Saúde/bem-estar
14/11/2018 às 13:18•3 min de leitura
Você é favor ou contra a eutanásia? Quem é saudável, nunca foi diagnosticado com uma condição grave ou jamais teve que assistir a um ente querido definhar lenta e dolorosamente por causa de uma doença incurável talvez nem sequer tenha pensado no assunto e tomado um posicionamento com relação à morte assistida por um médico. Ou, ainda, pode ser que questões religiosas ou de princípios interfiram na decisão.
Seja qual for a sua posição, o fato é que a eutanásia é um assunto bastante polêmico — e a sua legalização só foi conquistada em alguns lugares do mundo, entre eles, a Holanda, a Bélgica, a Colômbia e Luxemburgo. Vale destacar que a eutanásia e o suicídio assistido são práticas diferentes, sendo que, no primeiro caso, é um profissional de saúde quem adota o papel ativo no término da vida do paciente, enquanto que, no segundo, o médico apenas proporciona os meios para que o doente ponha um fim na própria vida quando ele estiver pronto.
Pois no Japão, na Alemanha, na Suíça, no Canadá e em alguns estados norte-americanos, os pacientes terminais não podem ser submetidos à eutanásia, mas conquistaram o direito ao suicídio assistido. Enfim, como você viu, são poucas as nações que oferecem essas opções aos doentes terminais e a luta para que a morte assistida se torne um direito de todos continua — e uma grande apoiadora da causa é a moça de quem vamos falar a seguir.
Ela se chama Holly Warland, tem 27 anos de idade e aos 11 foi diagnosticada com uma condição rara e incurável chamada “Distrofia Muscular do Tipo Cinturas” — uma doença genética que causa a degeneração muscular, do pescoço para baixo, e que acaba deixando o portador preso a uma cama e ligado a aparelhos para sobreviver.
Esta é Holly Warland (Bored Panda)
Holly é australiana e, em seu país, tanto a eutanásia como o suicídio assistido são ilegais. No entanto, sua saúde começou a se deteriorar rapidamente e, por isso, ela decidiu documentar e compartilhar o seu sofrimento para incentivar o diálogo sobre o direito que todo ser humano deveria ter sobre quando e como pôr um fim na própria existência.
Holly, aliás, contou que teve uma infância e adolescência bem normais, batalhou muito para conquistar seu diploma em psicologia — e mais ainda para se tornar professora universitária e ingressar no doutorado em neurociência. E foi durante os estudos, em 2016, que a australiana notou que sua condição estava começando a piorar. Bastante.
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*Acima, foto de 6 anos atrás, capturada durante sua formatura.
A jovem começou a apresentar sintomas como náuseas constantes, dor muscular, fraqueza, tremores incontroláveis e pulso e respiração acelerados. Pouco depois, ela teve que interromper o doutorado e abandonar o emprego — e foi então que ela começou a documentar a deterioração de seu quadro e o seu sofrimento.
De 4 anos para cá, a sua rotina se transformou completamente, e Holly basicamente intercala entre ficar presa a camas de hospitais e à sua própria cama, em casa. Veja alguns dos momentos que ela compartilhou:
1 – Holly durante uma conferência — antes de seu estado decair
(Bored Panda/Holly Warland)
2 – E aqui, um pouco antes de ela piorar
(Bored Panda/Holly Warland)
3 – Quando as visitas ao hospital se tornaram mais constantes
(Bored Panda/Holly Warland)
4 – E quando ela passou a ficar acamada
(Bored Panda/Holly Warland)
5 – Até os banhos, que deveriam ser momentos de relaxamento, são sofridos
(Bored Panda/Holly Warland)
6 – Nos últimos anos, os hospitais se transformaram em sua 2ª casa
(Bored Panda/Holly Warland)
7 – E não existe tratamento para a condição de Holly
(Bored Panda/Holly Warland)
8 – Apenas medidas paliativas, para tornar sua existência mais tolerável
(Bored Panda/Holly Warland)
9 – Mas ela continua lutando
(Bored Panda/Holly Warland)
E você, caro leitor, o que opina sobre o assunto? Você é a favor ou contra o direito de uma pessoa escolher quando morrer? Mas, antes de você responder, caso queira acompanhar o dia a dia de Holly, ela criou um perfil no Instragram (que você pode acessar através deste link) para compartilhar sua rotina. E aí, o que você pensa sobre o tema?
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