Ciência
23/06/2018 às 09:00•5 min de leitura
Hoje vamos falar aqui no Próxima Parada sobre um dos países mais fascinantes do norte europeu, repleto de histórias e de aspectos culturais interessantes. Vamos viajar virtualmente a um dos locais mais frios da Europa e que esconde diversas curiosidades inesperadas e impressionantes. O que você sabe sobre a Suécia? Está preparado para conhecê-la um pouco melhor? Pois então embarque com a gente por esse país setentrional.
A Suécia possui fronteiras com a Noruega e com a Finlândia (ambos países que já falamos aqui no Próxima Parada), além de também estar ligada à Dinamarca pela Ponte de Oresund – um tipo de ponte-tunel, parte submerso e parte sobre a água. Com 7.845 metros, essa é a maior ponte rodoferroviária de toda a Europa. Veja uma imagem dela logo abaixo:
Com mais de 9 milhões de habitantes suecos (sendo que 90% da população consegue se comunicar fluentemente em inglês), o país é uma monarquia constitucional com um sistema parlamentar de governo, de modo semelhante ao que encontramos na Inglaterra. Inclusive, 47% do parlamento do país é composto por mulheres – uma taxa altíssima de igualdade entre gêneros.
A nação possui economia altamente desenvolvida (focada no setor de serviços e no comércio exterior) e é bastante rica, sempre figurando nas listas internacionais como um dos melhores locais para se viver do mundo, graças aos índices de educação, qualidade de vida e segurança – além de muitos outros.
Historicamente falando, o povo viking prosperou em território sueco nos séculos IX e X, assim como nas regiões que hoje compreendem a Noruega e a Dinamarca. A ocupação do país pelos vikings ocorreu na Idade da Pedra, logo depois que o gelo da última glaciação recuou e permitiu que as terras ao norte da Europa se tornassem mais habitáveis.
Após a chamada Era Viking, diversos reinos foram criados e consolidados, também devido à introdução do cristianismo na Escandinávia. Desse modo, os nórdicos em geral foram absorvidos pelas outras culturas nas quais eles foram inseridos, como o cristianismo – predominante hoje nessas nações.
Em 1839, os três estados escandinavos estavam unidos sob o domínio de um único rei. O acordo ficou conhecido como União de Kalmar e durou quase 200 anos, quando Gustavo I Vasa estabeleceu a separação da Coroa Sueca da união. Depois de se tornar um estado independente novamente, os suecos prosperaram bastante e se tornaram uma das maiores potências da Europa no século XVI. O Império Sueco anexou províncias que hoje fazem parte da Noruega e Dinamarca – além de algumas regiões da Rússia (onde foi fundada a cidade de São Petersburgo).
É de se esperar que um território tão ao norte do mundo seja geladíssimo, porém não encontramos temperaturas tão extremas assim no país. O norte do país é predominantemente subártico, enquanto o sul possui clima temperado. Devido à latitude, as horas de sol são bastante bagunçadas na Suécia. Por exemplo, no inverno só existem seis horas diárias de sol, enquanto no verão os suecos têm 18 horas de claridade total.
A neve é bastante comum (apesar de em algumas regiões quase não nevar). O recorde de temperatura mais alta registrada na Suécia foi de 38 °C na cidade de Malilla (em 1947) e a mais baixa foi -52,6 °C na cidade de Vuoggatjalme (em 1966). Outro aspecto interessante que não podemos deixar de mencionar é o fenômeno da Aurora Boreal, que pode ser vista de muitos pontos do país.
Imagem de satélite da Noruega, Suécia e Finlândia no inverno.
A cidade de Estocolmo é a capital e o maior centro urbano do país, com mais de 1 milhão de habitantes. Talvez você já tenha ouvido falar dela devido à popular “Síndrome de Estocolmo”, que teve as suas origens aqui. Aproximadamente 1/3 de toda a Suécia vive na cidade, que também contribui com 1/3 do PIB do país.
Estocolmo se estende por um total de 14 ilhas que se conectam por dezenas de pontes e canais, o que confere um visual bastante elegante e charmoso à cidade. Por esse fator, muitos a chamam de “Veneza do Norte”. A capital possui centenas de edifícios e monumentos bem preservados, que atraem turistas do mundo todo o ano inteiro.
Hoje, é considerada uma das cidades mais limpas, organizadas e habitáveis do mundo – algo que se repete por padrão em toda a Suécia. Apesar de conservar todo o estilo histórico de séculos atrás, Estocolmo é extremamente moderna. A cidade é o centro financeiro do país e uma das capitais menos poluídas da Europa.
O Prêmio Nobel é sempre entregue em Estocolmo. Além disso, a cidade também é sede da maior concentração de universidades e de instituições de ensino superior da Suécia. A capital possui um eficiente sistema de transporte público, composto por trens, metrôs e ônibus. Além disso, podemos encontrar diversos parques e ciclovias espalhados pela região, resultado de um planejamento urbano que foi adaptado com o passar dos anos.
A Suécia também é conhecida como um dos países que possuem o maior número de impostos do mundo (sim, o Brasil não está sozinho). Aproximadamente 30% do salário dos suecos é destinado aos impostos. Porém, ao contrário do que vemos aqui no Brasil, o governo sueco consegue aplicar esse dinheiro de modo extremamente eficiente, revertendo-o em cidades bem planejadas, seguras, limpas e com serviços gratuitos aos cidadãos, além de educação de qualidade.
Além disso, o governo sueco também é bastante famoso por ter políticos honestos. Inclusive, um político ganha na Suécia quase o mesmo que um cidadão comum (em alguns casos, até menos), e frequentemente é possível encontrar os prefeitos andando de ônibus e metrô pelas cidades. Fique certo de que os políticos suecos não têm qualquer luxo, muitos menos privilégios devido à posição que ocupam na sociedade.
Arranha-céu icônico e retorcido Turning Torso, da cidade de Malmö.
*Publicado originalmente em 16/01/2015.
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