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29/12/2023 às 06:30•2 min de leitura
Um estudo feito no Japão e divulgado na publicação Neurology, da Academia Americana de Neurologia, revelou uma nova relação entre saúde bucal e cerebral. A pesquisa investigou se problemas como periodontite e a perda de dentes aumentariam o risco de transtornos neurodegenerativos como derrame, Alzheimer, dentre outros.
Como resultado, observou-se que os dois problemas bucais estão ligados a uma taxa mais rápida de atrofia no hipocampo — parte do cérebro responsável pela memória, aprendizagem e emoção. Entretanto, essa não é uma ligação inédita: outros estudos já demonstraram essa relação.
Outra pesquisa feita nos EUA com mais de 40 mil pessoas, voluntários que fazem parte do UK Biobank, demonstrou que uma saúde oral ruim é um fator de risco para Acidente Vascular Cerebral (AVC) e demência.
Cuidar da saúde bucal ajuda a prevenir doenças cerebrais
A preocupação com esse fator não se restringe à academia. Segundo dados publicados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março deste ano, doenças bucais afetam cerca de 3,5 bilhões de pessoas ao redor do mundo.
Além disso, a relação entre doenças na boca e no cérebro parece ser bidirecional. Ou seja, assim como problemas bucais afetam o cérebro, o inverso também acontece.
Cuidados básicos podem ajudar a prevenir problemas graves
Além de manter a saúde da própria boca em si, os cuidados devem considerar os riscos adicionais causados por problemas na região — como futuros transtornos cerebrais. Dessa forma, é importante manter alguns hábitos que podem ajudar a evitar esses possíveis problemas.
O fio dental é importantíssimo para prevenir o aparecimento de tártaro e cáries. Apenas a escovação não é suficiente para remover todas as sujeiras presentes. Isso também ajuda a impedir o aparecimento de doenças na gengiva.
Escovar os dentes com creme dental fluorado é outro cuidado importante. Isso evita que haja acúmulo de placa bacteriana entre os dentes e a língua, outra causa para doenças bucais.
Além da falta de higiene, álcool e tabaco são fatores de risco para doenças dentais e bucais. Seu uso está relacionado, por exemplo, ao câncer de boca e de garganta.
Embora pareça uma dica óbvia, é extremamente relevante. Muitas pessoas acabam procurando ajuda médica apenas quando já estão com problemas. Os exames regulares feitos pelo dentista auxiliam a evitar o aparecimento dessas questões.