Estilo de vida
12/12/2022 às 13:00•2 min de leitura
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), desde quando o HIV passou a ser considerada uma epidemia, algo entre 33,6 e 48,6 milhões de pessoas morreram em decorrência do vírus.
No final do ano passado, cerca de 38,4 milhões de indivíduos viviam com o HIV no mundo. Ainda conforme a entidade, as estimativas apontam que 0,7% dos indivíduos adultos com idade entre 15 e 49 anos têm o vírus, embora as dificuldades e dramas variem de um país para outro.
Mas, recentemente, a notícia sobre uma nova vacina para prevenção do HIV trouxe novas esperanças.
(Fonte: Artem Podrez / Pexels/ Reprodução)
Antes de tudo, é preciso ressaltar que a vacina para prevenir o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ainda está em estágio experimental. Contudo, os resultados observados pelos pesquisadores já foram suficientemente bons para deixá-los animados. O estudo preliminar sobre a vacina preventiva envolveu um pequeno grupo de voluntários.
Nas pesquisas, ela se mostrou promissora quanto a estimulação da produção de células imunológicas raras, essenciais para existir a criação ou geração de anticorpos capazes de combater o HIV que, aliás, é um vírus de mutação rápida.
A pesquisa em questão foi publicada de forma detalhada no início de dezembro na revista especializada Science. Conforme descreve o texto, a vacina conseguiu produzir uma resposta ampla em termos de anticorpos com ação neutralizante/inibidora em 35 dos 36 indivíduos receptores, vacinados com as duas doses (elas foram aplicadas em um intervalo de oito semanas). Aqui, estamos falando de um sucesso de 97%.
O autor do estudo, William Schief, PhD, que atua como imunologista da Scripps Research, em La Jolla, no estado da Califórnia (EUA), disse, por meio de um comunicado à imprensa: “Com nossos muitos colaboradores na equipe de estudo, mostramos que as vacinas podem ser projetadas para estimular células imunes raras com propriedades específicas, e essa estimulação direcionada pode ser muito eficaz nos seres humanos”.
(Fonte: Artem Podrez/ Pexels/ Reprodução)
A notícia em questão, sem dúvidas, é animadora. Contudo, ainda serão necessários muitos estudos, especialmente envolvendo um grupo maior de participantes, de maneira a ser possível avaliar e provar se a vacina é ou não funcional nos humanos.
A pesquisa conduzida por William Schief e sua equipe é bastante restrita, visto que, basicamente, consistiu na análise laboratorial do sangue dos participantes.
Especialistas no assunto alertam que ainda é muito cedo para se tirar alguma conclusão. Afinal, frequentemente acompanhamos casos de vacinas ou medicamentos que se mostraram promissores em testes feitos nos laboratórios e em animais, mas, uma vez que chegaram aos humanos, as coisas não foram tão eficazes.
No que diz respeito ao HIV e as pessoas afetadas pela AIDS, a região africana, segundo a OMS, continua a ser a mais prejudicada em todo mundo. Por lá, 1 em cada 25 adultos vive com HIV. Ao nível global, mais de dois terços da população que vive com o vírus está no continente africano que, como bem sabemos, carece de recursos financeiros, médicos e de ajuda internacional em várias questões, incluindo na saúde.