou conhecido como “lâmpada de Dobereiner”. Ele funcionava a partir de uma reação de hidrogênio em uma esponja de platina, que fornecia calor. Infelizmente, a criação também não fez muito sucesso.

Foi então que o austríaco Carl Auer Von Welsback patenteou o ferrocério – uma substância metálica que cria muitas fagulhas – em 1903. Foi esse elemento que permitiu a produção de isqueiros como conhecemos hoje, afinal, é o atrito que provoca a faísca e faz com que o fluído ou o gás entre em combustão para que tenhamos fogo.

*Publicado originalmente em 31/01/2014.

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