Artes/cultura
09/04/2012 às 07:14•1 min de leitura
Réplica do Titanic em exposição de Nova York. Fonte: Getty Images
(Reuters) Descendentes de algumas das 1.500 pessoas que morreram quando o Titanic afundou há um século estão entre os passageiros de um cruzeiro que partiu da Grã-Bretanha no domingo para refazer a rota trágica do transaltântico.
Alguns vestiram trajes da época, como chapéus de penas, casacos de peles e ternos, para embarcar no MS Balmoral, em Southampton, no sul da costa inglesa.
A caminho de Nova York, o Titanic, que era considerado insubmergível, naufragou nas águas geladas do Atlântico próximo a Newfoundland em 15 de abril de 1912, após bater em um iceberg. Cerca de 700 pessoas foram resgatadas, mas havia poucos botes salva-vidas para salvar o resto.
O Balmoral vai seguir a rota do Titanic, navegando perto de Cherbourg, na França e, em seguida, para Cobh, na Irlanda, antes de chegar ao local onde o Titanic afundou. Lá, em 15 de abril, será realizado um memorial a bordo para marcar o centenário do desastre.
A passageira Jane Allen, cujo tio-avô morreu na viagem de lua-de-mel no Titanic, enquanto sua tia-avó sobreviveu, disse não achar a nova viagem "macabra".
"Eu já fui a cemitérios da Primeira e da Segunda Guerra Mundial em vários lugares do mundo e eu acho que é importante sempre lembrar. As pessoas aqui no Titanic morreram em circunstâncias muito diferentes, mas ainda é quase inacreditável o que aconteceu naquela noite", disse ela à BBC.
Os organizadores disseram que 1.309 passageiros pagantes fizeram reserva para a viagem memorial.
Uma versão em 3D do filme "Titanic", de James Cameron, de 1997 acaba de ser lançada para coincidir com o centenário do naufrágio do transatlântico de luxo.
Um centro de 150 milhões dólares contando a história do Titanic foi inaugurado em Belfast, na Irlanda do Norte.
(Reportagem de Olesya Dmitracova, Adrian Croft e Chris Helgren)