
Ciência
23/01/2015 às 10:10•2 min de leitura
Muita gente ainda tem medo da palavra “feminismo”, principalmente pela conotação que ela adquiriu com o passar dos tempos. Conotação essa alimentada por aqueles que não entendem as propostas do movimento muito bem.
Um dos pontos positivos da internet é justamente esse grande leque de troca de informações. Diante de um computador, passamos a ter acesso a qualquer tipo de informação e, graças a isso, estão surgindo campanhas cada vez mais democráticas, que muitas vezes nem usam a identidade feminista em si, mas que representam justamente o que o movimento propõe: igualdade de gênero.
Dentro dessa questão de igualdade está a cobrança excessiva com relação à estética feminina. A ideia de que a mulher precisa ser perfeita para ser considerada mulher de verdade é só um exemplo dessa cobrança. Revistas, blogs, comerciais, filmes, novelas e todos os outros meios de comunicação que chegam às massas recomendam, sempre, os melhores produtos, os sapatos mais bonitos, as dicas de “como agradar seu parceiro entre quatro paredes” e por aí vai.
Com o passar do tempo, essa exigência estética acaba chegando às mulheres de uma maneira natural, maquiando a opressão que está por trás dela. O resultado disso são meninas e mulheres insatisfeitas com o próprio corpo, buscando formas milagrosas de melhorar o visual, gastando fortunas em tratamentos estéticos e cirúrgicos, adquirindo transtornos alimentares, depressão e tantos outros fatores negativos.
É por isso que trabalhos que não incentivam a busca doentia e cruel por uma estética “perfeita” merecem ser vistos e difundidos, como o que você vai ver no vídeo abaixo. Trata-se de uma campanha britânica chamada de “This girl can” – “Esta garota pode”, em uma tradução livre. Assista:
A ideia é mostrar que academias ou centros onde são praticadas atividades físicas não são frequentados apenas por pessoas “perfeitas”. Cada mulher, da forma como é, pode praticar atividades físicas.
A campanha foi promovida pela Sport England, que faz parte do Ministério da Cultura, Mídia e Esporte da terra da rainha. O vídeo mostra mulheres praticando diversas atividades físicas. Na descrição do material, a proposta fica mais clara ainda: “provar que o julgamento é uma barreira que pode ser superada”.
A questão do julgamento foi levantada em uma pesquisa feita com diversas mulheres inglesas: nem todas as que não faziam atividades físicas estavam sedentárias porque não queriam se movimentar. Na verdade, essas mulheres têm medo de frequentar lugares marcados por atrair pessoas saradas e não gente “real”. E aí, o que você pensa sobre o assunto? Vale a pena se privar de alguma coisa por não estar dentro de um padrão estético, presente apenas na minoria das pessoas?