Óleo de cozinha: qual é a diferença entre os óleos vegetais?

30/05/2022 às 13:003 min de leitura

Se alguém lhe pedisse para ir ao mercado comprar óleo de cozinha, provavelmente, você compraria óleo de soja, certo? Esse é o óleo mais popular e consumido no Brasil. Contudo, isso não significa que ele seja o único óleo que existe ou o mais indicado para as frituras.

Na verdade, existem muitas opções de óleos comestíveis. Alguns são mais caros, outros são considerados mais saudáveis e existem óleos que estão na moda, como o óleo de coco. Para evitar que você escolha o produto errado, vamos listar essas opções e indicar as suas principais características, mas antes, precisamos entender o que é o ponto de fumaça.

O que é ponto de fumaça?

(Fonte: Nappy)(Fonte: Nappy)

O ponto de fumaça, também conhecido por “ponto de queima”, ocorre quando o óleo aquecido começa a queimar, soltando fumaça. Além de ficar com um gosto amargo, esse óleo começa a liberar acroleína, um composto químico que, com o passar do tempo, pode fazer mal à saúde. E não é só a acroleína: o óleo em ponto de queima libera compostos polares, também considerados nocivos.

Para evitar esse problema, é importante evitar que o óleo aqueça até a sua temperatura de ponto de fumaça. Até o óleo mais saudável se torna ruim quando atinge esse nível, não se esqueça disso.

Óleo de palma ou óleo de dendê

Esse é o óleo mais usado no planeta. Só em 2020, foram usadas 73 milhões de toneladas desse produto no mundo todo. No Brasil, o conhecemos como óleo de dendê. Além da culinária, ele é usado em diversas indústrias, como a de cosméticos. Rico em vitamina E, seu ponto de fumaça é aos 235 °C.

O óleo de palma tem níveis elevados de ácidos graxos, semelhantes ao da margarina. Sendo assim, ele não é considerado uma opção saudável para usarmos no dia a dia, como no tempero de saladas — é melhor deixá-lo para o preparo de pratos especiais, como a moqueca ou o acarajé.

Um outro problema do óleo de dendê é que por ele ser muito usado, seu cultivo está associado ao desmatamento de florestas. Por isso, alguns produtos vêm com o selo “livre de óleo de palma”. Isso não significa que sejam mais saudáveis, apenas que usam outro óleo.

Óleo de coco

(Fonte: Freepik)(Fonte: Freepik)

Está na moda como uma opção saudável, embora não existam estudos que comprovem essa hipótese. Isso significa que o óleo de coco deve ser consumido com moderação, como qualquer outro tipo de gordura. Além disso, ele não pode ser a única fonte de gordura da dieta de uma pessoa.

Por outro lado, ele é um excelente hidratante para pele e cabelos. Usá-lo em processos de hidratação pode ser uma boa saída, inclusive mais barata, que o uso de determinados produtos. No entanto, lembre-se de ser cuidadoso para evitar excessos, pois eles podem obstruir os poros e gerar acne. Na dúvida, é sempre melhor conversar com dermatologistas antes, fugindo das receitas caseiras.

Seu ponto de fumaça é de apenas 175 °C, o que o torna pouco viável para uso em preparos culinários quentes, mas pode ser usado desde que você não o queime. É um bom produto para molhos de salada.

Óleo de soja

O mais usado no Brasil. Ao contrário do que muitas pessoas pensam, ele tem gorduras boas em sua composição, mas seu consumo deve ser moderado, pois, como todos os óleos, ele é muito calórico. Seu ponto de fumaça é de 234 °C.

Por si só, o óleo de soja não faz mal à saúde. O problema é o excesso de consumo, como em frituras. Ele é rico em vitamina E — isso significa que, se usado com moderação, como em molhos de salada ou na hora de refogar os alimentos, pode ajudar em dietas nutritivas.

Óleo de canola

Outro óleo famoso por ser considerado mais saudável do que os outros. A canola é uma planta "melhorada" a partir do desenvolvimento genético de um outro vegetal, a colza. De fato, esse óleo tem menos quantidade de gordura saturada que os demais, incluindo o azeite de oliva.

O óleo de canola também é fonte de ômega 3, gordura considerada boa para o corpo. Contudo, isso não significa que deva ser usado de forma exagerada, pois ainda é um óleo.

Tem ponto de fumaça elevado — 220 °C —, por isso é comum em cozinhas profissionais de outros países, em que seu preço seja mais competitivo frente a outros óleos. Praticamente não tem sabor, o que faz com que seja uma espécie de coringa nas receitas.

Óleo de semente de linhaça e óleo de cártamo

Ambos têm ponto de fumaça baixo: apenas 107 °C. Embora a linhaça tenha ganhado espaço em dietas devido ao seu valor nutricional, o óleo ainda não é tão popular. Ele é rico em gorduras boas, como o ômega 3, sendo considerado uma opção mais saudável do ponto de vista nutricional.

Contudo, para que o óleo de linhaça seja rico nutricionalmente, ele precisa ser feito de forma profissional e com ingredientes de qualidade. Se a produção não for adequada, ele não se torna mais saudável do que outros óleos vegetais.

Já o óleo de cártamo tem sido usado como suplemento alimentar, consumido em cápsulas, pois também é rico em nutrientes. Alguns estudos sugerem que esse óleo pode ajudar a controlar a diabetes e o colesterol alto.

Ademais, esse óleo não libera radicais livres ao ser superaquecido, ainda que tenha ponto de fumaça baixo. Por isso, ele é considerado mais saudável que outros óleos.

Independentemente do óleo que você escolha para a sua dieta, lembre-se que ele perderá nutrientes ao ser aquecido. Por isso, é mais saudável consumi-lo em saladas e outros pratos frios. Alguns liberam radicais livres ao serem esquentados e todos eles não devem ser consumidos caso tenham atingido o ponto de fumaça.

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