Artes/cultura
30/06/2021 às 07:00•2 min de leitura
Em meados de 2018, Christine Marie Salley, moradora do estado de Virgínia, nos Estados Unidos, decidiu contratar um investigador particular para descobrir quem eram seus pais biológicos.
Após algumas buscas, o homem identificou a mãe de Salley como Pamela Dianne Duffey, através de uma papelada de adoção. Para confirmar a suspeita, o investigador requisitou amostras de DNA de Salley para enviar para o GEDmatch, um serviço online de genealogia.
O site indicou uma relação de mãe e filha com Salley a partir de uma amostra não identificada que havia sido enviada para a base de dados pelas autoridades do estado de Virgínia.
Pamela Dianne Duffy. (Fonte: People/Reprodução)
Em novembro de 1980, um arqueólogo de Ludlow, na Califórnia, descobriu uma cova rasa no deserto de Mojave contendo os restos mortais de um homem e uma mulher. De acordo com a perícia, eles foram espancados e depois mortos a tiros, porém a polícia foi incapaz de identificá-los devido ao estado avançado de decomposição.
A amostra de DNA de Salley foi compativa com a dessa mulher desconhecida, cujo nome poderia ser Pamela Dianne Duffey. Os investigadores do condado de San Bernardino reabriram o caso de 40 anos e pediu para que Salley fornecesse tudo o que tinha sobre sua mãe.
William Everette Lane. (Fonte: Closer/Reprodução)
O Departamento de Justiça da Califórnia combinou os testes e descobriu que Duffey tinha apenas 21 anos quando foi assassinada. Salley se lembrou que sua mãe biológica foi muito amiga de um homem chamado Digger Lane antes de sumir de sua vida.
O nome, porém, não constava em nenhum documento, mas os investigadores encontraram um William Everette Lane com um registro, inclusive presidiário, parecido com o de Digger Lane. Com família em Jacksonville, na Flórida, seus parentes foram rastreados e forneceram às autoridades amostras de DNA que foram compatíveis com as do homem enterrado com Duffey no deserto.
Então eles só precisavam do assassino.
(Fonte: FOX 5 San Diego/Reprodução)
O Gabinete do Xerife de San Bernardino já tinha um suspeito em mente: Howard Neal, então com 68 anos, condenado à prisão perpétua em 1982 por estuprar e matar sua sobrinha de 13 anos e seu amigo de 12 anos, além de matar o próprio irmão.
Neal estivera na mesma região onde Duffey e Lane foram enterrados e havia se mudado para o Mississippi logo em seguida.
Em entrevista, o criminoso confessou que deu carona ao casal e os levou até sua residência, onde acabou entrando em uma discussão com o homem e sentiu que seria morto se não o matasse. Ele reforçou que Duffey implorou por sua vida, dizendo que tinha uma filha – reforçando a crença dos investigadores de que essa seria Salley.
O Departamento do Xerife encerrou o caso e devolveu os restos mortais para as respectivas famílias, transformando a vontade de Christine Salley de se reencontrar com a mãe em um filme de terror.