Conheça 3 dos “clubes” mais curiosos que já foram formados

04/04/2016 às 11:323 min de leitura

1 – O Esquadrão do Veneno

Você já deve ter ouvido falar a respeito do FDA — Food and Drug Administration —, certo? Esse órgão governamental regulamenta medicamentos, alimentos, cosméticos, suplementos, equipamentos médicos, produtos derivados do sangue humano e materiais biológicos nos EUA e surgiu, em parte, graças aos esforços de um químico e ativista chamado Harvey Washington Wiley, que, na época, era chefe do Departamento de Agricultura.

Alguns dos participantes do clubinho de Wiley

Wiley se apoiou nos trabalhos que conduziu com um grupo de voluntários que ficou conhecido como The Poison Squad — ou Esquadrão do Veneno, em tradução livre. O químico convocou 12 rapazes que, durante um ano, se dispuseram a fazer três refeições diárias preparadas pelo cozinheiro do experimento, e a finalidade do clubinho era descobrir quais efeitos os aditivos alimentares usados na época podiam ter sobre o organismo.

Assim, antes de cada refeição, os participantes eram examinados, tinham amostras de urina, fezes, cabelos, suor etc. coletadas e, só depois, podiam saborear seus pratos. Só que cada dia as comidas eram “temperadas” com uma substância química diferente — como ácido sulfúrico, formol e borato de sódio —, e as quantidades iam sendo gradativamente aumentadas até os voluntários passarem mal.

Evidentemente, os participantes do projeto ficaram doentes por conta do consumo das substâncias e, apesar de os experimentos escandalizaram muita gente, eles também deixaram bem claro que era de suma importância que o Governo criasse um órgão que regulamentasse o que podia — ou não — ser adicionado aos produtos de consumo humano.

2 – Ejection Tie Club

Sabe os assentos ejetores que existem em determinadas aeronaves? Eles foram originalmente desenvolvidos por uma companhia chamada Martin-Baker Aircraft Company em meados da década de 40 e, desde então, já salvaram mais de 7 mil vidas. Pois, para celebrar o índice de sobrevivência, a empresa decidiu fundar o Ejection Tie Club — formado exclusivamente por pilotos que escaparam de apuros graças a um dos dispositivos da Martin-Baker.

Major Bevilaqua, da Força Aérea Brasileira

Na verdade, tudo começou quando o fabricante de aeronaves Sir James Martin — fundador da Martin’s Aircraft Works — se tornou grande amigo do piloto de testes Valentine Baker e os dois se uniram para abrir a Martin-Baker. Infelizmente, durante o teste de um protótipo, Valentine morreu tragicamente, e isso levou Martin a focar na segurança dos aviadores.

Pilotos "ejetados" recebendo suas gravatas

O primeiro piloto a entrar para o Ejection Tie Club foi um oficial da Royal Air Force que teve que se ejetar em 1957. Atualmente, o clube conta com mais de 5,8 mil membros — que recebem um certificado, um emblema, um pin e a famosa gravata que complementa o nome da associação (Tie = gravata em inglês). Muitos dos integrantes continuam em serviço pelo mundo, e você pode conferir alguns deles através deste link.

3 – Half Way to Hell Club

O nome do clube acima pode ser traduzido como A Meio Caminho do Inferno, e ele foi “fundado” por trabalhadores que sobreviveram à construção da ponte Golden Gate, localizada em São Francisco. A estrutura começou a ser montada em 1933, ou seja, durante a Grande Depressão e, portanto, acabou atraindo muitos desempregados desesperados por encontrar um trabalho decente.

Olha como Half Way to Hell Club era organizado!

O problema é que, na época, o projeto visava a construção da ponte suspensa mais longa do mundo, e muitas das pessoas que acabaram conseguindo empregos na obra não eram qualificadas para as atividades. Na verdade, a maioria dos operários contratados eram fazendeiros, motoristas de táxi, estivadores e madeireiros que mentiram a respeito de suas experiências profissionais.

Assim, prevendo que dezenas de acidentes fatais poderiam ocorrer durante a construção da Golden Gate, o engenheiro-chefe da obra, um homem chamado Joseph Strauss, instituiu uma série de políticas de proteção. Os operários eram, por exemplo, obrigados a usar capacetes o tempo todo, óculos de proteção, máscaras etc., e qualquer um pego bebendo bebidas alcóolicas durante o trabalho era demitido imediatamente.

Imagem da rede de proteção

Além disso, Strauss ordenou a instalação de uma enorme rede sob a ponte com a finalidade de pegar os trabalhadores que despencassem da Golden Gate — e ela realmente salvou a vida de 19 homens. Aliás, dizem que os operários ficaram tão excitados com a tela de proteção que os chefes tiveram que fazer ameaças para que os homens não pulassem de propósito!

Pois foram os sobreviventes das quedas quem fundaram o Half Way to Hell Club, e a justificativa para o nome do clube foi que, quando um homem caía da ponte e morria, ele ia para o inferno. No entanto, aqueles que eram salvos pela rede de proteção percorriam apenas a metade do caminho até lá.

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