Estilo de vida
13/02/2014 às 08:07•5 min de leitura
Quando a palavra “folclore” vem à sua cabeça, quais são os primeiros personagens que surgem em sua mente? Mula-sem-cabeça? Saci-Pererê? Boitatá? Curupira? Loira do banheiro? Pois é. Esses nomes representam boas histórias do nosso folclore. Entretanto, ainda assim há outros personagens que você provavelmente desconhece, mas que são bem populares em outros países. Saiba quem são eles:
Fonte da imagem: Reprodução/Listverse
Essa figura assustadora pertence ao folclore indiano, e suas histórias são contadas principalmente no norte do país. Um dos principais itens que identificam a presença da temida Churel é o seu grito ensurdecedor. Conta a lenda que ela foi uma mulher grávida que morreu e acabou dando à luz sob os sete palmos de seu túmulo.
O bebê de Churel teria sido fruto de um ato de violência sexual e, desde então, a mulher, mesmo morta, vaga pelas ruas à noite seduzindo homens e cortando seus pênis fora, sem a intenção de matar – pelo contrário: ela quer trazer uma vida cheia de muita dor a todos aqueles que se deixam seduzir por ela e seu visual fantasmagórico, sanguinário, doente e sombrio.
Churel tem os pés tortos e consegue andar tranquilamente em qualquer direção sem precisar virar todo o corpo. Quando está diante de suas vítimas, as hipnotiza com o olhar antes de desferir o golpe quase fatal. Depois de estar em total posse do pobre coitado da vez e de ter retirado o órgão sexual de quem se deixa seduzir por ela, Churel drena o sangue de sua “presa”, quase como se fosse um vampiro. E tem gente com medo do Saci...
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Quando esse nome é dito na Tailândia, todo mundo já sabe do que se trata: Phi Tai Hong pode ser qualquer pessoa que tenha morrido de forma violenta ou enterrada sem passar pelos rituais corretos. Essas pessoas tendem a virar terríveis fantasmas que voltam para assombrar a vida na Terra. Um dos fantasmas mais conhecidos é o de uma mulher grávida, que tem a força dela somada à do filho não nascido. Ou seja: fantasmas grávidas não são boa coisa.
Os lugares com mais registros de Phi Tai Hong são aqueles onde houve guerras, catástrofes e casos de muitas mortes em sequência. Os moradores chegam a construir santuários nessas regiões, na tentativa de espantar os fantasmas indesejados.
Essas assombrações costumam ficar perto do local onde foram enterradas e têm preferência por pessoas mais jovens. O pobre coitado que passar ao lado de um Phi Tai Hong vai, certamente, ser morto. Só para você ter ideia, livros legislativos do século 14 ordenavam que, em casos de assassinato, a vítima deveria ser enterrada no quintal da casa do assassino, para que assim ela pudesse assombrá-lo durante a vida. Está aí um bom castigo.
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Tanto a Inglaterra quanto a Escócia conhecem bem a fama da Dama Verde, uma criatura completamente bizarra que é metade mulher, metade cabra, com sua pele em tons de verde e cinza e cabelos louros e compridos a ponto de quase esconder sua parte cabra. A Dama é capaz de mudar de formas quantas vezes quiser, por isso é considerada muito traiçoeira.
Ela costuma ser muito ardilosa e é capaz de confundir suas vítimas sem que elas percebam que estão sendo enganadas. Entre os truques usados pela Dama estão desviar caminhos, rotas e trilhos de trem e atirar objetos em pedestres. Isso tudo, claro, para que ela possa rir de suas vítimas à vontade.
A história mais comum a respeito da origem da Dama Verde diz que ela foi uma pessoa da nobreza que foi morta por um de seus serviçais e colocada dentro de uma chaminé. Para agradar à fantasma basta oferecer a ela um bom copo de leite.
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Quando você for à Venezuela, tome cuidado, pois é lá que vive esse fantasma assustador. Saiona foi uma mulher extremamente bonita chamada Melissa, que se casou com um bom marido e teve um filho com ele. Num belo dia, enquanto Melissa tomava um banho de rio, um homem estranho se aproximou e disse a ela que seu marido estava tendo um caso com a sua própria mãe. Atordoada, ela saiu do rio correndo e foi até sua casa. Chegando lá, deparou-se com o marido e o filho dormindo calmamente na cama do casal.
Mesmo diante de um cenário sem suspeitas, Melissa estava completamente fora de si e queimou sua casa inteira, matando não apenas o marido, mas também o filho. Saindo dali, ela correu para a casa de sua mãe e a esfaqueou até a morte. Antes de dar o último suspiro, porém, a mãe amaldiçoou a filha e disse que ela estaria destinada a vagar pelo mundo, matando todos os maridos infiéis.
Hoje ela é uma linda mulher, geralmente vista em estradas, tentando fisgar homens casados para, então, matá-los. Portanto, se você é homem e está pulando a cerca, é melhor tomar cuidado com a Saiona, hein!
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Banshee é o nome de um espírito muito temido na Irlanda, conhecido também como “mulher das colinas”. Quando se ouve seu choro é porque alguém está prestes a morrer. A Banshee tem cabelos compridos e usa um vestido longo verde, podendo aparecer de três formas: como uma moça jovem e atraente, como uma mulher madura e imponente ou, ainda, como uma bruxa.
Outra forma de aparição bastante falada é quando ela surge como lavadeira e, nessas ocasiões, costuma lavar as roupas da pessoa que vai morrer em breve. O choro da Banshee é geralmente ouvido à noite.
Ao longo dos anos, muitas pessoas afirmaram terem escutado o choro de Banshee e, inclusive, se encontrado com ela. Entre essas pessoas está o rei da Escócia, James I, que afirmou ter se encontrado com a “mulher das colinas”, que teria dito a ele quando seria a sua morte. Ai, que medo!
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Em El Salvador a lenda da Siguanaba ainda deixa muita gente assustada. Tudo começou quando Siguanaba se apaixonou pelo filho do deus asteca Tlaloc. Acontece que a moça não era muito “flor que se cheire” e tinha, inclusive, o costume de abandonar o próprio filho pequeno para se encontrar com seu amante.
Quando Tlaloc descobriu as traições da moça, lançou uma maldição contra ela, fazendo com que ela parecesse linda de longe, mas completamente assustadora de perto. O nome “Siguanaba” significa, inclusive, “mulher horrível”. Ela foi condenada também a vagar pelo mundo, à procura de novos homens para atrair.
Em El Salvador, a lenda diz que ela costuma lavar roupas no rio e procura pelo filho, a quem foi dado o privilégio da imortalidade. Além disso, ela procura se aproximar de homens infiéis ou que são conhecidos pela fama de dormir com muitas mulheres.
A assombração pode ser vista sempre que está tomando banhos de rio à luz da lua. Os homens atraídos até ela morrem, geral e literalmente, de susto. A melhor forma de se defender de Siguanaba é usar uma cruz ou algum objeto de metal enquanto se faz uma oração.
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Em junho de 1938 o norte-americano Carl Pruitt descobriu que sua mulher estava tendo uma relação extraconjugal. Como? Encontrando-a com o amante em sua própria cama. Completamente furioso, ele estrangulou a mulher com a ajuda de uma corrente. O amante acabou fugindo. Depois de perceber o que havia feito, ficou mais desesperado ainda e se matou. O casal foi enterrado em cemitérios diferentes.
De repente, moradores da cidade começaram a dizer que a lápide de Carl parecia estar presa em uma corrente. Pouco tempo depois, as primeiras vítimas do fantasma de Carl começaram a aparecer, sendo que a primeira delas foi um garoto que atirou pedras à lápide. Quando voltava para casa, o menino perdeu o controle de sua bicicleta e acabou caindo. A correia da bicicleta serviu para estrangular o garoto.
Uma semana após o ocorrido, a mãe do menino, com a ajuda de um machado, destruiu a lápide e, no mesmo dia, enquanto já estava em casa e estendia roupas, a corda do varal simplesmente arrebentou e a estrangulou. Quando a polícia foi ao cemitério, encontrou a lápide ilesa.
Outras três pessoas que tentaram acabar com a lápide de Carl foram mortas estranguladas. Depois disso, ninguém mais ousou se aproximar do local. Aos poucos, os corpos enterrados nas sepulturas próximas foram removidos e, nos anos de 1950, a sepultura de Carl foi completamente destruída. Não há relatos de mortes ligadas a ele desde então.