
Ciência
15/01/2019 às 04:00•1 min de leitura
Os Estados Unidos acabam de atingir uma marca histórica: 25 anos de quedas percentuais de morte de pessoas acometidas por algum tipo de câncer. No geral, entre 1991 e 2016 a taxa de mortalidade diminuiu em 27%! Na prática, é o mesmo que dizer que 2,6 milhões de pacientes ultrapassaram as estimativas de vida dos períodos mais críticos da doença.
Porém, de acordo com o Dr. Darrell Gray II, diretor do Centro de Equidade do Câncer, da Universidade Estadual de Ohio, ainda que esses dados sejam motivos de comemoração, ainda é preciso ressaltar que eles também apontam para um aumento da disparidade social: quanto mais baixa a classe social, maior a taxa de mortalidade. O câncer de fígado, por exemplo, tem uma taxa de mortalidade até 40% maior entre pacientes de baixa renda. “Isso ressalta a importância dos provedores de assistência médica, pesquisadores e membros da comunidade leiga e defensores de continuar a impulsionar a equidade em saúde”, explica.
Em 1991, nos Estados Unidos, havia 215 mortes por câncer a cada 100 mil pessoas. Hoje, esse número caiu para 156 mortes. Os estudos apontam que os principais fatores que contribuem para isso são os avanços nos tratamentos, a descoberta precoce da doença e a redução do número de fumantes.
Mortes por câncer de pulmão diminuíram 48%, entre os homens, enquanto as por câncer de mama caíram 40%. Ainda assim, outros cânceres aumentaram o número de mortes nesse período: o do endométrio deu um salto de 2,1% e o de pâncreas, 0,3%.