Estilo de vida
21/12/2022 às 02:00•2 min de leitura
Observações e análises realizadas à capacidade cognitiva nos diferentes países sugerem que existem diferenças nas pontuações de QI médio entre diferentes nacionalidades. Essas diferenças se dão por diversos fatores e podem estar amplamente ligadas a diversos tipos de efluências, como a cultura, a economia, o clima, a esperança média de vida entre outras.
Tem-se por medida que o QI mundial anda numa média de 100. Será, então, possível situar-se abaixo da metade? Sim, é, e existem casos documentados.
Um deles foi o de Joseph Arridy, nascido no início do seculo passado nos Estados Unidos. Testado por 3 psicólogos diferentes, foi constatado possuir um QI de apenas 46 e, por isso, acabou indo parar numa escola para crianças com deficiências mentais. Arridy ficou conhecido por ter sido condenado por um crime que não cometeu após ser influenciado pela polícia para confessar algo que nunca fez, sendo condenado à morte aos 23 anos.
O crime em questão foi o ataque e violação de duas jovens menores de idade (12 e 15 anos) enquanto elas dormiam, sendo que uma veio a falecer. Arridy não compreendeu o crime que foi perpetrado, a confissão que fez, nem a própria execução. Admite-se que ele não entendia, nem tinha noção, do que era certo ou errado.
Os testemunhos que prestou eram inconsistentes e o principal suspeito, Frank Aquilar, já tinha sido detido. Apesar disso, Arridy foi condenado por homicídio e à pena de morte por câmara de gás. Acabou por ficar conhecido como o “homem mais feliz no corredor da morte”, exatamente por não ter noção da gravidade do que estava para acontecer. Inclusive, quando foi informado que ia ser morto, disse: "Não, não, Joe não vai morrer". Ele era incapaz de analisar a realidade.
Em 2011, o governador do Colorado Bill Ritter perdoou oficialmente Arridy após ter sido provado que ele nem sequer estava na cidade quando ocorreu o crime.
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Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, colunista do Mega Curioso, é PhD em Neurociências, mestre em Psicologia, pós-graduado em Neuropsicologia entre outras pós-graduações, licenciado em Biologia e em História, tecnólogo em Antropologia, jornalista, especializado em programação Python, Inteligência Artificial e tem formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; membro ativo da Redilat; chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, cientista no Hospital Martin Dockweiler, e professor e investigador cientista na Universidad Santander.