Ciência
18/08/2023 às 14:00•2 min de leitura
Quando ouvimos que alguns alimentos podem causar efeitos colaterais, raramente não associamos à alguma alergia, interação medicamentosa adversa, contaminação, alergias cruzadas e outros efeitos fisiológicos.
No entanto, vale considerar que alguns alimentos podem causar condições psiquiátricas, falsos positivos no teste do bafômetro e até alucinações que estão bem longe daquelas provocadas por drogas sintéticas.
Esses são os 3 alimentos com efeitos colaterais inesperados.
(Fonte: GettyImages/Reprodução)
Datando de cerca de 2,5 milhões de anos, no período paleolítico, existem evidências em pinturas rupestres e restos encontrados em sítios arqueológicos sugerindo que os humanos pré-históricos já consumiam peixes naquela época. Por milhares de anos, a pesca foi uma atividade essencial para a sobrevivência das comunidades, uma vez que o peixe é fonte em proteínas, vitaminas e minerais.
Dentre os mais de 32 mil tipos de peixes no mundo, há apenas algumas dezenas que os humanos consomem regularmente, após provar ou descobrir por meio da ciência que alguns não são comestíveis ou de sabor agradável.
Há também uma subseção de peixes que não são consumidos com frequência devido aos seus efeitos, como o baiacu, que preserva seu potencial tóxico mesmo quando bem preparado, podendo causar até formigamento nos lábios com o efeito do veneno. Mas ele não é o único, tampouco o pior, pois temos o sarpa salpa, que causa alucinações.
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Conhecido como “o peixe que faz sonhar”, essa classe de peixes de apenas 50 centímetros de comprimento, muito encontrada nas águas da Europa e África, pode atormentar uma pessoa com alucinações por até três dias. E antes que se anime com a ideia, os delírios não são em nada divertidos, muito pelo contrário. Há testemunhos de pessoas que passaram dias fugindo de centopeias gigantes ou ouvindo gritos de humanos e pássaros constantemente.
Os efeitos colaterais do sarpa são cientificamente conhecidos pelo termo ictioalienotoxismo (envenenamento alucinógeno causado por peixes), que provavelmente ocorre como resultado dos fitoplânctons que esses animais ingerem. Isso acontece porque o animal é intoxicado pela bioacumulação de toxinas presentes em algas e dinoflagelados que compõem a dieta dele e possuem uma pequena quantidade de veneno acumulada no fígado.
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Feita, a princípio, de sebo bovino regado com leite, a margarina foi uma invenção de Napoleão Bonaparte, em 1886, como uma alternativa à manteiga, que era muito mais cara naquela época. Atualmente, a margarina é constituída de vários óleos vegetais e dura cerca de dois a três meses após aberta.
No entanto, é pouco difundida a informação de que a margarina pode afetar o humor de maneira drástica devido ao seu alto teor de ácidos graxos trans, encontrados em abundância no produto, bem como em fast foods, como esclareceu um estudo feito pela professora Beatrice Golomb da Universidade da Califórnia.
Não é para menos que as gorduras trans são consideradas gorduras ruins, relacionadas a graves problemas à saúde do coração, colesterol, resistência à insulina, oxidação, inflamação e câncer. As gorduras trans artificiais são proibidas nos EUA, no entanto, o maquinário da indústria alimentícia dribla a lei.
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Não é novidade nenhuma que frutos do mar podem desencadear reações mortais em algumas pessoas, por isso os alérgicos precisam evitá-los e os entusiastas de plantão precisam ter cuidado com alimentos mal preparados ou armazenados, notórios em causar intoxicação alimentar.
Além disso, todos precisam se preocupar com os frutos do mar tóxicos que podem causar amnésia. O envenenamento amnésico por mariscos ocorre pela ingestão de moluscos bivalves, como mexilhões e ostras, devido ao ácido domoico que os contamina. A toxina é criada por diatomáceas, um tipo de alga que não é morta pelo calor. Isso significa que o cozimento dos moluscos infectados não é o suficiente para neutralizar seu efeito.
Em 1987, houve um surto de intoxicação por moluscos bivalves que levou a três mortes e mais de 100 casos de infecção. Além de perda de memória, as vítimas podem sofrer vômitos, diarreia, desorientação, tontura, fraqueza muscular, amnesia e até mesmo desenvolver problemas cognitivos a longo prazo.