Um dos corpos encontrados nos sarcófagos de chumbo teve o crânio serrado e permanece desconhecido.

Um mistério que vem intrigando arqueólogos desde que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/121295-os-segredos-de-notre-dame-revelados-apos-o-incendio-em-2019.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a icônica Catedral de Notre-Dame queimou em 2019</a> pode ter sido solucionado: a identidade dos corpos enterrados no subsolo do templo, em dois caixões de chumbo, descobertos sob as ruínas do incêndio. Embora sejam ambos muito antigos, estão separados entre si por centenas de anos.Usando equipamentos de proteção individual para se proteger da toxicidade do chumbo, pesquisadores da Universidade de Toulouse abriram com cuidado os dois sarcófagos. Em ambos havia restos mortais de dois homens ricos que tiveram provavelmente problemas de saúde.O trabalho de pesquisa foi facilitado porque o primeiro caixão veio com um epitáfio, onde se lê: “Este é o corpo do Sr. Antoine de La Porte Cônego da Igreja. Falecido em 24 de dezembro de 1710 aos 83 anos. Descanse em paz”.<h2>Identificação do primeiro caixão de chumbo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/20/20171435346128.jpg" alt="Equipe do Hospital Universitário de Toulouse examina o esqueleto desconhecido. (Fonte: Inrap/Divulgação)"><figcaption>Equipe do Hospital Universitário de Toulouse examina o esqueleto desconhecido. (Fonte: Inrap/Divulgação)</figcaption></figure></figure>A equipe de arqueólogos explicou, em entrevista à Live Science, que De la Porte era um cônego, padre que se dedica às funções mais litúrgicas de uma catedral, e, por isso foi sepultado na área central do transepto, que é <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/4-fatos-surpreendentes-a-respeito-da-catedral-de-notre-dame" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a parte transversal de uma igreja em forma de cruz</a>.&nbsp;Nesse local eram enterrados alguns figurões da igreja, como bispos, abades e beneméritos. Durante sua vida, o religioso foi muito influente e rico, e encomendou várias pinturas que estão atualmente no Museu do Louvre, além de financiar o coro da catedral.O objetivo de enterrar pessoas em caixões de chumbo era ajudar a preservar o corpo, método disponível apenas para os ricos da época. No caso de De La Porte, a coisa não funcionou, pois o caixão não estava intacta, e o corpo se deteriorou bastante, deixando só ossos, cabelos e pedaços de tecido. Os ossos mostraram que ele levava um estilo de vida sedentário, e sofria de gota, uma doença inflamatória.<h2>O mistério do segundo caixão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/20/20165730148121.jpg" alt="Escavação da travessia do transepto, com o caixão"><figcaption>Escavação da travessia do transepto, com o caixão "desconhecido" à esquerda. (Fonte: Inrap/Divulgação)</figcaption></figure></figure>O ocupante do segundo caixão era possivelmente um aristocrata, entre 25 a 40 anos, e que andava a cavalo, segundo a equipe, pela aparência dos seus ossos pélvicos. A estrutura óssea sugere que ele teve uma doença crônica.&nbsp;O esqueleto mostrou sinais de um crânio deformado, possivelmente por usar alguma faixa na cabeça quando bebê. A parte de cima do crânio estava serrada, uma espécie de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/112643-perucas-escondiam-segredos-de-nobres-no-seculo-18.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">distinção dada aos nobres do século 16</a>.Uma análise mais acurada levou a equipe a supor que o corpo possa pertencer ao poeta francês Joachim du Bellay, que viveu de 1522 a 1560, era tuberculoso e morreu provavelmente de uma meningite crônica. A hipótese de que o corpo pertence a du Bellay traz um mistério adicional, pois segundo os registros funerários ele teria sido enterrado em uma capela lateral.

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Solucionado o mistério dos caixões de chumbo da catedral de Notre-Dame

Durante o século 19, um casal vendeu linguiça de carne humana no centro de Porto Alegre.

Localizada no centro de Porto Alegre, a rua Fernando Machado guarda uma história sombria. Foi lá que, durante o século 19, ocorreu uma história com ares de filme de terror.O caso beira o inacreditável: foi lá que um casal matou e esquartejou pessoas para depois enviar os pedaços dos corpos para um açougue. Era lá que essa carne se tornava linguiça que era então consumida por membros da alta sociedade de <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/118173-porto-alegre-249-anos-12-girias-gauchas-que-voce-precisa-conhecer.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Porto Alegre.</a><h2>Os assassinos&nbsp;</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/13/13154030833270.jpg" alt="x"><figcaption>Os crime de José Ramos e Catarina Palse ocorreram em Porto Alegre no século 19. (Fonte: Google / Reprodução)</figcaption></figure></figure>O caso envolveu principalmente a atuação de três pessoas. Um deles é José Ramos, um soldado da polícia que, depois de uma tentativa de assassinato, foi rebaixado para o cargo de informante. Durante a juventude, ele teria matado o pai depois que o flagrou tentando agredir a sua mãe, o que o fez mudar-se para a Província de São Pedro.Foi na cidade de Porto Alegre que ele se apaixonou e se casou com Catarina Palse, uma filha de família pobre de origem húngara, que havia perdido seus pais assassinados por soldados durante a <a href="https://www.megacurioso.com.br/proxima-parada/53450-proxima-parada-hungria-conheca-melhor-mais-essa-riqueza-da-europa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">revolução húngara</a> contra a Áustria. Ela havia se casado previamente com um homem que emigrou ao Brasil, mas acabou se suicidando durante a viagem, em que os dois vinham até o país.Em 1857, ela chegou à capital do Rio Grande do Sul. Cinco anos depois, envolveu-se com José Ramos, e juntos foram viver em um casarão na Rua do Arvoredo, localidade que no futuro trocaria de nome para Fernando Machado.Perto de sua casa, um imigrante alemão chamado Carlos Claussner mantinha um <a href="https://www.megacurioso.com.br/cotidiano/42034-fa-de-pernil-do-abate-ao-acougue-veja-como-a-carne-de-porco-e-preparada.htm#!" rel="noopener noreferrer" target="_blank">açougue</a> que logo se tornou muito próspero. Era nesse local que as senhoras ricas da cidade mandavam seus empregados para comprar a carne que seria consumida pelas famílias. Muito sozinho, Claussner se tornaria muito amigo de José Ramos, sem saber que isso selaria a ele um destino trágico.<h2>Os crimes da Rua do Arvoredo</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/13/13153915619269.jpg" alt="A Rua do Arvoredo se localizava no centro histórico de Porto Alegre. (Fonte: Google / Reprodução)"><figcaption>A Rua do Arvoredo se localizava no centro histórico de Porto Alegre. (Fonte: Google / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Alguns anos depois, desaparecem em Porto Alegre um comerciante português e um caixeiro viajante. Os vizinhos de José Ramos e Catarina Palse haviam visto os homens chegando na casa deles um dia antes de seu desaparecimento, o que fez com que Ramos fosse intimado a ir até a delegacia esclarecer o mistério.Ocorre que o chefe de polícia não se convenceu com a sua explicação e resolveu investigá-lo, indo até a casa de José Ramos e Catarina. Chegando lá, deparou-se com uma cena terrível: no porão da residência, estavam enterrados pedaços de um corpo humano. A vítima era Carlos Claussner, o dono do açougue e amigo do casal. Perto do local, em um poço, estavam os corpos das duas outras vítimas e de um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125552-as-6-racas-de-cachorro-mais-perigosas-do-mundo.htm#:~:text=Pit%20bull&amp;text=O%20pit%20bull%20certamente%20aparece,que%20se%20coloque%20no%20caminho." rel="noopener noreferrer" target="_blank">cachorro</a>.&nbsp;Ao investigar, a polícia concluiu que José Ramos e Catarina Palse mataram os três para roubar os bens. Catarina Palse acabou confessando que, no total, seis pessoas haviam sido assassinadas e transformadas em linguiça pelo açougueiro Carlos Claussner. Não se sabe com certeza por que ele acabou sendo morto.Os autos revelaram que Catarina abordava e atraía as vítimas em um beco escuro e as levava até um um sobrado. No casarão da Rua do Arvoredo, elas eram esquartejadas e descarnadas. Em seguida, toda a carne era vendida no próprio açougue de Carlos Claussner, e supostamente era muito apreciada pelos clientes.Clausser teria sido o mentor do crime, mas depois acabou sendo morto pelo casal. José Ramos pegou a pena de crime por latrocínio e foi condenado à morte, mas acabou cumprindo prisão perpétua. Já Catarina foi condenada como cúmplice, recebeu sentença de 13 anos e morreu anos depois em um manicômio. Mas a história em torno dos crimes da Rua do Arvoredo em Porto Alegre segue viva até hoje.

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Linguiças de carne humana: a história bárbara dos crimes da Rua do Arvoredo

O desaparecimento de Priscila Belfort em 2004 permanece um mistério, envolto em teorias, pistas falsas e dor familiar, agora revivido em um documentário que busca novas respostas.

Priscila Belfort desapareceu em 9 de janeiro de 2004, e até hoje seu paradeiro permanece desconhecido. Ela foi vista pela última vez saindo do trabalho, no Centro do Rio de Janeiro, para almoçar. Desde então, sua família vive em busca de respostas.&nbsp;O desaparecimento de Priscila ganhou grande repercussão por conta de seu irmão, o <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127687-conheca-a-historia-tragica-dos-von-erich-a-familia-de-lutadores-amaldicoada.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">lutador</a> de MMA Vitor Belfort, que utilizou sua fama para ampliar a divulgação do caso. Mesmo com investigações e campanhas intensas, a história continua envolta em mistério, alimentada por teorias e suposições, mas sem uma conclusão definitiva.<h2 style="text-align:justify;">Início do drama</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/12/12231221791009.jpg" alt="Priscila Belfort tinha 29 anos quando saiu pra trabalhar e nunca mais voltou. (Fonte: A Tarde/ Reprodução)"><figcaption>Priscila Belfort tinha 29 anos quando saiu para trabalhar e nunca mais voltou. (Fonte: A Tarde/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Priscila trabalhava na Secretaria Municipal de Esportes e Lazer do Rio e, naquele dia, 9 de janeiro de 2004, não parecia estar em seu <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/como-mulheres-podem-diminuir-o-risco-de-insuficiencia-cardiaca" rel="noopener noreferrer" target="_blank">melhor estado de saúde</a>. Sua mãe, Jovita, a levou ao trabalho, já que ela não se sentia bem. Ao sair para almoçar, Priscila não retornou, o que deixou todos preocupados.&nbsp;A mãe, ao perceber que algo estava errado, começou uma busca desesperada, enquanto familiares e amigos rodavam a cidade atrás de pistas. No entanto, nenhum indício concreto foi encontrado, e nenhuma exigência de resgate foi feita, o que afastou, para a polícia, a possibilidade de sequestro.&nbsp;Nos primeiros anos após o desaparecimento, surgiram muitas especulações. Uma delas envolvia <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/13-dos-diagnosticos-de-demencia-podem-estar-errados" rel="noopener noreferrer" target="_blank">confusão mental</a>, já que Priscila, diagnosticada com depressão, havia enfrentado episódios de lapsos de memória. Entretanto, a família sempre afirmou que ela estava bem controlada na época e não tinha histórico de fugas.&nbsp;Outro rumor foi o de que ela teria sido sequestrada por conta de uma suposta dívida relacionada ao uso de drogas, o que foi veementemente negado por seus parentes. Contudo, essa temática relacionada ao tráfico de drogas iria permanecer na história por um longo tempo.&nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Aparece uma testemunha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/12/12231344555010.jpg" alt="Priscila e o irmão, o lutador Vitor Belfort. (Fonte: Portal C3/ Reprodução)"><figcaption>Priscila e o irmão, o lutador Vitor Belfort. (Fonte: Portal C3/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>O caso ganhou nova relevância em 2007, quando uma mulher chamada Elaine Paiva se entregou às autoridades e confessou participação no sequestro e assassinato de Priscila. Ela afirmou que o crime teria ocorrido devido a uma dívida de R$ 9 mil e que o corpo da jovem teria sido esquartejado e queimado.&nbsp;A polícia investigou a confissão, inclusive procurando <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/cidade-dos-mortos-arqueologos-descobrem-mais-de-300-tumbas-em-assua-no-egito" rel="noopener noreferrer" target="_blank">restos mortais</a> em um sítio indicado por Elaine, mas nada foi encontrado. A ausência de evidências concretas levou à libertação dos suspeitos, e a denúncia de Elaine não avançou.Mesmo após essa reviravolta, a família de Priscila nunca deixou de acreditar que ela pudesse estar viva. Diversas campanhas foram feitas ao longo dos anos, incluindo a divulgação de seu rosto em outdoors e embalagens de palitos de dente em parceria com a ONG Mães da Sé.&nbsp;Em algumas ocasiões, a família foi chamada para identificar mulheres avistadas que poderiam ser Priscila, mas nenhuma delas era ela. Curiosamente, essas ações acabaram ajudando outras famílias, que conseguiram reencontrar suas filhas <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/127932-peca-perdida-de-shakespeare-esta-desaparecida-ha-420-anos.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">desaparecidas</a>.<h2 style="text-align:justify;">Luta por justiça</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/12/12231633477011.jpg" alt="Jovita Belfort fez do sumiço da filha um motor na luta na causa das pessoas desaparecidas. (Fonte: Fabiano Rocha, Agência O Globo/ Reprodução)"><figcaption>Jovita Belfort fez do sumiço da filha um motor na luta na causa das pessoas desaparecidas. (Fonte: Fabiano Rocha, Agência O Globo/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A luta de Jovita Belfort, mãe de Priscila, não se limitou ao caso da filha. Ela transformou sua dor em <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/125699-claude-cahun-artista-queer-surrealista-e-ativista-antinazista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ativismo</a>, liderando movimentos que resultaram em importantes mudanças no tratamento de casos de desaparecimento no Rio de Janeiro.&nbsp;Foi graças a ela que, em 2014, foi inaugurada a Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), um órgão especializado em investigar pessoas desaparecidas, algo que representou um avanço significativo na estrutura da Polícia Civil do estado.Mesmo após 20 anos, a família Belfort ainda acredita que Priscila possa estar viva. Para Jovita, a esperança é o que os mantém de pé. O desaparecimento de Priscila reflete a dor de muitas famílias no Brasil, como destacou Vitor Belfort, e a incerteza é uma ferida que não cicatriza. Sem um corpo, a esperança, por menor que seja, permanece.Aproveitando a marca de 20 anos do caso, teremos a série documental "Volta Priscila", que estreia no Disney+ em 25 de setembro. O filme apresenta, de forma cronológica, os desdobramentos e <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/4-teorias-da-conspiracao-sobre-a-morte-de-marilyn-monroe" rel="noopener noreferrer" target="_blank">teorias do caso</a>, destacando o impacto midiático e a busca incansável da família. Com novos depoimentos e investigações, a produção traz detalhes inéditos, incluindo o envolvimento da polícia e a cobertura em programas de muito sucesso na época, como os de Gugu e Faustão.

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O que aconteceu com Priscila Belfort?

Em 1978, o escritor búlgaro Georgi Markov foi assassinado em Londres com um guarda-chuva adaptado para injetar um veneno letal. Esse caso chocante expôs a crueldade dos jogos de poder da Guerra Fria.

O <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/elliot-rodger-o-homem-responsavel-pelos-assassinatos-de-isla-vista-em-2014" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinato</a> de Georgi Markov em 7 de setembro de 1978, em Londres, é um dos capítulos mais intrigantes da Guerra Fria. Markov, um crítico feroz do regime comunista búlgaro, foi vítima de uma arma típica de filmes de espião: um guarda-chuva modificado que disparou uma pequena esfera contendo um veneno altamente letal.Georgi Ivanov Markov, nascido em Sófia, Bulgária, em 1º de março de 1929, iniciou sua carreira como engenheiro químico antes de se tornar um escritor notável. Seus romances e peças de teatro ganharam grande popularidade na Bulgária, mas sua relação com o regime começou a deteriorar-se quando suas obras passaram a ser vistas como críticas ao governo.&nbsp;Em 1969, sob a crescente pressão do governo, Markov fugiu para a Itália e depois se estabeleceu em Londres, onde continuou sua carreira como jornalista e apresentador para a BBC.Enquanto estava em Londres, o escritor se tornou uma voz poderosa contra o regime búlgaro, denunciando a <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/corrupcao-e-doenca-o-aumento-nos-partos-cesareos-e-uma-preocupacao-global" rel="noopener noreferrer" target="_blank">corrupção</a> e os abusos de poder do governo. Suas críticas acirradas tornaram-no um alvo para o regime de Todor Zhivkov, então governante e que já tinha sido amigo de Markov. &nbsp;<h2 style="text-align:justify;">Fim da linha</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/08/08140331048006.jpg" alt="Georgi Markov, o escritor e dissidente búlgaro. (Fonte: The Guardian/ Divulgação)"><figcaption>Georgi Markov, o escritor e dissidente búlgaro. (Fonte: The Guardian/ Divulgação)</figcaption></figure></figure>Em 1978, Markov foi alertado de que sua vida estava em perigo, mas continuou a ignorar as ameaças. Tudo parecia apenas intimidação, até que, num fatídico 7 de setembro, ele foi vítima de uma ataque silencioso e muito engenhoso.Naquele dia, Markov estava esperando um ônibus na Ponte de Waterloo, quando sentiu uma dor aguda na coxa direita. Ele se virou e viu um homem se abaixando para pegar um <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/127816-por-que-da-azar-abrir-o-guarda-chuva-dentro-de-casa.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">guarda-chuva</a> que parecia ter caído. O homem pediu desculpas com um sotaque estrangeiro e rapidamente entrou em um táxi. Markov ainda não sabia, mas tinha sido alvo de um assassinato sofisticado.&nbsp;Markov foi para o trabalho e notou apenas um pequeno inchaço e uma mancha de sangue em sua perna. No entanto, ao voltar para casa naquela noite, começou a se sentir mal e foi levado ao hospital no dia seguinte. Enquanto delirava, falava para os médicos que havia sido envenenado pelo governo búlgaro, o que não foi levado a sério em nenhum momento pelos médicos.O diagnóstico inicial foi <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/113206-sepse-tem-relacao-em-uma-a-cada-cinco-mortes-no-planeta.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">septicemia (infecção generalizada)</a>, já que sua contagem de glóbulos brancos estava alta, porém todos os esforços dos médicos não estavam surtindo efeito. Sua condição piorou rapidamente, levando à falência de múltiplos órgãos. Markov faleceu em 11 de setembro, aos 49 anos, quatro dias após o ataque.<h2 style="text-align:justify;">Décadas de mistério</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/08/08125724695000.jpg" alt="Para os espiões, uma guarda-chuva pode não ser só um guarda-chuva. (Fonte: GettyImages/ Reprodução)"><figcaption>Para os espiões, um guarda-chuva pode não ser só um guarda-chuva. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>A investigação da morte de Markov revelou um enigma que só foi parcialmente resolvido anos depois. Ao fazer a autópsia, o médico Rufus Crompton examinou a parte inchada da perna de Markov e notou que havia uma pequena perfuração no local, de onde saiu uma esfera de metal, com cerca de 1,7 milímetro de diâmetro. Porém, nenhum veneno foi encontrado na tal esfera.&nbsp;Apesar do mistério, os cientistas, <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/123960-carlos-camejo-o-venezuelano-que-acordou-durante-sua-autopsia.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">com base na autópsia</a>, no relato de Markov e de seus sintomas, propuseram que o escritor certamente teria sido morto por ricina&nbsp;— um veneno derivado das sementes da planta de rícino. Este veneno é extremamente potente, e uma dose ínfima (aproximadamente 22 microgramas) é altamente letal.&nbsp;A polícia britânica, em conjunto com especialistas, concluiu que a esfera foi disparada com um rifle de ar disfarçado como um guarda-chuva. O caso chocou o mundo e evidenciou a sofisticação e a crueldade dos métodos de espionagem da era soviética.<figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/08/08143324736014.jpg" alt="O "><figcaption>O mortal "guarda-chuva búlgaro" em exposição. (Fonte: Getty Images/ Reprodução)</figcaption></figure></figure>Com o tempo, surgiram mais detalhes sobre o caso que corroboraram as suspeitas. Ex-oficiais da KGB confirmaram que a corporação forneceu dispositivos de espionagem para o Serviço Secreto Búlgaro, incluindo guarda-chuvas que continham ricina. &nbsp;Posteriormente, a identidade do assassino foi revelada como Francesco Gullino, um dinamarquês de origem italiana, que <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119082-robert-hanssen-o-espiao-do-fbi-que-se-vendeu-para-a-uniao-sovietica.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">havia sido recrutado</a> para realizar o ataque sob o codinome "Agente Piccadilly". Apesar das evidências, Gullino nunca foi capturado e continua foragido.A morte de Georgi Markov exemplifica a brutalidade da espionagem na Guerra Fria e a atmosfera de paranoia da época. Após a queda do regime búlgaro, ele foi relembrado e condecorado de maneira póstuma por sua crítica ao governo. O caso é um lembrete sombrio da eficácia das técnicas de espionagem usadas para silenciar dissidentes.

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Caso Markov: o incrível assassinato de um escritor por uma arma secreta

Aparentemente, a loira do banheiro teria existido e vivido na cidade de Guaratinguetá, em São Paulo.

Quase todo brasileiro, durante a infância, já foi assustado pela história da loira do banheiro. Há várias versões dessa lenda urbana, mas normalmente ela repete algumas etapas. Algumas das mais comuns dizem que a loira do banheiro seria um espírito que pode ser evocado ao repetir seu nome no espelho, batendo na porta do banheiro três vezes, puxando a descarga ou dizendo palavrões.O que nem todo mundo sabe é que essa lenda nacionalmente conhecida pode ter origem a partir de uma história real, ocorrida em São Paulo durante o século XIX.<h2>Quem seria a verdadeira loira do banheiro?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27195540962404.jpg" alt="(Fonte: Facebook / Reprodução)"><figcaption>Maria Augusta de Oliveira Borges seria a verdadeira loira do banheiro. (Fonte: Facebook / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Supõe-se que a história original envolva a morte de uma jovem mulher chamada Maria Augusta de Oliveira Borges, aos 26 anos. Ela teria morado em uma mansão em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, localizada no terreno onde hoje fica a Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves. De acordo com a lenda, foi nessa escola que surgiu originalmente a primeira aparição do espírito.Maria Augusta era filha do Visconde de Guaratinguetá, que forçou a filha a se casar em 1880, quando tinha apenas 14 anos. A decisão por um casamento arranjado, com um homem 21 anos mais velho, tinha interesses políticos.Depois de casar, a garota, incomodada com a situação, teria roubado as joias do marido para tentar juntar dinheiro para fugir para Paris, o que fez quando tinha 18 anos. Só que, poucos anos depois, Maria Augusta morreu na Europa, e seu corpo foi trazido para o Brasil de navio.Durante o translado, ladrões teriam violado o caixão para roubar as joias, o que fez com que seu <a href="https://www.tecmundo.com.br/mercado/287378-paulo-passa-oferecer-registro-obito-internet.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">atestado de óbito</a> sumisse. Por isso, não se sabe até hoje do que Maria Augusta morreu. Há narrativas que dizem que ela pode ter morrido de raiva, doença que acometia a Europa na época.<h2>O destino da mansão</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27200426402406.jpeg" alt="Essa escola teria sido construída a partir da mansão onde viveu Maria Augusta. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução0"><figcaption>Essa escola teria sido construída a partir da mansão onde viveu Maria Augusta. (Fonte: Wikimedia Commons / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Poucos anos depois, a mansão onde Maria Augusta vivia foi devastada por um incêndio criminoso, ocorrido em 1916. Nesta época, a casa já havia se tornado uma escola, que foi reconstruída.Desde então, pessoas começaram a relatar que ouviam sons estranhos, com um <a href="https://www.megacurioso.com.br/musica-e-danca/63086-voce-sabe-qual-e-a-origem-do-piano.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">piano</a> que toca sem que não haja ninguém para tocá-lo. Este piano era tocado por Maria Augusta, e está guardado até hoje na Escola Estadual Conselheiro Rodrigues Alves.Nas diferentes narrativas sobre a lenda da <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/119790-6-origens-de-lendas-urbanas-brasileiras.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">loira do banheiro</a>, há também alguns rituais que são associados a formas de evocá-la. Verdade ou não, o fato é que a mera lembrança da triste jovem continua assustando muita gente nas escolas por todo o Brasil.

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Loira do banheiro: conheça a história real por trás da lenda urbana

Kaitlin Armstrong matou a ciclista profissional Anna Moriah “Mo” Wilson por conta de ciúmes.

Em 11 de maio de 2022, um assassinato chocou os Estados Unidos. A promissora ciclista profissional Anna Moriah “Mo” Wilson, de 25 anos, foi encontrada morta no chão da casa de uma amiga em Austin, no Texas. Ela havia sido baleada poucos dias antes de ingressar em uma grande competição.Em pouco tempo, a polícia descobriu a responsável por sua morte: uma instrutora de ioga de 34 anos chamada Kaitlin Armstrong, por razões de ciúmes, já que Mo havia namorado brevemente o ex-namorado de Kaitlin. O mais curioso foi a forma com que a professora foi capturada depois de fugir.<h2>A história de Kaitlin Armstrong</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02150737351220.jpg" alt="(Fonte: CBS Austin / Reprodução)"><figcaption>Kaitlin Marie Armstrong encontrou na ioga uma razão de vida. (Fonte: CBS Austin / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Nascida em 1987, Kaitlin Marie Armstrong cresceu em uma família desestruturada. Seus pais se divorciaram cedo e sua mãe lutava contra o alcoolismo. Segundo matérias, Kaitlin também teria sofrido violência sexual na infância.Depois de concluir o ensino médio, ela se tornou corretora de imóveis. Mas a grande paixão de Kaitlin Armstrong era a ioga. Por isso, a jovem viajou até Bali, na <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/127939-piramide-localizada-na-indonesia-pode-ser-a-mais-antiga-do-mundo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Indonésia</a>, para fazer um treinamento. Posteriormente, ela seria descrita pelos colegas nessa viagem como uma pessoa reclusa e altamente ansiosa. Mas nenhum deles disse imaginar que ela teria potencial para se tornar uma assassina.Sua história cruzaria com a de Anna Moriah “Mo” Wilson muito por acaso. Isso porque a atleta profissional conheceu em 2021 outro <a href="https://www.megacurioso.com.br/veiculos/85659-vida-de-ciclista-como-e-enfrentar-o-transito-nas-grandes-cidades.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">ciclista</a>, chamado Colin Strickland, com quem teve um relacionamento. Mas Strickland havia se separado recentemente de Kaitlin Armstrong, com quem teve um relacionamento cheio de idas e vindas desde 2019, embora ainda morassem juntos. Por conta disso, Kaitlin resolveu matar sua suposta rival.<h2>O assassinato brutal de Moriah Wilson</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02150629350217.jpg" alt="(Fonte: Heartstapps / Reprodução)"><figcaption>Moriah “Mo” Wilson morreu brutalmente por motivos torpes. (Fonte: Heartstapps / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Em 11 de maio de 2022, Caitlin Cash ligou para a polícia depois de encontrar sua amiga Moriah “Mo” Wilson desacordada no banheiro de sua casa, em cima de uma poça de sangue. Descobriu-se então que, por volta das 22 horas daquele dia, uma pessoa intrusa tinha entrado na casa de Cash e atirado contra a ciclista, que estava hospedada lá.As autoridades então começaram a investigar a rotina de Moriah Wilson naquele dia. Ela havia encontrado mais cedo Colin Strickland, que estava então morando com Kaitlin Armstrong. Ao chegar na casa do casal, a polícia notou o mesmo jipe preto que havia sido capturado pelas câmeras de vigilância de Caitlin Cash. Isso os levou a achar outras pistas nessa residência, incluindo duas armas de fogo. Embora a suspeita caísse inicialmente sobre Strickland.Relatos foram coletados com as amigas de Kaitlin, que diziam que a professora falava que mataria qualquer mulher que tentasse namorar Colin Strickland. Para uma delas, Kaitlin revelou que havia comprado uma arma. Quando soube que Colin e Moriah haviam almoçado juntos naquele mesmo dia, ela resolveu concretizar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/elliot-rodger-o-homem-responsavel-pelos-assassinatos-de-isla-vista-em-2014" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinato</a>.Kaitlin só foi intimada com um mandado de homicídio em 17 de maio de 2022, depois de um relatório de balística confirmar que a arma que ela tinha em casa era provavelmente a mesma usada para matar Wilson. Mas até aí, ela havia fugido, o que gerou uma caça à professora que durou 43 dias.<h2>A captura de Kaitlin Armstrong</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/02/02152505005225.jpg" alt="A ioga entregou o paradeiro de para a polícia. (Fonte: The Sun / Reprodução)"><figcaption>O amor pela ioga entregou o paradeiro de Kaitlin Armstrong para a polícia. (Fonte: The Sun / Reprodução)</figcaption></figure></figure>Na sua fuga, Kaitlin Armstrong vendeu seu Jeep e foi para Nova York, onde roubou o passaporte de sua irmã e viajou para San José, Costa Rica. Lá, fez uma cirurgia plástica na tentativa de mudar sua aparência, e também tingiu o cabelo.Após sua chegada à Costa Rica, ela passou por uma cirurgia plástica em uma tentativa de mudar sua aparência e tingiu seu cabelo. Só que ela seguiu apaixonada pela ioga. Por isso, foi para um albergue na Praia de Santa Teresa, na Província de Puntarenas, em busca de iniciar uma nova vida.Os policiais federais encontraram Kaitlin de uma forma muito perspicaz: eles publicaram anúncios falsos procurando por instrutores de ioga. Uma mulher, que se acredita ser a professora, respondeu ao anúncio.Para rastreá-la, uma agente fez <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/goat-yoga-a-pratica-que-combina-postura-fisica-respiracao-e-cabras" rel="noopener noreferrer" target="_blank">aulas de ioga</a>, além de fazer contato com pessoas dessa comunidade. “Na verdade, as pessoas tinham visto Armstrong em pontos locais em Santa Teresa, mas não sabiam quem ela era. Armstrong estava escondida à vista de todos usando nomes diferentes”, disse mais Damien Fernandez, que trabalhava no governo americano.Ela acabou sendo encontrada mais tarde, depois de 43 dias foragida. Em seu julgamento, a promotoria revelou que Armstrong usou um aplicativo de <a href="https://www.megacurioso.com.br/saude-bem-estar/122296-o-que-o-excesso-de-exercicios-faz-com-o-seu-corpo.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">condicionamento físico</a> para monitorar os movimentos de Moriah Wilson enquanto ela estava em Austin.Em 16 de novembro de 2023, Kaitlin Armstrong foi sentenciada a 90 anos de prisão, além de ter sido condenada a pagar US$ 15 milhões à família de Wilson após um processo por <a href="https://www.megacurioso.com.br/tags/true-crime" rel="noopener noreferrer" target="_blank">homicídio doloso</a>.&nbsp;

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Kaitlin Armstrong: a horripilante história da professora de ioga que assassinou sua rival

Conheça a fascinante história do naufrágio que levou a uma caçada ao ouro e à queda de um caçador de tesouros.

Em 12 de setembro de 1857, o navio SS Central America sucumbiu às violentas tempestades na costa dos EUA, levando consigo 425 vidas e mais de 13 toneladas de ouro. Décadas depois, o engenheiro naval Tommy Thompson encontrou o local do naufrágio, dando início a uma das mais intrigantes caçadas ao tesouro da história americana.<h2>A tragédia do SS Central America</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27083824441014.jpg" alt="Ilustração do naufrágio do SS Central America. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)"><figcaption>Ilustração do naufrágio do SS Central America. (Fonte: Wikimedia Commons/Reprodução)</figcaption></figure></figure>O SS Central America, um <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/49207-6-casos-de-navios-fantasmas-muito-intrigantes.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">navio</a> a vapor de 85 metros, foi fundamental no transporte de ouro entre a América do Norte e do Sul durante a corrida do ouro da Califórnia. Em setembro de 1857, o navio partiu do Panamá com destino a Nova York, carregando 578 passageiros e tripulantes, muitos dos quais garimpeiros, além de quase 14 toneladas de ouro.No entanto, em 9 de setembro o navio encontrou uma tempestade devastadora ao largo da costa das Carolinas. À medida que os ventos furiosos e as ondas implacáveis atingiam o SS Central America, a tripulação lutou desesperadamente para manter o navio à tona.Em 11 de setembro, a embarcação começou a afundar devido a vazamentos irreparáveis. Mulheres e crianças foram colocadas em botes salva-vidas, mas o socorro era escasso. O navio finalmente afundou no dia seguinte, deixando apenas 153 sobreviventes.<h2>A descoberta por Tommy Thompson</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27084124859018.jpg" alt="Thompson encontrou toneladas de moedas de ouro do fundo do mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)"><figcaption>Thompson encontrou toneladas de moedas de ouro no fundo do mar. (Fonte: Getty Images/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Mais de 130 anos após o naufrágio, o engenheiro naval Tommy Thompson se lançou em uma missão para localizar o SS Central America. Em 1988, após anos de pesquisa meticulosa, Thompson e sua equipe encontraram o naufrágio a 322 quilômetros da costa da Carolina do Sul. O fundo do oceano estava repleto de ouro, com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/115791-tesouro-de-moedas-de-ouro-de-24-quilates-e-encontrado-em-israel.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">moedas</a> e lingotes encrustados em vigas e madeiras.Eles recuperaram cerca de duas toneladas de ouro, com valor estimado em 76 milhões de dólares. No entanto, a descoberta trouxe problemas legais e financeiros quando Thompson foi processado por seguradoras e investidores, que alegavam ter direito ao ouro recuperado. Em 2012, ele fugiu sem pagar seus investidores.Finalmente, em 2015, Thompson foi capturado em um hotel na Flórida, vivendo sob um nome falso. Ele foi condenado a pagar US$ 19,4 milhões em danos, e continua preso, acumulando multas diárias por se recusar a revelar a localização de centenas de moedas de ouro desaparecidas. Sua queda foi tão espetacular quanto sua descoberta, transformando a busca pelo ouro em uma verdadeira maldição.Hoje, a caça ao tesouro do SS Central America ainda não terminou. Outras expedições continuam a explorar o <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/120997-como-o-naufragio-mais-profundo-da-historia-foi-encontrado.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">local do naufrágio</a>, recuperando mais artefatos. Contudo, as moedas que Thompson escondeu permanecem desaparecidas, mantendo vivo o mistério e a fascinação em torno do navio perdido.

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SS Central America: o mistério do navio que afundou com 13 toneladas de ouro

Embora a NASA tenha uma teoria para os sons repetitivos da nave da Boeing acoplada à ISS, especialistas demonstraram preocupação com o caso.

Na última semana, o astronauta Butch Wilmore, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/como-os-astronautas-da-starliner-sobreviverao-presos-no-espaco" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que está retido desde junho na Estação Espacial Internacional (ISS)</a>, junto com sua colega Suni William, devido a um vazamento de hélio e problemas com propulsores da nave Starliner, adicionou mais um complicador â história já completamente bizarra: um ruído misterioso vindo dos alto-falantes da cápsula da Boeing.Em uma conversa com o Controle da Missão, gravada por um membro dos fóruns de voos espaciais da NASA, Wilmore afirma: “'Eu tenho uma pergunta sobre o Starliner, há um barulho estranho vindo do alto-falante ... Eu não sei o que está causando isso”.Alguns minutos se passaram, até que o Controle da Missão retornasse ao astronauta, informando que estavam ligando via “hardline”, com a qual seria possível ouvir não apenas a voz, mas também os ruídos dentro da ISS. Wilmore levou seu microfone aos alto-falantes, onde o estranho barulho rítmico se tornou audível também na Terra. "Butch, esse veio. Era como um ruído pulsante, quase como um som de sonar", comparou o controle terrestre.<h2>Entenda a saga dos tripulantes da Starliner</h2><iframe width="640" height="360" src="https://www.youtube.com/embed/cwP5IkOqQ28" title="DEVELOPING! Strange Sounds Coming From Boeing Starliner" frameborder="0" allowfullscreen=""></iframe>Os astronautas Suni Williams e Butch Wilmore partiram para a Estação Espacial Internacional (ISS) em 5 de junho, o terceiro e último teste da nova cápsula Starliner da Boeing e seu primeiro lançamento com uma tripulação. A missão deveria durar apenas oito dias – mas devido a problemas com os propulsores da Starliner e um vazamento de hélio, os dois permanecem presos na estação espacial quase três meses depois.Quando decolaram rumo à ISS no dia 5 de junho para o terceiro e último voo de testes da problemática nave Starliner da Boeing, Williams e Wilmore sabiam que sua missão seria curta: em oito dias estariam de volta aos seus afazeres na Terra. Mas, após o acoplamento, a cápsula, apresentou pelo menos mais duas falhas.Temendo pela segurança dos astronautas, a NASA decidiu que a Starliner voltaria à Terra vazia no dia 6 de setembro, enquanto Williams e Wilmore ficariam “de castigo” na ISS, <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/nasa-plano-de-resgate-via-spacex-deixara-astronautas-presos-por-8-meses" rel="noopener noreferrer" target="_blank">até que uma missão de rotina da SpaceX vá resgatá-los</a>. Porém, só em fevereiro do ano que vem.<h2>O que diz a NASA sobre os barulhos misteriosos da Starliner?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/09/03/03221454999021.jpg" alt="Wilmore e Williams aguardam resgate na ISS. (Fonte: NASA/ISS)"><figcaption>Wilmore e Williams aguardam resgate na ISS. (Fonte: NASA/ISS)</figcaption></figure></figure>Em comunicado, a agência espacial norte-americana explicou que o som pulsante ouvido pelo astronauta Butch Wilmore a bordo da ISS já parou. Segundo a NASA, tudo não passou de problema acústico decorrente da configuração de áudio entre a ISS e a Starliner.&nbsp;"O sistema de áudio da estação espacial é complexo, permitindo que várias espaçonaves e módulos sejam interconectados, sendo comum a ocorrência de ruídos e feedbacks. A tripulação é orientada a contatar o controle da missão quando ouvir sons provenientes do sistema de comunicação", explicou a agência.&nbsp;Como está descartado qualquer tipo de impacto técnico para a tripulação, a Starliner ou para as operações da ISS, <a href="https://www.tecmundo.com.br/ciencia/284695-espaconave-starliner-boeing-realiza-1-lancamento-tripulado-iss.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">a desacoplagem não tripulada da Starliner foi confirmada</a> para a sexta-feira (6), às 19h04 (hora de Brasília), devendo chegar à Terra na madrugada do sábado (7), com transmissão direta nos canais da NASA.&nbsp;

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Sons pulsantes vindos da Starliner intrigam a tripulação da ISS; entenda

No dia 23 de maio de 2014, o estudante universitário cometeu múltiplos assassinatos porque "as mulheres não gostavam dele".

Em maio de 2014, a região de Isla Vista, na Califórnia, registrou momentos aterrorizantes: um jovem de 22 anos chamado Elliot Rodger começou uma onda de violência que tirou a vida de seis pessoas e depois suicidou-se. De acordo com vídeo publicado nas redes sociais, os atos teriam sido uma resposta pelo fato de "mulheres não gostarem dele".&nbsp;Pouco antes do massacre, Rodger compartilhou um vídeo assustador no YouTube intitulado "A Retribuição de Elliot Rodger", explicando seus motivos para os <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/o-caso-hallmills-um-dos-assassinatos-mais-iconicos-dos-eua" rel="noopener noreferrer" target="_blank">assassinatos</a>. No vídeo, ele falava sobre seu desejo de machucar mulheres por não terem interesse sexual nele e também afirmou odiar homens que tinham sucesso com o público feminino.<h2>Os crimes de Elliot Rodger</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/19/19194044414355.jpg" alt="Antes de cometer múltiplos assassinatos, Elliot Rodger publicou um vídeo de sete minutos no YouTube. (Fonte: YouTube/Reprodução)"><figcaption>Antes de cometer múltiplos assassinatos, Elliot Rodger publicou um vídeo de sete minutos no YouTube. (Fonte: YouTube/Reprodução)</figcaption></figure></figure>Além do vídeo assustador publicado no YouTube, Rodger também deixou para trás um manifesto de 137 páginas falando sobre sua infância e sobre como ele teria sido criado para "abrigar tamanha raiva". Nascido em <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/125370-o-exterminio-de-caes-de-londres-que-dividiu-os-habitantes-em-1760.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Londres</a>, no Reino Unido, em 1991, ele mudou-se para Los Angeles com sua família em 1996.Na escola, o assassino teria enfrentado bullying severo e praticamente não teve vida social. Com dificuldades de se encaixar, passou a invejar aqueles com maior habilidade social. Porém,&nbsp;seu maior ressentimento sempre esteve voltado às mulheres.Rodger disse que desesperadamente procurou ter uma namorada em sua vida, mas nunca conseguiu despertar o interesse feminino. Por isso, teria passado a sentir ódio de casais e ficava com ciúmes sempre que via pessoas juntas.&nbsp;"Eu estudo em uma escola só para meninos. Como diabos aqueles caras conseguem conhecer garotas para fazer sexo? Eu esperava que eles estivessem mentindo", comentou no vídeo antes dos assassinatos.<h2>Planejamento das mortes</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/19/19194127511357.jpg" alt="Memorial para as vítimas dos assassinatos de Isla Vista foi feito do lado de fora da loja onde Rodger atirou em um jovem. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>Memorial para as vítimas dos assassinatos de Isla Vista foi feito do lado de fora da loja onde Rodger atirou em um jovem. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Preocupados com sua falta de vida social, os pais de Rodger o mudaram para Isla Vista em junho de 2011, onde ele entrou em um novo colégio. Nos três anos seguintes, ele teria se tornado cada vez mais agressivo. Em pelo menos três ocasiões diferentes, Elliot jogou bebidas em casais que estavam se beijando em público e em mulheres que não sorriam para ele.Mas o incidente final aconteceu em 2013, quando ele teria sido recusado por diversas mulheres ao participar de uma festa e fingiu atirar nas pessoas com uma arma invisível. De agosto de 2013 a maio de 2014, ele passou a planejar meticulosamente seu massacre descrito no "Dia da Retribuição".<h2>Sequência de assassinatos</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/19/19194219447358.jpg" alt="Última entrada no diário de Elliot Rodger dizia "><figcaption>Última entrada no diário de Elliot Rodger dizia "Eu odeio todos vocês! Morram". (Fonte: YouTube/Reprodução)</figcaption></figure></figure>No dia 23 de maio de 2013, Rodger começou seu ataque aterrorizante esfaqueando até a morte seus dois colegas de quarto e um de seus amigos no seu apartamento. Armado com três armas de fogo e duas vacas, ele enviou seu manifesto por e-mail para dezenas de pessoas — incluindo familiares e terapeutas —, carregou o vídeo de sete minutos no YouTube e seguiu para a Universidade da Califórnia, em Santa Barbara.Rodger escolheu uma sororidade como alvo, pois, segundo ele, aquele era um lugar "cheio de garotas loiras, gostosas e lindas; o tipo de garota que eu sempre desejei, mas nunca consegui ter porque todas elas me desprezam". Após ninguém abrir a porta do local, o assassino voltou para seu carro irritado e começou a atirar em pessoas aleatoriamente. Foi assim que ele matou Katherine Cooper, de 22 anos, e Veronika Weiss, de 19 anos.Rodger, então, passou a dirigir por Isla Vista atirando com suas armas e atingindo pessoas com seu veículo. Em menos de oito minutos, ele feriou outras 14 pessoas e matou um rapaz de 20 anos. A tragédia só foi terminar quando a polícia conseguiu alcançar o criminoso, que trocou tiros com as autoridades antes de atirar na própria cabeça.&nbsp;Os assassinatos na região tiveram seu fim, mas acabaram desencadeando vários ataques semelhantes nos anos seguintes intitulados como "A Rebelião <a href="https://www.megacurioso.com.br/estilo-de-vida/119797-incels-o-movimento-de-homens-que-odeiam-mulheres.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">Incel</a>".&nbsp;

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Elliot Rodger: o homem responsável pelos assassinatos de Isla Vista em 2014

A polêmica mortalha que teria envolvido o corpo de Jesus Cristo após a crucificação reapareceu nos tópicos em alta nas redes sociais na semana passada.

Considerado por muitos como uma das relíquias sagradas mais importantes do cristianismo, o Sudário de Turim (ST), um pano de linho antigo <a href="https://www.megacurioso.com.br/ciencia/125037-santo-sudario-o-que-a-ciencia-diz-sobre-peca-ligada-a-jesus.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">que supostamente teria servido como mortalha de Jesus Cristo</a> após a crucificação, esteve nos trending topics das mídias sociais na semana passada. O foco foi um estudo de 2022 que sugeria "que é muito provável que o ST seja uma relíquia de cerca de 20 séculos de idade", o que o colocaria na época de Jesus.Publicado na revista científica Heritage, a pesquisa conduzida pelo cientista italiano Liberato De Caro teve como objetivo oferecer uma alternativa à idade do ST, após a peça ter sido submetida a uma datação por radiocarbono na década de 1980, que indicou sua criação entre os anos de 1260 e 1390, ou seja, muito depois de Cristo ter vivido. &nbsp;Para reavaliar esses testes, De Caro e sua equipe do Instituto de Cristalografia de Bari, Itália, aplicaram no artefato uma técnica conhecida como dispersão de raios X em ângulo amplo (WAXS na sigla em inglês). A tecnologia é capaz de identificar alterações estruturais microscópicas nas fibras, ocorridas com o envelhecimento.&nbsp;<h2>Quais as conclusões do "novo" estudo sobre o sudário de Turim?</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27174836911352.jpg" alt="Fotografias do microscópio óptico de amostras do sudário de Turim. (Fonte: Liberato De Caro et. al.)"><figcaption>Fotografias do microscópio óptico de amostras do sudário de Turim. (Fonte: Liberato De Caro et. al.)</figcaption></figure></figure>No estudo de 2022, os autores explicam que "o grau de envelhecimento natural da celulose que constitui o linho da amostra investigada, obtido por análise de raio-x, mostrou que o tecido é muito mais antigo do que os sete séculos propostos pela datação por radiocarbono de 1988", escrevem De Caro e sua equipe.A justificativa é que a celulose encontrada nas fibras do sudário teria envelhecido mais devagar a partir do século 14 devido às baixas temperaturas dos locais <a href="https://www.megacurioso.com.br/misterios/114224-o-veu-de-veronica-a-controversa-reliquia-crista.htm" rel="noopener noreferrer" target="_blank">onde a relíquia passou a ser guardada</a>, o que retardou seu processo de envelhecimento.&nbsp;Os autores alertam que a precisão dos seus resultados depende de pesquisas futuras que possam confirmar que o ST foi mantido em uma temperatura média de cerca de 22 °C e a uma umidade relativa de aproximadamente 55% durante os 13 séculos em que não apareceu no registro histórico.<h2>Cuidados com conclusões precipitadas</h2><figure style="display:inline-block;position:relative;text-align:center;"><figure class="image"><img src="https://img.ibxk.com.br/2024/08/27/27182922198375.jpg" alt="x. (Fonte: Getty Images)"><figcaption>A Igreja Católica não reconhece o sudário como autêntico. (Fonte: Getty Images)</figcaption></figure></figure>Embora o estudo de De Caro e sua equipe tenha sido adequadamente conduzido na época, e depois revisto por pares, mais pesquisas e análises serão necessárias para comprovar esses resultados, antes que qualquer tipo de conclusão sobre a datação seja tirado.Além disso, um artigo de 2018 de coautoria do mesmo De Caro teve que ser retratado pela revista PLOS One, depois que os pesquisadores sugeriram que o sudário tinha evidências biológicas consistentes com <a href="https://www.megacurioso.com.br/artes-cultura/7-fatos-importantes-sobre-jesus-que-pouca-gente-se-lembra" rel="noopener noreferrer" target="_blank">um trauma grave em um ser humano (como tortura e crucificação)</a>. O problema foi que os autores "esqueceram" de mencionar que as amostras haviam sido fornecidas pela própria associação que tenta provar que o sudário é autêntico.&nbsp;Nesse sentido, a Igreja Católica não reconhece oficialmente o sudário de Turim como autêntico ou falso.&nbsp;

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