Artes/cultura
06/02/2013 às 12:55•1 min de leitura
Imagine um número tão grande que seriam necessárias mais de 13 mil páginas no tamanho A4 para imprimi-lo. Esse é o tamanho “palpável” do número primo recém-descoberto pelo computador do Dr. Curtis Cooper, da Universidade do Missouri Central. A máquina de Cooper fazia parte do Great Internet Mersenne Prime Search (GIMPS), um projeto de computação distribuída semelhante ao SETI@home, mas com foco na descoberta de novos números primos.
O número descoberto, 257.885.161 – 1, possui mais de 17 milhões de dígitos. Para se ter uma ideia, o maior número primo até então, descoberto em 2009 (243.112.609 – 1), possuía “apenas” 13 milhões de dígitos. Vale a pena notar que os números calculados pelo GIMPS seguem uma forma conhecida como Primo de Mersene e são expressos pela fórmula 2p – 1, sendo que p também é um número primo (no caso, 57.885.161).
Até o momento, os esforços computacionais do mundo todo descobriram apenas 48 Primos de Mersene, sendo que, teoricamente, existe um número infinito deles. Essa busca se torna cada vez mais demorada por causa do alto consumo de processamento necessário para encontrá-los.
Se quiser ter uma pequena noção de como isso pode ser demorado, saiba que apenas o cálculo usado para verificar se o número 257.885.161 – 1 era realmente um primo levou 39 dias de processamento em um dos computadores da universidade.
Quem quiser dar uma olhada no número por inteiro pode consultá-lo online. Porém, não se assuste se a página demorar para carregar: copiando o número e colando no Bloco de Notas, você poderá perceber que ele gera um arquivo de 22,7 MB, ou seja, esse é um download maior do que muitos programas cadastrados no Baixaki.