Hormônio do amor pode melhorar o desempenho nos esportes

28/11/2012 às 09:232 min de leitura

Seleção brasileira de vôlei durante o jogo da vitória da medalha de ouro nas Olimpíadas de Londres 2012
Crédito: Getty Images

Você já ouviu falar da oxitocina? Essa substância produzida em nosso cérebro é também chamada de “hormônio do amor”, pois está relacionada à sensação deliciosa que se sente ao estar apaixonada, além de estar ligada a muitas outras funções e comportamentos humanos em que é liberada, como orgasmos, reconhecimento social e instintos maternais.

Pesquisas recentes revelaram que o hormônio pode ainda melhorar o desempenho esportivo, principalmente em atividades competitivas em equipes, conforme foi divulgado no blog de saúde do The New York Times. A substância é a responsável pelas pessoas gostarem umas das outras. As mães recentes, por exemplo, são inundadas de oxitocina (que está envolvida no trabalho de parto) e acredita-se que o hormônio promove a ligação entre mãe e filho.

No entanto, até pouco tempo atrás, os cientistas não tinham considerado se uma substância que promove o aconchego e a união íntima também pode desempenhar um papel em esportes competitivos. Segundo Gert-Jan Pepping, responsável pela pesquisa e especialista do Centro de Ciências do Movimento Humano da Universidade de Groningen, na Holanda, a ideia faz sentido. "Ser parte de uma equipe envolve emoções, como, por exemplo, quando uma equipa marca pontos, e essas emoções são associadas com substâncias do cérebro", afirma o pesquisador.

Em um estudo anterior de 2010, os cientistas comprovaram que durante uma disputa de pênaltis na Copa do Mundo, quando os jogadores comemoravam o gol jogando os braços para cima, os seus companheiros de equipe eram muito mais propensos a comemorar junto. Isso não acontecia quando um jogador, mesmo marcando gol, não comemorava com entusiasmo.

De acordo com os pesquisadores, os jogadores eram submetidos, ao que parece, a uma "transferência de emoção". Emoções como felicidade e confiança são conhecidas por serem contagiantes, sendo que o entusiasmo de uma pessoa provoca reações bioquímicas no cérebro dos espectadores à sua volta.

No estudo mais recente, apresentado no mês passado, na reunião anual da Sociedade de Neurociência, em Nova Orleans, foi revelado que cobaias do sexo masculino que eram submetidas a corridas durante seus semanas tiveram o sistema nervoso alterado, tendo aumento da oxitocina com o exercício e a produção foi mais intensa quando ratos do sexo feminino foram colocados na gaiola. As cobaias que não se exercitaram não demonstraram interesse no sexo oposto.

"Muitas emoções podem desencadear a liberação de oxitocina, entre eles o exercício", diz William Kenkel, doutorando na Universidade de Illinois, em Chicago, que liderou o estudo. Ele disse ainda que logicamente a liberação de oxitocina relacionada ao exercício "poderia facilitar a ligação social".

O que isto significa para atletas competitivos é que, de forma inesperada, cada jogo ou corrida pode ser considerado um tipo de competição apaixonante. Segundo Kenkel, a oxitocina facilita a capacidade de entender as emoções de outras pessoas, aprofundando laços entre os membros da equipe. Há evidências também da liberação do hormônio entre os torcedores de esportes, que também são favorecidos pelo bem-estar que a oxitocina promove.

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