Saúde/bem-estar
15/10/2020 às 10:00•2 min de leitura
Uma turista canadense que saqueou diversos objetos do sítio arqueológico de Pompeia, na Itália, em 2005, resolveu devolver todos os itens, recentemente, depois de ser vítima de uma suposta maldição provocada pelos artefatos roubados. De acordo com a reportagem publicada pelo jornal The Guardian, no último domingo (11), ela insiste que as relíquias sejam levadas de volta ao local de origem para acabar com o azar.
A mulher, identificada apenas como “Nicole”, pegou os objetos, sem autorização, durante uma viagem à cidade que foi palco de uma grande tragédia, ocorrida no ano 79 d.C., após a erupção do Monte Vesúvio, matando todos que ali viviam. Junto ao pacote enviado por ela às autoridades italianas, está uma carta com a justificativa para a devolução.
No texto, Nicole diz ter pegado duas partes de uma ânfora, um pedaço de cerâmica e ladrilhos de mosaico, durante uma visita à região onde ficava Pompeia, há 15 anos. Ela se justifica dizendo que era imatura, naquela época, e queria guardar um pedaço da história que “ninguém mais poderia ter”.
Desde então, ela começou a passar por dificuldades financeiras e enfrentou duas crises de câncer de mama. Conforme a turista, atualmente com 36 anos de idade, os problemas foram fruto de má sorte provocada pelos artefatos roubados, e por isso ela queria devolvê-los. “Somos boas pessoas e não quero passar essa maldição para minha família ou filhos”, alegou Nicole.
O pacote recebido no Parque Arqueológico de Pompeia trazia, ainda, outra devolução de objetos roubados do local, igualmente acompanhada por uma carta de confissão. Neste caso, se tratava de um conjunto de pedras, que haviam sido saqueadas por um casal do Canadá.
No bilhete, a dupla não relaciona o roubo com uma possível má sorte, mas pede desculpas pela atitude: “Nós os pegamos sem pensar na dor e no sofrimento que essas pobres almas experimentaram durante a erupção do Vesúvio e na terrível morte que tiveram”, disse o casal.
Apesar das coincidências em relação às datas e à origem dos turistas, não se sabe se Nicole e o casal são conhecidos nem se os roubos ocorreram na mesma viagem à Itália.